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Desde criança

Número de investidores mirins dispara na Bolsa e em corretoras

No grupo XP, total de investidores de até 18 anos saltou 370% nos últimos dois anos.

Estadão Conteúdo
1 de novembro de 2020
16:46 - atualizado às 9:22
Sede da B3
Sede da B3 - Imagem: Shutterstock.com

Mateus Soares está guardando dinheiro para a aposentadoria. Todos os dias, ele gasta duas horas lendo notícias sobre empresas e livros sobre a mecânica do mercado financeiro. Tudo isso para pautar as decisões que ele tomará ao investir na Bolsa para, quem sabe, não precisar depender do benefício do INSS na velhice. Esse seria um perfil comum de investidor cuidadoso, não fosse por um fator: Mateus tem 15 anos.

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O estudante do ensino médio faz parte de uma tendência que ganha cada vez mais força no País: a abertura de contas em corretoras e na Bolsa por “investidores mirins”, de idade a partir de 6 anos. No grupo XP, que concentra também corretoras como a Rico e a Clear, o total de investidores de até 18 anos saltou 370% nos últimos dois anos. Nos 12 meses encerrados em setembro, o número de contas de pessoas de até 15 anos na B3 mais do que dobrou, passando de 12 mil.

Para Bettina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos, trata-se de uma evolução da antiga caderneta de poupança - com a diferença de que os pequenos, agora, podem assumir o controle da própria vida financeira: “Muitos pais usam essas contas como uma forma de planejamento financeiro para o filho. E também é uma forma de ensinar à criança sobre dinheiro, de trabalhar conceitos como a ideia de definir prioridades e esperar (resultados).”

Nesse grupo de crianças e adolescentes com apetite de investidor “gente grande”, há diferentes perfis. Mateus, por exemplo, usa o dinheirinho que ganha com pequenos trabalhos - e aporta cuidadosamente cerca de R$ 120 por mês ao seu colchão de dinheiro. “Acho que investir é para todos e não precisa de grande valor. Eu faço isso pensando no longo prazo”, conta.

Já a família Collina, de São Paulo, usa o investimento como uma forma de garantir que os dois filhos - Leonardo, de 6 anos, e Guilherme, de 3 - tenham uma reserva financeira quando completarem 18 anos. O engenheiro João Paulo da Collina e a psicóloga Aline abriram uma conta no nome do primogênito, mas já explicaram a Leonardo que o dinheiro deve ser dividido entre os irmãos.

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Na carteira de investimentos de Leonardo estão papéis como o da Ambev e também administradoras de shopping centers. “Quando a gente foi a um shopping, eu expliquei a ele que ele era dono de um pedacinho daquilo. E, quando ele está tomando o guaraná de que gosta, eu falo sobre a ação da Ambev”, explica o engenheiro. Aline e João Paulo esperam que, quando chegar a hora de sacar o dinheiro, os filhos invistam na própria formação. “Educação é o melhor investimento”, dizem.

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Em uma categoria própria entre os investidores mirins está Felipe Molero, de 12 anos, mais conhecido no mundo das finanças como “Kid Investor”. Ele abriu um canal de investimentos no YouTube no último mês de abril que já contabiliza mais de 75 mil inscritos, no site de vídeos e no Instagram (leia aqui o perfil).

Vontade x meta

Coordenador de educação financeira da XP, Thiago Godoy acredita que existe espaço para ampliar o debate positivo sobre dinheiro no Brasil - e mostrar às crianças que não há nada de errado investir bem o que foi ganho honestamente. Mas, mais importante do que isso, saber lidar com dinheiro pode ser uma forma de se ensinar às crianças valores que podem acompanhá-las pelo resto da vida. Uma das principais, explica o especialista, é deixar clara a “diferença entre necessidade e desejo”.

Antes de entrar na XP, Godoy fez parte de diversos programas de educação financeira tanto do governo federal quanto de organismos internacionais. “O que as pesquisas mostram é que a educação financeira faz diferença na vida adulta”, explica. E ele ressalta que a chave para o aprendizado não está no volume de dinheiro. “É importante promover hábitos, ensinar a cultura da prevenção e a noção de que a independência financeira é conquistada no longo prazo.”

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Para o Kid Investor, Bolsa não é brincadeira

O tom empostado da voz e a certeza com que fala sobre o mercado financeiro pode fazer muita gente duvidar, mas Felipe Molero, o Kid Investor, mal completou 12 anos. Com 73 mil seguidores entre YouTube e Instagram, ele não faz rodeios sobre o que motivou sua aventura pelo mundo da Bolsa de Valores: “Veio simplesmente do desejo de ganhar dinheiro. Observando as pessoas muito ricas, pensei: como é que elas fizeram para chegar lá?”

E descobriu que os muito ricos corriam o risco de investir em ações. Assim, após algumas tentativas frustradas de se tornar youtuber - aos 6 anos, criou um canal sobre o jogo Minecraft; aos 9, falava sobre política para pouquíssimos seguidores -, Felipe viu sua sorte mudar ao adotar a “persona” Kid Investor. Em seis meses, tornou-se o símbolo do fenômeno dos “investidores mirins” no País.

À medida que o Kid Investor ganha seguidores, os pais de Felipe - o médico Roberto e a advogada Silmara - acompanham a carreira do filho, que já monetiza vídeos em redes sociais. Para Roberto, uma dificuldade é lidar com os comentários negativos sobre os vídeos. “Ele diz para eu não ligar para crítica, mas eu que tenho de falar isso para ele. Uma vez que ele ficou um pouco exaltado, quando eu não liguei muito”, conta Felipe.

O pulo do gato do Kid Investor foi virar meme. Uma página com 3 milhões de seguidores usou um dos vídeos - que unia duas paixões de Felipe, Bolsa e Minecraft - para criar imagens engraçadinhas. “Eles estavam me zoando, mas acabou me ajudando muito”, lembra o youtuber. E, como ele mesmo diz, no mundo dos negócios “é muito importante conhecer pessoas e fazer networking”.

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Mas Felipe sabe que é um investidor em situação privilegiada e pode se dar ao luxo de colocar todo o dinheiro na Bolsa. “Meu pai não pode correr tanto riscos, ele tem de pagar as contas. Já eu não tenho gastos fixos e tenho muito tempo pela frente”, compara. Mesmo com essa vantagem, Felipe sabe que, para atingir seu objetivo - ficar rico -, será necessário empreender.

E já começou a dar os primeiros passos nessa direção. Comprou um lote de fones de ouvido na China e revendeu com um bom lucro. E também já canibalizou o negócio dos outros. “Na escola, sabia que o preço de algumas coisas na cantina era muito alto. Então, comprava a mesma coisa e vendia mais barato.” O Kid Investor diz que ganhou sozinho quase a totalidade do dinheiro que hoje aplica no mercado.

Aos que querem seguir seus passos, ele reserva alguns conselhos: “Tenha disciplina e constância, tire uma ou duas horas por dia para estudar. A gente está falando de dinheiro.” Do alto de seus 12 anos, Felipe alerta: Bolsa não é brincadeira de criança.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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