🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: COMO FLÁVIO BOLSONARO MEXE COM A BOLSA E AS ELEIÇÕES – ASSISTA AGORA

Estadão Conteúdo

em alta

Investimento em startups brasileiras cresce 51% em 1 ano

Desde 2011, quando a onda do empreendedorismo digital começou a decolar no País, grupo de investidores aportou quase R$ 13 bilhões por aqui

Estadão Conteúdo
13 de maio de 2019
6:30 - atualizado às 11:30
Escritório de startup
Imagem: Shutterstock

Por trás das startups mais valiosas do Brasil, há um grupo de investidores com muito dinheiro no bolso e pouco medo de errar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reunidos em fundos de investimentos, eles são especializados em garimpar ideias que podem virar negócios bilionários, como Nubank, Movile, Stone, 99, PagSeguro e Gympass - empresas brasileiras que se tornaram unicórnios por ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado. Desde 2011, quando a onda do empreendedorismo digital começou a decolar no País, eles aportaram quase R$ 13 bilhões por aqui.

Só no ano passado, os fundos - chamados de venture capital - investiram US$ 1,3 bilhão (R$ 5,1 bilhões): volume 51% superior ao de 2017, segundo dados da Associação Latino-americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca, na sigla em inglês). O montante representou 65% de todos os investimentos feitos na América Latina.

Os números devem continuar em alta este ano. Em meados de março, a gigante japonesa Softbank anunciou o lançamento de um megafundo de US$ 5 bilhões (R$ 19,8 bilhões) para investir em startups na região. A expectativa é de que parte dos recursos seja alocada em empresas brasileiras.

Esse apetite faz parte de um movimento iniciado nos últimos anos por fundos como monashees, Kaszek, Redpoint eVenture, Valor Capital e 500 Startups. Na linha de frente desses fundos estão ex-executivos de grandes empresas, diplomatas e empreendedores que venderam seus negócios e são agora investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A lista inclui o fundador do Buscapé, Romero Rodrigues; os ex-Mercado Livre Hérnan Kazah e Nicolás Szekasy; o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Clifford Sobel; e o herdeiro da família que controla o grupo Ultra, Fabio Igel. Eles integram o time dos principais "caçadores" de unicórnios do País.

Leia Também

A lógica de investimento deles é diferente da aplicada por outros fundos de mercado. Com maior apetite ao risco, investem quantias entre R$ 100 mil e R$ 300 milhões em várias empresas ao mesmo tempo.

Eles sabem que a maior parte delas vai ficar pelo meio do caminho, mas aquelas que "vingarem" vão compensar os fracassos. A venda da 99 para a chinesa Didi, por exemplo, rendeu a investidores retorno 60 vezes o montante aplicado. O valor do negócio foi de quase US$ 1 bilhão.

"Investir em startups é pensar no que pode dar certo. Quanto mais nova, mais você precisa focar no time e no sonho", afirma Anderson Thees, sócio do fundo Redpoint eVentures - que investe em startups como Viajanet, Gympass e Resultados Digitais. Segundo ele, a estratégia é bem diferente de investir numa empresa madura, na qual o foco está no negócio em si, no histórico e em como ela foi construída. "É futuro versus passado."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Também não é fácil encontrar uma ideia capaz de virar um unicórnio. A sócia do fundo americano 500 Startups, Bedy Yang, conta que todo ano avalia 5 mil empresas no mundo para investir. A taxa de aceitação é de apenas 1%. O fundo tem 2 mil companhias no portfólio, sendo 10 unicórnios. No Brasil, já investiu em 40 startups e ainda não saiu de nenhuma.

'Sonho de consumo'

Num país onde o crédito é escasso e caro, esses investidores viraram a principal fonte de recursos para desenvolver negócios em estágio inicial. Mais que isso: são o "sonho de consumo" de quase todo empreendedor. Exemplo disso é o total de acordos fechados no ano passado. Pelos dados da Lavca, foram 259 negócios ante 113 em 2017 - avanço de quase 130%.

"Mesmo com a crise econômica, a atividade desses fundos nunca foi tão intensa", afirma o presidente da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital, Piero Paolo Minardi. Para ele, esse movimento está engatinhando no Brasil. "Está tudo por fazer. Portanto, essa indústria tem potencial de dobrar de tamanho em pouco tempo."

Para Paulo Veras, fundador da 99, a sociedade não tem noção de como esse mercado está quente. No passado, diz ele, o País tinha bons projetos, mas não tinha dinheiro para tirar do papel. Hoje, a situação é outra: "O mercado nunca teve tanto dinheiro para startup".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De olho em startups brasileiras desde 2008, o sócio da Valor Capital, Michael Niklas, diz que o mercado amadureceu muito no período. "Em 10 anos, tivemos um boom na banda larga e tudo ficou mais fácil, porque o Brasil ficou mais conectado."

Fundos internacionais

Quase todo o dinheiro investido pelos fundos de venture capital nas startups brasileiras é captado no mercado internacional, com fundadores de empresas de tecnologia e outros fundos institucionais. Na monashees, uma das precursoras dessa indústria, sete fundos foram criados com recursos exclusivamente externos e apenas um deles tem um mix de investidor nacional e estrangeiro.

Nesse último, a gestora captou US$ 150 milhões (R$ 594 milhões) entre famílias brasileiras e empreendedores, como Mike Krieger - fundador do Instagram e um dos brasileiros mais influentes no Vale do Silício. Criada em 2005 antes da explosão das startups no Brasil, a monashees investiu no primeiro unicórnio verde-amarelo: a 99. Também tem participação na colombiana Rappi, que entrou para o rol das empresas bilionárias.

O primeiro investimento da gestora, fundada por Eric Acher (executivo com passagens pela MacKinsey e pelo fundo americano General Atlantic) e Fabio Igel (herdeiro da família que controla o grupo Ultra), foi numa empresa de educação montada pelos próprios sócios, já que na época não havia opção de startup para investir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De lá para cá, a gestora já aportou recursos em 88 empresas na América Latina. Atualmente, tem 60 companhias no seu portfólio, sendo 42 no Brasil. Dessas, algumas são candidatas a assumir o posto de novos unicórnios, como a Grow (fusão da brasileira Yellow com a mexicana Grin), Loggi (startup de entregas), Neon (banco digital) e Viva Real (imobiliária).

Outro fundo bastante ativo no Brasil é o argentino Kaszek Ventures, formado pelos ex-executivos e fundadores do Mercado Livre. Criada em 2011, a gestora já captou três fundos nos Estados Unidos e na China, num total de US$ 430 milhões.

Esses recursos foram investidos em 60 empresas, sendo dois terços no Brasil, afirma o sócio da Kaszek, Santiago Fossatti. Dessas, a gestora tem participação em dois unicórnios: o Nubank e a Gympass - marketplace de academias que acaba de entrar no grupo de empresas bilionárias.

Como é comum nesse mundo de empreendedorismo, essa startup também tem outros dois investidores de peso, a Valor Capital Group e a Redpoint eVentures. A Valor foi criada pelo ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Clifford Sobel e já investiu em 30 startups no País. Além da Gympass, o fundo também fez aporte na Stone, unicórnio de "maquininhas" brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O sócio da Valor Capital, Michael Nicklas, conta que a ideia inicial era investir em private equity no Brasil. "Mas vimos que tinha espaço para o venture capital e decidimos montar um fundo em 2012 para testar o mercado." Ao contrário dos outros fundos, a captação foi feita com famílias brasileiras.

A Redpoint eVentures também foi fundada em 2012, a partir de uma parceria com duas gestoras do Vale do Silício: a Redpoint Ventures e a eVentures. "Os fundadores desses fundos começaram a vir ao Brasil em 2010, durante a fase do 'Cristo Redentor decolando no Rio', mas entenderam que precisavam de gente local para tocar os projetos dadas as complexidades do País", afirma Anderson Thees, sócio do Redpoint eVentures junto com Romero Rodrigues.

A gestora já investiu em 31 empresas. "Desde o início, o objetivo foi trazer boas práticas e experiências do Vale do Silício para cá."

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GERANDO VALOR

Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes

18 de dezembro de 2025 - 10:33

O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social

SUCESSÃO A CAMINHO

Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte

18 de dezembro de 2025 - 10:03

Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria

APESAR DOS PROTESTOS

Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais

18 de dezembro de 2025 - 8:56

O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas

UMA BOLADA!

B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos

17 de dezembro de 2025 - 19:57

Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado

RENDA AO ACIONISTA

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026

17 de dezembro de 2025 - 19:37

Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem

DEGRAU POR DEGRAU

MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra

17 de dezembro de 2025 - 19:05

Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026

TREMORES NO MERCADO

Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça

17 de dezembro de 2025 - 18:28

Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior

MAIS INCERTEZA

Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?

17 de dezembro de 2025 - 16:50

Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master

AQUISIÇÃO

Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista

17 de dezembro de 2025 - 16:30

Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes

Conteúdo Empiricus

Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?

17 de dezembro de 2025 - 16:00

Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”

DO BOATO AO FATO

Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos

17 de dezembro de 2025 - 14:00

Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso

NA BERLINDA?

Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise

17 de dezembro de 2025 - 11:29

Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas

DE ONDE VEM O ALÍVIO?

Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática

17 de dezembro de 2025 - 6:17

Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor

BOLSO CHEIO

Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga

16 de dezembro de 2025 - 20:17

Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte

SIMPLES E BARATA

Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos

16 de dezembro de 2025 - 19:55

O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto

AÇÕES DO VAREJO PARA 2026

Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?

16 de dezembro de 2025 - 18:45

Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente

INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL

Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona 

16 de dezembro de 2025 - 18:30

A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano

CONEXÃO COM O CLIENTE

Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso

16 de dezembro de 2025 - 17:59

Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência

MAIS DINHEIRO NO BOLSO NO FUTURO?

Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP

16 de dezembro de 2025 - 17:31

O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]

VOO TURBULENTO

Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO

16 de dezembro de 2025 - 17:29

John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar