MAIS LIDAS: O benefício da dúvida para a Oi
Veja as notícias mais lidas no Seu Dinheiro na semana de 11 a 17 de abril
Eu cobri a área de negócios por muitos anos e, infelizmente, já escrevi o "obituário" de muitas empresas. Talvez isso explique por que sou tão cética sobre a capacidade de uma companhia que entra em recuperação judicial se reerguer no Brasil.
A briga entre credores e sócios e a lentidão da Justiça tira o foco do negócio. E isso geralmente dá errado. Vejo 3 cenários possíveis após uma "RJ":
- No pior cenário, a recuperação judicial vira falência.
- Há também o "vai-não-vai". É muito comum o processo se estender na Justiça sem um desfecho, como um jogo cansativo que parece nunca ter fim.
- No melhor cenário, a empresa vende seus ativos e ganha um bom dinheiro para focar em apenas parte do seu negócio original. Neste caso, volta "recuperada" como uma empresa menor.
Deu para perceber que nem no melhor cenário um gigante se levanta intacto após uma RJ?
Não é a toa que as ações de empresas em recuperação judicial viram pó e passam a ser negociadas na casa de centavos.
Durante o "vai-não-vai", o papel enfrenta uma alta volatilidade. E muitos investidores entram para um tudo ou nada.
A ação pode cair com força quando fatos novos indicam que a falência é o cenário mais provável. E também pode ter altas expressivas quando as notícias dão esperança para o melhor cenário.
Leia Também
A Oi está há quase quatro anos em recuperação judicial, no que eu chamei de "vai-não-vai" logo acima. Já passou pela fase de briga de sócios e credores e agora tenta um desfecho positivo com a venda de ativos de telefonia móvel para Telefônica e TIM. A intenção é focar no negócio de fibra ótica.
O banco Credit Suisse mudou nesta semana sua recomendação para os papéis da Oi. Saiu do grupo dos pessimistas e passou a considerar a possibilidade de dar certo tão provável quanto a de não dar.
Mas, se der certo, o ganho para o acionista será expressivo, dado que o valor patrimonial da Oi está próximo de um 'valor residual', explicaram os analistas do banco.
O Victor Aguiar escreveu sobre a mudança de visão do Credit Suisse, na reportagem mais lida da semana.
Antes de você lembrar o que bombou, deixo um convite para quem gosta do mercado imobiliário:
Seu Dinheiro lança curso inédito de investimentos em imóveis e fundos imobiliários
Quem está à frente do projeto é o Rodolfo Amstalden, colunista do Seu Dinheiro e sócio-fundador da Empiricus. Eu fiz uma entrevista com ele para falar sobre os efeitos do coronavírus no setor, estratégias para lucrar com ativos imobiliários e quais as oportunidades (e furadas) neste mercado. No vídeo abaixo, você pode ver a entrevista.

Veja as 5 notícias mais lidas da semana:
- Credit Suisse eleva a recomendação para as ações da Oi: ‘potencial de alta pode ser significativo’
- Itaú fará maior doação da história do país para combate ao coronavírus, diz colunista
- AZ Quest vê bolsa atrativa após queda, mas a maior aposta hoje está em outro mercado
- O controlador da Azul vendeu mais de 9 milhões de ações da empresa. O que isso significa?
- Luiz Barsi se posiciona contra oferta da Eneva pela AES Tietê em carta a acionistas
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”