Stuhlberger vê bolha se formando na bolsa, mas segue aplicado
Lendário gestor da Verde Asset diz que “olha porta de saída” da bolsa, mas vê boas perspectivas com avanço do PIB de consumo

Os "órfãos do CDI", aqueles investidores que estão migrando o dinheiro da renda fixa para o mercado de ações diante da queda da taxa básica de juros (Selic), estão provocando um efeito de bolha na bolsa brasileira. Essa é a visão de ninguém menos que Luis Stuhlberger, o lendário gestor da Verde Asset.
Ele participou de evento com investidores promovido pelo Credit Suisse, ao lado de outro gestor estrelado: Rogério Xavier, da SPX Capital.
Embora tenha mencionado o risco de bolha, Stuhlberger disse que a Verde mantém 20% da carteira hoje em ações brasileiras. "Eu também sou rentista", disse o gestor, para uma plateia formada principalmente por investidores.
A entrada de recursos sustenta a bolsa, mas esse "não é um bom argumento" para manter a posição em ações, segundo Stuhlberger. A aposta da Verde se baseia na expectativa de crescimento do PIB de consumo no Brasil, que favorece as empresas listadas.
"Continuamos investidos, mas olhando a porta de saída", afirmou o gestor da Verde, que também tem posições em títulos corrigidos pela inflação (Tesouro IPCA) de longo prazo na carteira.
No mercado de juros, Stuhlberger defende a manutenção da Selic e revelou ter uma posição pequena na manutenção da taxa na próxima reunião do Copom, ainda que o BC tenha sinalizado em seus discursos que pode dar continuidade ao atual ciclo de cortes.
Leia Também
Por que o Itaú (ITUB4) continua como top pick do BTG mesmo depois que alguns investidores se desanimaram com a ação
O excepcionalismo americano não morreu e três gestores dão as razões para investir na bolsa dos EUA agora
"Grande bobagem"
A SPX de Rogério Xavier também está remando na direção contrária da maioria dos investidores. Para o gestor, o Banco Central "está sendo empurrado" pelo mercado e vai fazer uma "grande bobagem" se continuar reduzindo os juros.
Xavier disse que os efeitos de um corte na Selic só serão sentidos em 2021, quando a meta de inflação será de 3,75%, ou seja, sem margem em relação às projeções atuais do mercado. Para ele, o grande risco de uma maior flexibilização agora é o de o BC ter que elevar os juros lá na frente.
"Eu como gestor acho um risco-retorno ruim de ter que reverter a política se a economia aquecer demais", disse Xaiver.
Para o sócio da SPX, o BC deveria dar tempo para medir os efeitos dos cortes que já foram feitos. "Uma economia que deve crescer 2,5% neste ano não está pedindo mais estímulo."
Xavier também mantém a já conhecida posição comprada em dólar, que carrega desde 2013. "Entendo que a direção é de fortalecimento, ainda mais quando mercado empurra o BC a fazer bobagem", afirmou, mais uma vez em referência à esperada queda da Selic.
Fuga do investidor estrangeiro? Não para a sócia da Armor Capital. Mesmo com Trump, ainda tem muito espaço para gringo comprar bolsa brasileira
Para Paula Moreno, sócia e co-diretora de investimentos da Armor Capital, as tensões comerciais com os EUA criam uma oportunidade para o estrangeiro aumentar a aposta no Brasil
Quão ruim pode ser o balanço do Banco do Brasil (BBAS3)? O JP Morgan já traçou as apostas para o 2T25
Na visão dos analistas, o BB pode colher ainda mais provisões no resultado devido a empréstimos problemáticos no agronegócio. Saiba o que esperar do resultado
Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?
Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções
Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset
Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda
Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset
Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo
FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação
Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto
As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira
O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço
Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs
Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais
Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581
Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas
O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país
Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas