🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Ruídos de 2000: uma nova bolha de tecnologia?

A crise do coronavírus aprofundou um movimento de sobrealocação em ações de empresas de tecnologia, que pode ser uma das razões da resistência da bolsa americana ao coronavírus.

12 de maio de 2020
7:03 - atualizado às 13:32
Tela de celular com aplicativos de Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google
FAANG: as gigantes de tecnologia do mercado americano - Imagem: Shutterstock

Quando paramos para analisar os motivos da recente e atual alta dos índices de ações americanas no pós sell off generalizado provocado pela crise do coronavírus, em comunhão com o choque nos preços do petróleo, podemos destacar duas explicações mais evidentes:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  1. o caminhão de dinheiro que tem sido injetado no sistema monetário pelo Banco Central americano, o Fed;
  2. a composição tech dos índices gringos, fato que polui a transferência de valor do impacto da atual crise na economia real sobre os ativos financeiros.

Sobre o segundo ponto, especificamente, tem chamado a atenção a performance da Bolsa americana, notadamente de acordo com o índice S&P 500, em diferenciação de sua composição. Grosso modo, assim como tem sido majoritariamente desde o pós-2008, o desempenho dos ativos de risco é muito pautado em empresas de tecnologia, estrutura que está fadada a viver sob a sombra da crise de 2000-01.

Abaixo, uma amostragem do nível dos índices desde janeiro de 2018. Em azul, as chamadas FAANGs, grupo de ações composto por Facebook (FB), Amazon (AMZN), Apple (AAPL), Netflix (NFLX), e Alphabet (GOOG; anteriormente conhecida apenas como Google). Aqui, contudo, trocou-se Netflix pela Microsoft. Em preto, o S&P 500 normal e, em laranja, o S&P 500 sem a presença pujante das ações contidas na linha azul.

Note como há um claro descolamento mais contundente desde sempre, mas aprofundado com a crise do coronavírus, em que empresas de tecnologia acabaram se destacando por terem sua receita não apenas não impactada tão diretamente como em outros businesses, mas também por tê-la possivelmente potencializada. Veja como empresas de tecnologia tiveram um deslocamento considerável de seus lucros desde 2008.

Se, conforme já conversamos neste espaço, os mercados são bastante eficientes, é natural e salutar acreditar que os agentes tenham precificado corretamente o movimento e caminhado para uma sobrealocação em tais ativos. Contudo, como já lembramos uma vez, distorções ocorrem, mesmo em mercados com um elevado grau de eficiência informacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Acredito que talvez possa ser o caso do atual momento, em que tenha havido um movimento daquilo que chamamos de “crowded trade”, em que um grupo grande de agentes, dotado de um montante considerável de dinheiro, se aglomera em um só call, tornando os ativos em questão caros relativamente aos demais. Abaixo, a razão das ações de crescimento (grupo ao qual pertencem as companhias de tecnologia como citadas acima) e de valor; isto é, crescimento versus fundamento puro stricto sensu.

Leia Também

Ruídos de 2000?

Independentemente de qualquer coisa, o aquecimento do mercado de tecnologia, somado à injeção de liquidez do Fed, pode ter gerado uma ruptura entre o fundamento real da economia e os ativos de risco, os quais já vinham perdendo sensibilidade um para com o outro desde os Quantitative easing (QE) pós-2008. Caminhamos para patamares de emprego sem precedentes e o impacto que isso trará na renda não é tão simples de mensurar. Me espanta, portanto, que os agentes tenham permanecido tão otimistas com os horizontes econômicos.

Por mais que a recuperação possa se dar de uma maneira mais acelerada do que podemos pressupor agora (seria impossível e até irresponsável dar qualquer certeza sobre alguma coisa), 2020 será um ano para ser esquecido. Evidentemente, não falo aqui da questão humanitária e sanitária, a qual espero que nos acompanhe como experiência e como forma de honrar as vidas perdidas em meio à pandemia.

Nesse sentido, resta-nos a pergunta: os indicativos são para baixo, mas se o mercado os ignora consistentemente, em que ponta ficar?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como sempre, recorro a Nassim Taleb. Para ele, X deve ser diferente de f(X); ou seja, o que você acha que vai acontecer deve ser diferente como você se expõe. Não é porque estou pouco construtivo para ativos de risco que não deva carregar um pouco de Bolsa, sempre responsavelmente.

O investidor de sucesso sabe que o ganho consistente de longo prazo, a única forma de se ficar rico com responsabilidade no mercado financeiro, se dá por apropriação cabida e equilibrada de prêmio de risco entre classes de ativos.

O segredo reside nas proporcionalidades. Deve-se ter um pouco de Bolsa, não mais de 25% do total, flutuando de 10% até este teto. Paralelamente, devemos carregar um grande caixa, com proteções clássicas (ouro e dólar) chegando até 30% do total (15% para cada). Caixa, proteções e um pouquinho de risco.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para se ter acesso às aplicações práticas de Taleb para o situacional atual, nada como ter acesso ao maior especialista do Brasil no tema, Felipe Miranda, sócio fundador e estrategista-chefe da Empiricus. Em nosso best-seller Palavra do Estrategista, tratamos de todas as melhores ideias de investimento para as diferentes possíveis conjunturas. Convido-os a experimentar um pouco dos novos horizontes a serem expandidos pelo Felipe.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar