Diante de um cenário mais complicado para a recuperação dos preços domésticos para o aço no Brasil neste ano, o Itaú BBA rebaixou a nota das siderúrgicas Usiminas (USIM5). A companhia foi rebaixada para market perform - que é quando os analistas esperam que os papéis tenham desempenho idêntico ao do mercado. Antes os papéis da empresa estavam classificados como outperform (performance acima do desempenho do mercado).
No pregão da última sexta-feira (11), a ação fechou cotada a R$ 10,18. E até o início da tarde de hoje (14), os papéis de Usiminas PNA lideravam as maiores baixas do Ibovespa, com queda de 2,85%. Segundo o relatório, o preço-alvo da ação é de R$ 12.
Na avaliação do Itaú BBA, o rebaixamento é porque os preços domésticos para o aço devem se recuperar de maneira mais moderada e ficar abaixo dos valores alcançados em 2018. Aliado a isso, há também a valorização do real e uma possível redução nas tarifas de importação.
A expectativa dos analistas é que as ações de siderúrgicas tenham um desempenho pior do que papéis de companhias atreladas a outras commodities em um cenário de crescimento global mais fraco.
Assim como as ações da Usiminas, os papéis da siderúrgica Ternium também tiveram a nota rebaixada de outperform para market perform, por conta de resultados mais fracos e preocupações no México e na Argentina. Já as ações da Companhia Siderúrgica Nacional (código CSNA3) permaneceram como market perform.
Preferida
No setor de siderurgia, a ação preferida do Itaú BBA é da Gerdau (GGBR4), que recebeu avaliação de outperform. No relatório do Itaú BBA, o preço-alvo estipulado foi de R$ 20 por ação.
A justificativa para a boa avaliação está ligada ao baixo risco de alavancagem - que é quando uma empresa consegue aumentar o volume de receita líquida sem provocar grandes alterações no total de custos -, ao alto fluxo de caixa livre e ao preço atrativo.
No pregão desta segunda-feira (14), os papéis de Gerdau fecharam o dia cotados a R$15,20.