A foto e o filme dos seus investimentos
Escrever diariamente sobre o sobe e desce dos mercados é semelhante ao trabalho de um fotógrafo. Os números de fechamento da bolsa e do dólar são uma espécie de retrato (ou selfie, como preferir) da percepção dos investidores naquele momento.
Podemos dizer que hoje o tal mercado saiu bem na foto. Se tivesse um rosto, a expressão dele seria bem mais relaxada do que a de sexta-feira, após o ruidoso desembarque de Sergio Moro do governo.
O aceno de Bolsonaro a Paulo Guedes, que andava desprestigiado no Palácio do Planalto nos últimos tempos, contribuiu para melhorar o humor dos investidores.
A “bandeira branca” hasteada por Rodrigo Maia ao falar que a prioridade da Câmara hoje está em outra crise – a do coronavírus – também diminuiu as tensões em Brasília.
Tudo isso se refletiu na alta de 3,93% do Ibovespa, que fechou aos 81.312 pontos, e na queda expressiva do dólar para a casa dos R$ 5,51.
Mas se a foto de hoje parece bonita, na hora de avaliar os seus investimentos você precisa considerar também o filme. E a história dos mercados segue bastante imprevisível, tanto pelas consequências do coronavírus na economia como pela crise política.
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Com o fim do governo Bolsonaro tal como o conhecemos na última sexta-feira, ainda não está claro como ficará a “nova” gestão, que deve contar com o embarque de políticos do centrão. Nem mesmo se o prestígio de Paulo Guedes vai resistir à dura recessão que o país enfrentará nos próximos meses.
Outro fator com potencial de mexer com as cotações das ações e do dólar é o desdobramento das denúncias feitas por Moro contra o presidente ao deixar o cargo.
Se as fotos não são suficientes para saber o final do filme dos mercados, elas são fundamentais para planejar os próximos passos. Por isso eu recomendo que você leia a cobertura que o Victor Aguiar preparou, com direito a filme – quer dizer, vídeo.
Voo para qualidade
No meio do choque nos mercados provocado pela crise do coronavírus, a opção de muitos clientes foi levar seu dinheiro para os bancões. Esse movimento é o chamado “flight to quality” (voo para qualidade, em português) e pôde ser observado no balanço do Santander, que divulgou seus resultados hoje. Além do ótimo resultado, me chamou a atenção o nível de provisões do banco em meio à pandemia. Saiba por que nesta matéria que eu escrevi.
Dúvidas sobre o IR? Vem cá!
Eu conheço pessoas que têm pesadelos com a declaração do Imposto de Renda. E não é para menos: muitas vezes, saber o que declarar e como fazê-lo é um desafio que exige a ajuda de experts. Pois hoje a Julia Wiltgen trouxe um deles, o advogado tributarista Samir Choaib, para uma transmissão ao vivo no nosso canal no YouTube. Se você não assistiu, vale a pena conferir a íntegra da live.
De volta à mesa?
A oferta da Eneva pela AES Tietê ainda não morreu, apesar de uma primeira tentativa frustrada. Eu apurei que a empresa deve fazer uma nova proposta depois que a B3 se manifestou favorável ao direito de voto dos titulares de ações preferenciais de empresas do nível 2 de governança – como é o caso da AES Tietê. Eu conto em mais detalhes essa história, que mexe tanto com as ações das companhias como no mercado de capitais como um todo.
Desespero aéreo
A indústria aérea está “desesperada por recursos”, disse o presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (a Iata, na sigla em inglês), Alexandre de Juniac. O executivo incluiu o Brasil nesse balaio, ao falar que o setor está em contato com todos os governos atrás de mecanismos de proteção do caixa.
Estamos contratando
O INSS está contratando: mas o foco é em militares inativos e servidores federais aposentados. Serão abertas 7.400 vagas. A iniciativa tem por objetivo ampliar o atendimento e reduzir a enorme fila de pessoas que solicitam benefícios previdenciários. O governo já havia prometido o reforço no atendimento, mas a autorização só veio agora.
O que comprar no terror sem fim?
Como Paulo Guedes, de reputada carreira e orientação liberal, poderá salvar um governo que terá de salvar a si próprio após a demissão de Sergio Moro? Quem pergunta é o nosso colunista Felipe Miranda. Em meio à crise política que pode se arrastar por bastante tempo, ele conta como navegar no atual cenário e traz algumas de suas posições favoritas, inclusive na bolsa. Vale a pena a leitura!
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