Como uma (segunda) onda
Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Está aí uma maneira mais poética de falar sobre o “novo normal”, esse termo que os metidos a intelectuais adoram odiar.
Aprendemos a cantar com o Lulu Santos que a vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito.
Mas nesses tempos estranhos, a palavra “onda” infelizmente passou a ser associada também ao coronavírus. Afinal, teremos uma segunda onda de casos da doença que já matou quase 500 mil pessoas em todo o mundo?
A discussão se refere principalmente ao avanço da covid-19 lá fora, já que aqui no Brasil ainda não conseguimos sequer conter a primeira leva de casos.
Nas últimas semanas, criou-se uma expectativa (ou torcida) de que seria possível combater novos focos do vírus sem a necessidade de repetir as medidas de isolamento social.
Foi esse sentimento que ajudou a impulsionar os mercados nas últimas semanas e levou a bolsa brasileira a se aproximar novamente dos 100 mil pontos.
Leia Também
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mas tudo muda o tempo todo no mundo, e talvez os investidores tenham cantado vitória cedo demais.
O risco de uma segunda onda de casos se faz cada dia mais presente, principalmente nos Estados Unidos, que registraram ontem um número recorde de infectados em um único dia.
A notícia assustou os investidores, que fugiram dos ativos de risco nesta sexta-feira. O Ibovespa fechou em queda de 2,24% e o dólar subiu forte e encerrou o dia cotado a R$ 5,46. O zen-surfista Victor Aguiar conta para você as principais movimentações do mercado financeiro.
Brigar pra quê?
Hoje foi dia de briga no podcast Touros e Ursos. Calma, o Victor Aguiar e eu não trocamos sopapos virtuais na nossa transmissão ao vivo, mas discutimos o que está por trás da barulhenta disputa entre Itaú e XP. Afinal, essa batalha de sócios é pra valer? Nós também comentamos o que moveu os mercados ao longo da semana, principalmente o comportamento nervoso do dólar. Se você perdeu, vem ver no nosso canal do Youtube!
A Unilever não curtiu
Não foi um dia fácil para o Facebook e o Twitter em particular. As ações das redes sociais tombaram 8,32% e 7,40%, respectivamente, no pregão desta sexta-feira em Nova York, repercutindo a decisão da Unilever de retirar anúncios de publicidade das plataformas. A razão? A falta de uma resposta mais contundente das empresas aos discursos de ódio sendo veiculados nas suas mídias.
Uma marca no social
Preocupado em criar uma marca própria de apelo social, o Palácio do Planalto quer dobrar o orçamento atual do Bolsa Família, de R$ 32 bilhões. A partir daí, a ideia é tirar do papel sua própria versão do programa de transferência de renda — o chamado "Renda Brasil". No entanto, o novo programa não vai ter “dinheiro novo”, não. Saiba como será composto o orçamento do Renda.
E os ricos cada vez mais ricos
Se US$ 6,5 trilhões em riqueza dos Estados Unidos desapareceram durante os primeiros três meses deste ano e 45 milhões de pessoas entraram com pedidos de seguro desemprego, os bilionários vão bem, obrigado. Eles adicionaram às suas fortunas a cifra de R$ 584 bilhões — equivalente a quase 20% do total perdido pelo resto dos norte-americanos. Confira com o Felipe Saturnino a contabilidade dos homens mais ricos da maior economia do mundo.
O clube dos aposentados do Sargento Pimenta
Quando você vai se aposentar? O Bruno Merola e a Ana Westphalen dizem o que pretendem fazer aos 64 anos — uma forma singela de homenagear a clássica canção do álbum Sgt. Pepper’s, a obra-prima dos Beatles. A aposentadoria leva essa vantagem frente aos outros investimentos: o horizonte. Mas, apesar da matemática ajudar na previsibilidade, algumas barreiras regulatórias compõem uma estrada sinuosa para parar de trabalhar. Nesta coluna, eles explicam mais dessa situação.
Um ótimo fim de semana para você!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
