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Através do espelho

Às vezes, caminhamos de forma mais genuína pelas trajetórias que não conhecemos, seguindo as pegadas do coelho branco.

23 de abril de 2020
10:30 - atualizado às 10:34
alice, através do espelho

Existe uma diferença entre conhecer a trajetória e caminhar pela trajetória.

Às vezes, caminhamos de forma mais genuína pelas trajetórias que não conhecemos, seguindo as pegadas do coelho branco.

Como vai ser quando chegarmos lá, do outro lado do isolamento?

Protestos pela volta das reformas?

Um novo PAC Pró-Brasil?

Pedidos de impeachment?

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Miniciclos sucessivos de stop & go?

Ninguém sabe.

What you see is all there is. 

Depois de um grande extremo, só conseguimos enxergar outros cenários extremos e improváveis.

Flertamos com extremos pois eles levam a história para lugares definidos, sejam eles bons ou ruins.

No entanto, a maior parte da história é passada no meio do caminho, em algum ponto entre extremos onde quase nada acontece, país sem maravilhas.

Uma extensa guerra fria, cisnes brancos e cinzas passeando a esmo pelo lago de bordas infinitas.

Não seria surpresa, portanto, vivenciarmos os próximos meses e anos sem que nada construtivo aconteça na política brasileira, tampouco na economia.

Carentes de um deus ex machina.

Nenhuma ajuda vinda de fora. 

Apenas nós convivendo com nossos próprios problemas, em um longo enredo desprovido de clímax.

O que acontece com o seu dinheiro quando nada acontece?

Por enquanto, estamos demasiadamente mergulhados no coronavírus para pensar se a conjuntura nacional mudou.

De um Brasil onde certas coisas aconteciam (2016-2019), pulamos de repente para um país de cães que sempre ladram e nunca mordem. 

Muita troca de farpas, muita ideologia, zero pragmatismo.

Todas as razões endógenas para o bull market doméstico foram jogadas para escanteio: reequilíbrio fiscal, choque de produtividade, investimentos privados, privatizações…

Restará pegar carona nas grandes variáveis macro — juros, câmbio, inflação — ao sabor da sorte. 

Essa é a nossa sina. Quem não conduz é conduzido.

Não digo que a Bolsa vai subir ou cair, que o dólar vai subir mais, juros longos, etc.

Digo apenas que talvez não dependa mais de nós, não dependa mais de esforços e méritos intrínsecos.

É um ambiente potencialmente alheio, que carrega mais risco.

Ainda que você não queira tomar risco, não há como evitar. 

Somos todos arriscados por aqui.

Eu sou arriscado, você é arriscado.

Sei disso porque, de outra forma, você não teria vindo até aqui — disse o gato que ri.


P.S.: Para aqueles que dormem com Alice ou outras histórias, iniciamos um projeto com o Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para mapeamento (anônimo) de sonhos de investidores pré e pós-corona. Acesse aqui para participar!

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