🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Carta do gestor

Com retorno positivo mesmo em meio ao caos do mercado, gestora SPX reduz posição comprada em dólar

SPX Nimitz, principal fundo da casa, realizou ganhos com a alta da moeda americana; conhecida por um certo “pessimismo”, gestora já trabalha com a possibilidade de recessão pela frente, e projeta PIBinho para o Brasil em 2020

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
12 de março de 2020
16:46 - atualizado às 17:01
Rogério Xavier, gestor da SPX
Rogério Xavier, um dos sócios da gestora SPX. Imagem: Leo Martins

A SPX, do estrelado gestor Rogério Xavier, reduziu, durante o mês de fevereiro, sua conhecida posição comprada em dólar, realizando os ganhos com a valorização recente da moeda americana. Até o fim de fevereiro, o dólar apresentava alta de mais de 10% no ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A gestora também zerou sua posição vendida em euro, mas continua vendida em moedas de países emergentes, isto é, ainda aposta na desvalorização dessas divisas.

O principal fundo da casa, o SPX Nimitz, vem apresentando retornos positivos mesmo em meio ao caos que se instaurou nos mercados desde o final de janeiro. Em fevereiro, o fundo entregou aos cotistas um retorno de 1,19%, totalizando 1,34% no ano. A classe de ativos que apresentou o maior ganho foi justamente o câmbio. Em março, as cotas já se valorizam mais de 1,00%.

A SPX e o próprio Rogério Xavier são conhecidos por suas posições geralmente pessimistas. Já o Nimitz é um fundo multimercado (que pode investir em quaisquer classes de ativos e seguir diversas estratégias) com um forte perfil de fundo de hedge, isto é, de proteção patrimonial dos cotistas.

Recessão à vista

Em carta aos cotistas publicada nesta quinta-feira (12), a gestora diz que sua postura para março mudou em relação a fevereiro, e que avalia, agora, a real possibilidade de uma recessão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Entramos em março, todavia, de forma bem diferente do que começamos fevereiro, agora avaliando a real possibilidade de uma recessão, o quão profunda e duradoura esta seria, além de quem será o próximo presidente americano."

Leia Também

- Carta de fevereiro da SPX.

A gestora projeta crescimento zero para a Europa em 2020 por conta do avanço do coronavírus. "Entretanto, efeitos adicionais, como o risco pandêmico do vírus e seu impacto em parceiros de comércio e maiores disrupções na cadeia de produção, apontam para maiores riscos de recessão na região", diz a carta.

Para o Brasil, a projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça apenas 0,9% neste ano, em razão das revisões para baixo das projeções de crescimento para a China e a Europa, da queda do preço do petróleo e da piora das condições financeiras.

Posições do SPX Nimitz

Além de revelar suas posições no mercado de câmbio, a SPX também contou um pouco sobre suas alocações nos mercados de juros, ações e commodities.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Juros

A gestora, que trabalhava anteriormente com a possibilidade de alta na taxa básica de juros (Selic) ainda neste ano, agora projeta um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, marcada para terça e quarta-feira da próxima semana (17 e 18 de março).

"No Brasil, após a última reunião do Copom, o Banco Central sinalizou a interrupção do ciclo de afrouxamento monetário. Com o avanço do coronavírus e suas implicações para a atividade econômica, o Banco Central do Brasil (BCB) alterou sua comunicação. Diante disso, avaliamos que a disposição do BCB de continuar a cortar juros aumentou", diz a carta.

A gestora diz, porém, se manter cautelosa em relação aos juros locais, uma vez que novas reduções na Selic tendem a pressionar ainda mais o câmbio, valorizando o dólar e, possivelmente, pressionando a inflação - o que poderia ensejar uma nova elevação nas taxas. Em razão disso, a SPX se mantém com "pequenas posições direcionais" no mercado de juros.

Ações

A SPX acredita que, após as quedas recentes, os preços das ações de empresas estrangeiras ficaram mais atrativos, mas que espera uma revisão negativa nas expectativas de lucros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A gestora se diz "levemente comprada, com a visão de que o impacto do coronavírus será forte, porém passageiro, e de que os bancos centrais irão responder de maneira mais agressiva, tanto do lado monetário, quanto do lado fiscal".

Quanto à bolsa brasileira, a SPX permanece comprada em ações dos setores financeiro, de utilities (utilidade pública, como as concessionárias de serviços públicos) e consumo.

Commodities

A gestora permanece vendida em metais industriais e comprada em metais preciosos (como é o caso do ouro). No mercado agrícola, a SPX permanece comprada em grãos.

O que a SPX vê adiante

Ao avaliar o cenário, a SPX pondera que a forte queda nos preços do petróleo "traz um novo grau de dificuldade para a indústria de energia, principalmente a de xisto (shale) nos Estados Unidos, que vinha sofrendo para gerar lucros consistentes."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Embora preços mais baixos de energia ajudem o consumo, antes de vermos esse benefícios na economia, teremos de lidar com os aumentos nas falências e inadimplências (defaults) no mercado de crédito do setor."

- Carta de fevereiro da SPX.

Um dos maiores temores em relação ao avanço do coronavírus e ao recente choque do petróleo é justamente a possibilidade de haver uma crise de crédito.

De um lado, empresas com pouco caixa ou endividadas podem não ter como pagar as contas, dada a dificuldade de gerar receita, com menos gente produzindo e consumindo; do outro, empreendimentos do setor de energia, que se planejaram para um cenário de petróleo com preços mais altos, podem se mostrar negócios inviáveis com o barril a um preço tão inferior.

A íntegra da carta da SPX está disponível aqui.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar