🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Lições de 2020 para 2021: um novo bull market a caminho e um ciclo favorável para emergentes

Alta nos preços das commodities deve puxar ações de emergentes no ano que vem, mas o Brasil precisa estar preparado para surfar a onda

8 de dezembro de 2020
5:30 - atualizado às 9:21
Touro bull market mercado ações bolsa Ibovespa
Imagem: Shutterstock

Tenho falado algumas vezes neste espaço sobre a atratividade dos mercados emergentes. Entendo que o alinhamento das estrelas durante o ano de 2020 possa nos dizer muito sobre o que esperar de 2021. Acredito também que estejamos diante de um potencial novo ciclo de alta para os preços das commodities industriais (minério de ferro, aço e petróleo, por exemplo) e agrícolas (como cereais), resultando em um potencial novo bull market a ser experimentado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já se passaram nove anos desde que o “superciclo”, em voga de 2002 a 2011, atingiu seu pico. De lá para cá, no pós-crise de 2008 e da Europa (2012), o mau investimento e o excesso de capacidade daquele período foram em grande parte eliminados.

Com isso, nos últimos meses, apesar da recessão econômica no mundo inteiro, os preços das commodities começaram a subir em resposta a quatro fatores:

  1. interrupções na cadeia de suprimento, impedindo a demanda e o fornecimento;
  2. antecipação de uma forte recuperação global sincronizada em 2021, principalmente pelo comércio;
  3. antecipação da fraqueza do dólar;
  4. recuperação acentuada da economia chinesa, que deverá sustentar a retomada da economia global em 2021.

Adicionalmente, a vitória de Joe Biden nas eleições dos EUA, a ser confirmada pelo colégio de delegados eleitorais até a metade de dezembro, levantou a perspectiva de uma combinação de continuidade de uma política monetária e fiscal frouxa, com o benefício de que uma parte do expansionismo fiscal será direcionado para a infraestrutura, que poderá aumentar a demanda por commodities essenciais. Não somente isso, mas o retorno de um multilateralista, ao invés de um bilateralista, no comando da maior economia do mundo fortalecerá ainda mais o fluxo do comércio global.

Existem evidências históricas de que a natureza altamente cíclica dos investimentos nos mercados emergentes explica o desempenho inferior das ações de tais países nos últimos anos. Em outras palavras, os ativos dos mercados emergentes sempre tiveram bom desempenho durante os períodos em que os preços das commodities estão subindo. Esses períodos são caracterizados por um forte desempenho econômico da economia global em relação aos Estados Unidos e são normalmente acompanhados por um dólar americano fraco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esta combinação de crescimento relativamente forte e um dólar fraco tem como efeito a estimulação de preços mais altos para as commodities em economias dependentes do fornecimento de matérias-primas.

Leia Também

Normalmente, o quadro sustenta uma alta nos mercados emergentes de ações. Basicamente, quando o crescimento global é forte, os preços das commodities estão subindo e o dólar americano está caindo, nutre-se uma atração natural pelos emergentes.

Para corroborar esta tese, em entrevista recente ao Seu Dinheiro, Luke Ellis, CEO da Man Group, também vê atratividade para os mercados emergentes. Contudo, o gestor de mais de US$ 113 bilhões em recursos tem suas ressalvas. Grosso modo, nem todos os emergentes estarão no páreo para se posicionarem no próximo ciclo. As especificidades de cada um serão levadas em consideração; em outras palavras, podemos estar no início de um novo bull market, mas nem todo mundo será candidato.

Primeiro porque a tese principal ainda será tecnologia no mundo desenvolvido (ou ainda o combo techcare, de tecnologia e saúde), que está cara e tenderá a ficar mais cara – historicamente, a maior parte dos países emergentes perdeu já o bonde da história para tecnologia e terá que comer pelas beiradas. Segundo que depois da pandemia de Covid-19, poucos estarão robustos o suficiente para capturar de maneira saudável o fluxo de investimentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A questão é: como 2020 moldou o Brasil para que surfássemos essa onda?

Curiosamente, estamos discutindo isso neste exato momento. Acredito que a ponderação se dê por três vias:

  1. fiscal;
  2. imunização da população;
  3. recuperação da economia.

A questão fiscal

O primeiro ponto será fundamental e talvez o mais importante para sustentar a atração de capital estrangeiro. Sem que o governo conduza uma trajetória crível para a dívida pública, não teremos como dar credibilidade ao exterior. Ainda para 2020 temos a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021, a ser debatida ainda em dezembro – bastante ruído aqui. Além disso, paralelamente, a questão fiscal chama a atenção a dois outros fatores: a inflação e a taxa de juros.

Na semana passada, os indicadores de atividade deram a entender que a taxa de juros poderá se manter onde está por mais tempo. Ontem, o IGP corroborou o posicionamento. Se o IPCA de hoje der a entender a mesma coisa, provavelmente o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá na quarta-feira pela manutenção da taxa, ainda que a inflação recente tenha assustado um pouco o mercado. Como o exterior também manterá a taxa de juros muito baixa por mais tempo, o diferencial de juros, por mais que não ajude muito, também não atrapalhará.

Agora, a questão para o próximo ano é se haverá mudanças nas taxas de juros. Ainda de acordo com a entrevista com Ellis, do Man Group, “[…] se você assumir taxas zero pelos próximos 20 anos, como projetam os mercados de bonds (títulos de dívida) europeus, as companhias podem se manter com os múltiplos historicamente altos sem estarem caras.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isto é, o cara lá fora poderá ficar mais caro e, sem mudança no diferencial de juros, países emergentes poderão atrair capital na margem. Vamos nos atentar aos dados de IPCA de hoje e no Copom de amanhã para verificarmos eventuais mudanças estruturais sinalizadas agora.

Vacina e recuperação da economia

Claro que tudo isso se relaciona com o segundo e o terceiro pontos que apresentei. Uma imunização por vacinação ajudará na retomada de uma economia mais pujante, impulsionando o lucro das empresas, o emprego e a renda. Tudo isso leva a Bolsa brasileira potencialmente para cima – poderá pressionar do outro lado a inflação e os juros, mas como existe muita ociosidade, a relação não será proporcional (a menos que não seja corrigido o fiscal, a peça mais importante do tabuleiro).

Nesse sentido, posicionamento em Bolsa brasileira, ainda muito descontada em dólar, parece ser uma boa pedida para 2021. Claro que não só a brasileira. Diversas outras Bolsas emergentes podem ser acessadas via ETF em corretoras no exterior. Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

No fim, depois de muita emoção, estamos fechando o ano praticamente sem perdas e com perspectivas de alta pra 2021. Acredito, sinceramente, que o ano que vem poderá trazer oportunidades de uma vida para os investidores mais atentos. Deixo aqui o convite para você seguir a Palavra do Estrategista e aprender a identificar essas chances na bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

QUANDO HÁ UMA BARATA…

Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA

17 de outubro de 2025 - 9:49

O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje

REGIME FÁCIL

B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 —  via ações ou renda fixa

16 de outubro de 2025 - 0:05

Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar