10 notícias para começar o dia bem informado
Algumas das minhas primeiras lições de educação financeira vieram de pensatas do meu avô paterno, que era poeta e dado a frases de efeito: “quem poupa tem”, “sem as vicissitudes do pobre e sem as preocupações do rico”.
Foi ele também o primeiro a investir para mim. Quando eu nasci, ele abriu uma caderneta de poupança na Caixa no meu nome, onde ele depositava uma quantia todo mês. Eu tive acesso a essa grana quando fiz 18 anos e foi com ela - e os trocados que eu havia guardado ao longo dos anos - que eu fiz os meus primeiros investimentos mais sofisticadinhos e paguei a minha pós-graduação em finanças.
No final dos anos 1980, não havia a variedade de produtos financeiros que existem hoje, então fazer uma caderneta de poupança para o seu filho - para quem podia - era “no brainer”. Não tinha muito que pensar. Naquela época ainda vivíamos num Brasil de hiperinflação e de moedas que mudavam de nome toda hora.
Eu também não tive a felicidade de ter aulas de educação financeira na escola. A bem da verdade, antes do nascimento do Real, em 1994, eu não conseguia nem entender como o dinheiro funcionava. É que para uma criança pequena, 10 mil é um número grande, mas 10 mil cruzeiros não valiam nada.
Hoje o mundo é outro. Temos uma moeda estável, inflação controlada e civilizada, juros baixos (ok, isso é recente), além de uma ampla gama de investimentos acessíveis para a pessoa física a apenas um clique de distância. Ninguém mais é obrigado a investir pelos bancões, as fintechs estão aí dominando, e abrir conta numa instituição financeira digital nunca foi tão fácil.
Educação financeira nas escolas ainda é coisa rara, mas você já encontra por aí, mesmo em escolas públicas. E investimento virou assunto de mesa de bar.
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Obs.: Por conta do feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, hoje não teremos a newsletter da noite.
O que você precisa saber hoje
EMPRESAS
• A Rede D’Or São Luiz submeteu à CVM pedido de IPO com oferta primária e secundária de ações. A rede de hospitais pretende levantar R$ 10 bilhões, numa operação que superaria a do Grupo Mateus, maior IPO do ano até agora.
• A Braskem incluiu dois mil imóveis no programa bilionário de compensação financeira pelo fenômeno de afundamento e rachaduras do solo em Maceió (AL). A estimativa de setembro era de 800 imóveis.
• Com alta de mais de 120% neste ano, a ação da Weg é uma das queridinhas da bolsa. A empresa catarinense parece ser à prova de crises, e alçou dez dos seus acionistas ao ranking dos bilionários da Forbes. Mas, afinal, qual o segredo da companhia?
MERCADOS
• O banco americano JPMorgan Chase aumentou sua participação na Raia Drogasil, na esteira do plano de expansão anunciado pela companhia. Por meio de seus veículos de investimento, o banco adquiriu 2,7 milhões de ações ordinárias da rede de drogarias.
• Estamos diante de uma nova bolha das ações de empresas de tecnologia, a exemplo da que estourou no início dos anos 2000? Essa é a discussão que o Richard Camargo traz na sua coluna “Aposente-se aos 40” desta semana.
INVESTIMENTOS
• Apenas 55 de uma amostra de 435 fundos multimercados conseguiram superar o CDI em setembro. O Vinícius Pinheiro conta quais foram as estratégias dos seus gestores para sobreviver a um mês tão difícil em quase todos os mercados.
ECONOMIA
• Os EUA vão elevar a tarifa de importação do alumínio, e o Brasil será um dos 18 países afetados pela medida.
• O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou, em entrevista à GloboNews, que a reforma administrativa não deve ser votada neste ano.
• A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que a instituição está “seriamente” estudando a possibilidade de emitir uma moeda digital.
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