Quando o coadjuvante rouba a cena
Você já deve ter assistido a algum filme, série ou novela em que o ator ou atriz coadjuvante acaba roubando a cena do protagonista.
Às vezes, a atuação do coadjuvante é tão boa que até salva o filme, como a da atriz Whoopi Goldberg em Ghost, do Outro Lado da Vida.
No “day after” da decisão do Banco Central que reduziu os juros para 5,5% ao ano e escancarou a porta para novos cortes, todas as atenções estavam voltadas para o desempenho da bolsa.
Pelo menos na abertura, a protagonista não decepcionou. Na máxima, o Ibovespa chegou a 106 mil pontos e dava pinta de que poderia fechar o dia batendo um novo recorde.
A maior ousadia do BC no comunicado também levou os investidores a calibrarem suas apostas para os juros, o que levou a uma queda nas taxas futuras negociadas na B3 em quase todos os vencimentos.
Aos poucos, porém, um coadjuvante começou a aparecer. O dólar já era negociado em alta pela manhã, quando o Ibovespa estava nas máximas. Mas foi ganhando ainda mais força ao longo do dia, justamente enquanto a bolsa ia na direção contrária.
A moeda norte-americana acabou se tomando a protagonista desta quinta-feira ao fechar aos R$ 4,16, maior valor desde o começo do mês. O Ibovespa não só perdeu o papel principal como ainda virou para o vermelho e encerrou o dia em queda de 0,18%.
Saiba mais sobre como atuaram os investidores no mercado financeiro depois da decisão do BC e por que o dólar virou a estrela com o nosso crítico de mercados Victor Aguiar.
Remando contra a maré
O comunicado do Banco Central que acompanhou a decisão de redução da Selic em 0,5 ponto percentual levou a maior parte dos investidores a apostar em uma queda ainda maior dos juros em 2019. Mas um peixe grande do mercado decidiu bater o pé e manter as projeções para a taxa básica em 5% no fim deste ano. Confira por que Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor do BC, decidiu remar contra a maré nesta matéria da Jasmine Olga.
Entre tantas, apenas uma
Os senadores bem que tentaram, mas o parecer da reforma da Previdência no Senado se mantém firme em sua essência. O relator Tasso Jereissati apresentou uma nova versão do documento nesta quinta-feira com pouquíssimas alterações. O projeto havia recebido uma chuva de emendas (77 no total), mas só uma mudança conseguiu passar pelo guarda-chuva. A proposta que foi incluída traz algum alívio nas regras para os servidores públicos, como você confere nesta matéria.
Entra mais, gasta mais
Depois de bons resultados nas receitas federais dos últimos meses, o governo já pensa em afrouxar um pouco o cinto. A equipe econômica liderada por Paulo Guedes deve desbloquear até R$ 13 bilhões do Orçamento de 2019 para custear despesas correntes, como salários e bolsas. Quem deu detalhes sobre essa nova liberação de verba foi o secretário-adjunto da Fazenda, Esteves Colnago, e você confere todas as declarações nesta matéria.
Aluga-se para longa temporada
Depois de revolucionar o mercado de aluguel online de imóveis, o Airbnb quer se hospedar. Só que agora na bolsa. A empresa anunciou seus planos para ter as ações listadas em 2020. Mas o caminho até a bolsa não deve ser tão tranquilo. A startup deve enfrentar o ceticismo de agentes com as últimas aberturas de capital que ocorreram de gigantes da nova economia após a decepção com os aplicativos de transporte Uber e Lyft. Leia mais sobre os planos do Airbnb.
PT saudações
Alguns leitores sentiram a falta do Eduardo Campos nas matérias do Seu Dinheiro hoje e até me perguntaram se ele havia entrado no bolão dos assessores do PT que faturaram o prêmio de R$ 120 milhões da Mega-Sena. Calma, ele apenas tirou uns merecidos dias de férias. A aposta milionária dos petistas, aliás, foi o assunto o dia hoje nos corredores da Câmara em Brasília. Nesta reportagem do Estadão você fica sabendo como estava o clima nos gabinetes do PT e quem apareceu para trabalhar.
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*Colaboração Fernando Pivetti.
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