Assim como Bradesco, Itaú passará a oferecer fundo para investir na China
Em 2020, eram R$ 1,5 bilhão de recursos de clientes alocados no exterior. Atualmente, esse número está próximo aos R$ 6 bilhões
Os rivais Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) estão lançando fundos para brasileiros investirem em empresas chinesas, animados pela crescente demanda por aplicações no país asiático, antes tido como uma opção "exótica". Primeira economia a se recuperar da pandemia de covid-19, a China tende a seguir com crescimento robusto, acima de 8% neste ano, no caminho para se consolidar como maior potência global.
O Bradesco comunicou ontem (19) o lançamento de um fundo com foco em ações do país asiático. O Bradesco China FI Ações IE é um fundo de fundos (FoF, da sigla em inglês) que permite o investimento em empresas negociadas nas bolsas de valores de Xangai e Shenzen.
Com o suporte local, o veículo busca superar o índice MSCI China e começou a ser ofertado ontem, com foco nos investidores qualificados, ou seja, com pelo menos R$ 1 milhão de recursos em aplicações financeiras.
"A China é um mercado que vem atraindo a atenção dos brasileiros e do mundo todo dada a fortaleza de sua economia e a velocidade que continua crescendo", afirma o diretor executivo do Bradesco, Roberto Paris, que assumiu o comando da gestora do banco, a Bram.
A aposta na China é parte do reforço da Bram em uma prateleira internacional, iniciado em 2020. Na ocasião, eram R$ 1,5 bilhão em recursos de clientes brasileiros alocados no exterior, segundo o superintendente executivo da Bram, Ricardo Eleutério. Hoje, este número, impulsionado pela queda dos juros e a busca por diversificação, está perto de R$ 6 bilhões.
Já o Itaú vai lançar até o fim de abril um fundo para ações na China, adiantou ao Estadão/Broadcast o diretor comercial da Itaú Asset, Stefano Catinella. "Tem muito cliente que vê a China saindo mais rapidamente da pandemia na comparação com outros mercados e quer se aproveitar da tendência de crescimento do país", disse.
O fundo vai ter exposição maior em setores de tecnologia, serviços financeiros, varejo e comunicações. Catinella acredita que este fundo tem potencial para ter patrimônio semelhante a produtos do banco voltados para os Estados Unidos, com quase R$ 5 bilhões.
Negócio da China
O potencial da China e o interesse dos brasileiros por exposição neste mercado aguçaram o faro das gestoras brasileiras, que têm se debruçado em um portfólio sob medida para investidores locais, desde os clientes de varejo até aqueles mais abastados. A XP, primeira a desbravar o mundo chinês, há menos de um ano, já atraiu R$ 1 bilhão em seus produtos somente em 2021 - um deles é um fundo com aplicação mínima de R$ 100.
"O Brasil está preenchendo uma lacuna e modernizando o acesso aos investidores. A China deixou há muito tempo de ser um tema exótico. Passou a ser um ativo básico de alocação em qualquer carteira global bem diversificada", diz o sócio responsável por fundos internacionais da XP, Fabiano Cintra. "É o lugar para se estar."
Centro do surgimento da covid-19, a China viu sua economia saltar 18,3% no primeiro trimestre (na comparação anual), acima do esperado por analistas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou este mês a projeção de crescimento da China em 2021 para 8,6%, patamar no mundo inferior apenas ao da Índia, que deve disparar 12%. Em 2022, a expansão deve ficar em 5,6%, novamente um dos mais altos níveis globais.
'Small caps'
A XP, primeira a apostar no potencial chinês, já tem mais de R$ 2 bilhões de recursos de investidores locais no país asiático. Para Cintra, a China é muito grande para ser ignorada. Segundo o sócio da corretora, a XP planeja um novo fundo para o país, focado em empresas de menor porte, as small caps.
"Os unicórnios vão aparecer na China, cada vez mais. Há espaço ainda para fundos temáticos, como os voltados à tecnologia chinesa", diz. Ele vê um alto potencial: de quase R$ 6 trilhões do mercado brasileiro, somente 1% está alocado fora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Práticas e acessíveis, contas em dólar podem reduzir custo do câmbio em até 8%; saiba se são seguras e para quem são indicadas
Contas globais em moeda estrangeira funcionam como contas-correntes com cartão de débito e ainda oferecem cotação mais barata que compra de papel-moeda ou cartão pré-pago. Saiba se são para você
BofA dá sinal verde para BTG (BPAC11) e recomenda compra do papel. Mas XP segue no amarelo
Para o BofA, o BTG pactual está bem posicionado para apresentar resultados financeiros fortes nos próximos anos
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Indireta para o Nubank? Itaú diz que “é muito fácil crescer oferecendo preços baixos e subsidiados para atrair clientes”
Executivos do Itaú avaliam que alta dos juros tem feito os problemas dos grandes bancos se estenderem à nova concorrência
Itaú (ITUB4) vai propor reorganização societária aos acionistas; banco deve assumir parte das atividades do Itaucard
Segundo a instituição financeira, a reorganização faz parte da estratégia de “racionalização do uso dos recursos e otimização das
estruturas e negócios”
Banco Bmg (BMGB4) faz reorganização societária e cria nova área de seguros
Bmg (BMGB4) também anunciou a criação de uma nova holding chamada Bmg Seguradoras, que será subsidiária desta área de seguros
Itaú (ITUB4) entra na disputa das vendas online com shopping virtual; Magazine Luiza está entre os primeiros parceiros
A intenção do Itaú é de que a nova loja virtual funcione como um ecossistema de compras de produtos e serviços
Dividendos e JCP: Banco do Brasil (BBAS3) anuncia pagamento de R$ 781 milhões em proventos; confira prazos
A distribuição do montante será feita em antecipação ao terceiro trimestre de 2022, de acordo com informações do próprio banco
Banco do Brasil (BBAS3) está ‘ridiculamente barato’, diz Sara Delfim, da Dahlia
Analista e sócia-fundadora da Dahlia Capital, Sara Delfim retorna ao Market Makers ao lado de Ciro Aliperti, da SFA Investimentos, para detalhar suas teses de investimento
Se cuida, Nubank: Bradesco compra instituição no México e vai lançar conta digital no país
Com a aquisição, o Bradesco terá licença para atuar como se fosse um banco digital no México. O país é um dos focos de expansão do Nubank
Leia Também
-
Cogna (COGN3) nota 10? Banco estrangeiro passa a recomendar compra das ações, que lideram altas da B3
-
Bolsa hoje: Com 'cabo de guerra' entre Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em leve queda; dólar sobe a R$ 5,16
-
PetroReconcavo (RECV3) e Eneva (ENEV3) estudam fusão, diz jornal; ações sobem na B3
Mais lidas
-
1
Órfão das LCI e LCA? Banco indica 9 títulos isentos de imposto de renda que rendem mais que o CDI e o Tesouro IPCA+
-
2
A verdade dura sobre a Petrobras (PETR4) hoje: por que a ação estaria tão perto de ser “o investimento perfeito”?
-
3
Após o halving, um protocolo 'surge' para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes