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Mutação da Covid-19 deve mesmo preocupar o investidor?

Fim de ano veio com oba-oba, na busca de uma justificativa para realização, mas vale lembrar que até agora a OMS indicou que a mutação não muda a produção das vacinas

22 de dezembro de 2020
7:06 - atualizado às 13:31
Imagem: Shutterstock

Desde novembro, os mercados globais começaram a estruturar uma visão mais construtiva para o mundo em 2021. Acredito que consiga pontuar dois grandes destravadores de valor para os ativos de risco no âmbito global: as eleições americanas e as vacinas.

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Sobre o primeiro item, tivemos a vitória de Joe Biden na corrida pela Casa Branca. A noção de um nome mais institucionalizado e multilateralista, ao invés de um perfil mais intempestivo, ajudou a formar a ideia de que o comércio global pode entrar em um novo ciclo de otimismo.

Adicionalmente, com uma Câmara democrata e um Senado republicano - a ser decidido no dia 5 de janeiro -, o mercado assumiu a possibilidade de mais comércio e mais gastos, com a fiscalização de um Senado republicano e uma Suprema Corte conservadora, que impedirão movimentos das alas mais radicais do partido rival. A composição, portanto, foi positiva.

Já sobre o segundo ponto, em novembro de 2020, o mundo recebeu a notícia empolgante de que as primeiras vacinas contra a Covid-19 estavam prontas para lançamento. Consequentemente, pedidos de utilização para uso emergencial e definitivo foram emitidos, de modo que já em dezembro temos países iniciando a vacinação de suas respectivas populações, com um número maior ainda de nações que darão início a programas de imunização a partir de janeiro.

A possibilidade de retorno à normalidade favoreceu ativos de risco, que passaram a precificar uma recuperação mais destacada da economia global já em 2021, com inclusive recuperação de patamares pré-Covid em diferentes setores.

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Abaixo, uma análise da Visual Capitalist sobre como cada país tem se planejado, já no início de dezembro, para a vacinação de seus habitantes. Até agora, quase 7,25 bilhões de doses foram pré-adquiridas por países e organizações em todo o mundo.

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A imagem abaixo destaca o número de doses de vacinas que diferentes países compraram, bem como as empresas e organizações que as pré-venderam (segundo gráfico). Os dados foram coletados por meio do velocímetro de lançamento e escala no Duke Global Health Innovation Center, com o apoio da Fundação Bill & Melinda Gates.

Embora os países de alta renda estejam comprando atualmente as maiores porções de doses, a Índia encomendou 1,5 bilhão - mais do que qualquer outro país individual. Os EUA, em comparação, compraram previamente 1,01 bilhão de doses, o suficiente para imunizar mais de duas vezes sua população inteira.

Considerando a União Europeia e a iniciativa Covax (iniciativa global para fornecer acesso equitativo às vacinas), o Brasil é a nona nação/região do mundo mais preparada nesse sentido, ao menos por enquanto, com 196 milhões de doses adquiridas (ou 2,70% do total global). Se trata do suficiente para imunizar pouco menos da metade da população brasileira.

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Um ponto de neblina para os mercados

Se antes, ao olharmos para fora, nos parecia que estávamos vendo uma estrada mais limpa à frente, agora caímos num ponto de neblina. Tal nebulosidade deriva da mutação do vírus da Covid-19, que foi formalmente notificado pelo Reino Unido durante o fim de semana.

No último sábado, dia 19 de dezembro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que a nova variante do vírus pode ser até 70% mais transmissível, segundo análise preliminar de cientistas. Foi o suficiente para fazer o Reino Unido decretar um lockdown mais severo, principalmente em Londres, e que países ao redor do mundo, notadamente da União Europeia, fechassem suas fronteiras ou restringissem viagens para a Grã-Bretanha.

Pronto… O mercado realizou parte dos ganhos que teve no rali de fim de ano.

Depois de baterem recordes na semana passada e caminharem com uma robusta alta desde novembro, as Bolsas se viram em um ponto cego.

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Otimismo até agora pode ter sido em vão?

Bem, minhas caras leitoras e meus caros leitores, muita calma nessa hora.

Apesar de mais rápido, o vírus não parece ter mudado de fato, de modo que as vacinas seguem fazendo efeito. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) veio a público e afirmou que ainda não há indicação de mudança na forma de contágio da variante da Covid e que os vírus mudam o tempo todo e que isso é normal: não há sinais de que nova cepa cause doença mais severa.

É verdade, tanto que o susto provocado pela nova cepa do coronavírus foi amortecido à tarde pela declaração do diretor da OMS de que as vacinas já são produzidas visando uma ampla variedade de variantes.

Naturalmente, os vírus mudam. A própria Covid mudou diversas vezes desde seu primeiro caso há mais de um ano. Não à toa, anualmente temos vacina para o vírus da gripe comum - vírus mudam, ponto.

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No final, talvez mais do que discutir o vírus em si é discutir o cenário no qual estamos vivendo. 2020 representa uma revolução científica. Nunca houve um esforço conjunto tão grande no sentido de uma vacina, de modo que a alcançamos em menos de 12 meses, feito único na história da humanidade - ainda que já existissem pesquisas iniciais de outros vírus das SARS do passado.

Além disso, as vacinas resultantes das pesquisas têm apresentado uma performance acima da média, com as mais cotadas com uma eficácia da ordem de 80% a 90%. Simplesmente impressionante. Para vocês terem uma ideia, a vacina da gripe administrada anualmente, tem eficácia média de 50%.

O fim de ano veio com oba-oba, na busca de uma justificativa para realização, ao que tudo indica. Faz sentido, afinal teremos feriado de Natal esta semana e de Ano Novo na semana que vem. Diante de uma conjuntura tão adversa, os agentes preferem vender a ficar comprados nos papéis durante as Bolsas fechadas com os feriados de final de ano.

Esse susto de agora, ainda que entendo que não represente grande problema estrutural para as teses que se estabeleciam para 2021 e em diante, serviu para lembrar todo mundo que o jogo não acabou e que manter proteções, clássicas e táticas, ainda é muito importante.

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Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Riscos ainda existem 

Um dos maiores erros dos investidores, principalmente das pessoas físicas em Bolsa, é esquecer que vivemos em um mundo opaco e impermeável depois de um período de bonança, por mais breve que ele seja.

Não podemos esquecer que os riscos ainda existem e que comprar sempre mais, sem o devido redimensionamento de posições de acordo com seu perfil de risco e estratégias previamente estabelecidas, é um erro.

Devemos olhar sempre para a alocação estratégica ideal e persegui-la. Não adianta ficar aumentando exposição porque o mercado parece estar infinitamente bom, principalmente depois de um ano como 2020.

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Hoje, depois da correção, entendo que alguns agentes entendem que haja uma chance para aumentar exposição em bolsa; isto é, para quem está abaixo da alocação ideal, valeria um movimento ponderado.

Claro que mais fácil do que simplesmente achar quando é a hora certa para subir, é saber probabilisticamente quando o contexto é o melhor para tal. Timing não existe, mas o mundo presente às estatísticas e à humildade epistemológica. Acompanhar quem leva isso como lema de vida já se trata de um primeiro passo para ter um 2021 mais confortável.

Saber quais as melhores oportunidades para se expor, sem esquecer que riscos, como a nova cepa do Covid, existem e que precisamos estar comprados nas melhores proteções que existem. Esta sim é a essência de um bom investimento pensado para o longo prazo.

Como buscar oportunidades com responsabilidade

Felipe Miranda, Estrategista-Chefe da Empiricus, já avisava seus leitores que correções como a de ontem podiam acontecer há bastante tempo. Estabeleceu proteções e estava preparado. Sua estratégia tem conquistado ganhos há muitos anos e surfou a alta de novembro para cá, sem perder a compostura na correção de ontem.

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Em seu best-seller, a série Palavra do Estrategista, Miranda apresenta para seus leitores suas melhores ideias de investimento para os mais diferentes tipos de investidores e carteiras.

Trata-se de uma assinatura barata (R$ 5 ao mês) e completa, destinada a todos que querem saber como surfar 2021 e se proteger dos riscos de cauda que ainda estão no radar. Tenha uma véspera de Natal tranquila, sem precisar ter dor de barriga antes mesmo da ceia, com a certeza de que seu dinheiro está no lugar certo.

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