A difícil arte de analisar se vale a pena investir em uma ação
Entre a decisão de que chegou a hora de investir em ações e a decisão de quais ações investir existe uma enorme diferença. Uma dificuldade que você provavelmente já deve ter enfrentado…
Não é novidade pra ninguém que o tema "investimentos" está se tornando um assunto cada vez mais popular no país. A queda do rendimento da poupança, aliada à alta da bolsa nos últimos anos foram determinantes para essa popularização. O problema é que nem tudo é tão simples assim.
Entre a decisão de que chegou a hora de investir em ações e a decisão de quais ações investir existe uma enorme diferença. Uma dificuldade que você provavelmente já deve ter enfrentado.
Não é à toa que cada vez mais pessoas me perguntam: "Ruy, o que é preciso para ser um analista de ações?"
O que é preciso?
Depois de olhar para o meu currículo, muita gente pensa que fazer Física abriria as portas para virar um analista de ações ou entrar no mercado financeiro.
A minha resposta pra lá de sincera é: não mesmo!
Leia Também
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
A verdade é que não existe um curso de graduação capaz de formar investidores completos de ações. Muitos pensam que o caminho é a formação em Economia, mas eu já vi gente dominar todas as teorias econômicas que você possa imaginar e mesmo assim ser um péssimo investidor.
Por outro lado, eu já vi gente incapaz de explicar o conceito de "elasticidade de preços", mas mostrar como ninguém as perspectivas futuras de uma determinada empresa.
Isso, contudo, não quer dizer que não é preciso estudar. É preciso, sim! Mas não existe uma graduação "X" capaz de te dar tudo o que é preciso.
A faculdade de Física, Matemática ou Engenharia não te ensinam a identificar manipulações de balanço patrimonial. Um curso de Contabilidade ajudaria nesse quesito, mas não ensinaria a ter sangue frio para colocar boa parte do patrimônio em ações quando o mercado estivesse caindo 40% no ano.
Talvez a faculdade de Psicologia contribuísse neste caso, mas seria pouco útil hora de decifrar se o momento econômico é mais favorável para ações defensivas ou o oposto. Mas na faculdade de Economia você também não encontraria as respostas para as perspectivas de rentabilidade dos negócios de cloud computing nos próximos 5 anos.
E há muitos outros momentos nos quais conhecer história, geografia ou medicina, (como o Covid nos ensinou), acabam sendo tão importantes quanto qualquer outra área mais diretamente relacionada ao mundo dos negócios.
O que eu quero dizer com tudo isso?
Que se alguém busca o caminho de bons investimentos unicamente através da graduação, talvez precise de uma dezena de diplomas e de algumas dezenas de anos para chegar lá. E mesmo assim faltariam conceitos específicos sobre o funcionamento dos mercados porque, como dizem, tem coisas que não aprendemos nas salas de aula da faculdade.
A porta de entrada
É nesse contexto que surgem os cursos de MBA focados no mercado financeiro. No início do meu estágio na Empiricus, conhecendo bastante de física mas basicamente nada sobre o mercado financeiro, foi o MBA em Finanças que me ajudou a dar os primeiros passos nesse mundo até então quase desconhecido por mim.
Logo os termos utilizados nas reuniões já não pareciam códigos, o Ebitda era mais do que uma palavra estranha e ficava claro por que em diversas situações fluxo de caixa muitas vezes é mais importante que os lucros – antes de se assustar com os prejuízos apresentados pela Petrobras nos últimos trimestres, dê uma olhada na geração brutal de caixa e você vai entender porque a companhia é uma das Melhores Ações da Bolsa, segundo o Max Bohm.
Portanto, sempre que alguém me pergunta "o que é necessário para dar os primeiros passos no mercado financeiro", mais do que um mero palpite, eu conto a minha experiência pessoal.
Se forme no que ama, pois isso sempre terá utilidade para você, e depois faça um bom MBA para nivelar seus conhecimentos sobre investimentos.
Nem tudo é perfeito
Mas é claro que mesmo um bom MBA tem as suas deficiências.
Eu cansei de ver colegas reclamando de ter aulas com professores que, apesar da vasta experiência no mundo acadêmico e explicar o balanço patrimonial de uma empresa de olhos fechados, tinham pouquíssima experiência prática no mercado.
O problema de embarcar nesse tipo de experiência é que você acaba aprendendo uma centena de ferramentas para analisar o mercado (ROIC, ROE, alavancagem operacional, giro de estoque, WACC etc) mas fica perdido quando precisa utilizá-las para definir se é hora de comprar ou vender uma ação.
E é por esse mesmo motivo que eu fiquei muito feliz quando soube que a Empiricus estava elaborando um MBA diferente de tudo o que eu já vi por aí.
Com aulas ministradas por gente muito competente do meio acadêmico, mas também por profissionais do mercado que utilizam aquela vasta caixa de ferramentas para colocar a mão na massa e decidir quais os melhores ativos para investir todos os dias. Eu inclusive fui convidado para falar sobre derivativos e sobre como analisar alguns setores como geração e distribuição elétrica.
Mas não para por aí. Eu fiquei sabendo que também existe uma série de aulas imperdíveis ministradas por vários executivos (CEOs e CFOs) de companhias listadas na bolsa brasileira.
Afinal, quem melhor do que eles para explicar como analisar as empresas que dirigem, não é mesmo?
Por isso, se você é daqueles que se perguntam por onde começar a sua trilha no mercado financeiro, ou como aprender a analisar ações sem precisar ficar caçando dicas suspeitas nos blogs espalhados pela internet, essa é uma ótima maneira de começar.
As duas primeiras aulas gratuitas já foram liberadas e a terceira vai ao ar hoje. Caso tenha interesse, deixo aqui o convite para conferir.
Um grande abraço e até a próxima!
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida