Principais bancos privados ampliam crédito e veem lucro avançar 15,4%
Juntos, Itaú Unibanco, Santander Brasil, Bradesco apresentaram lucro líquido de R$ 16,6 bilhões no primeiro trimestre
Os três maiores bancos privados do País conseguiram emplacar resultados ainda melhores no primeiro trimestre deste ano, a despeito das revisões para baixo quanto à atividade econômica por conta do atraso da reforma da Previdência.
O combustível para os números do período foi o crescimento mais acelerado da oferta de crédito, ao menos no comparativo anual, e a continuidade dos menores gastos com calotes.
Juntos, Itaú Unibanco, Santander Brasil, Bradesco apresentaram lucro líquido de R$ 16,6 bilhões no primeiro trimestre, 15,43% a mais do que o registrado em igual período de 2018.
O destaque de crescimento ficou com o Bradesco, que viu seus resultados aumentarem 22,3% no período. Na sequência, vieram Santander, com avanço de 21,9% e Itaú, com alta de 7,1%.
O diretor da empresa de análises financeiras Eleven Financial, Carlos Daltozo, diz que o Bradesco tem mais espaço de crescimento que seus pares e, por isso, apresentou expansão em ritmo mais elevado. Uma das razões é o fato de o banco ainda colher sinergias de receitas da integração do HSBC.
Do lado do crédito, o banco também foi o que mais se destacou. A carteira do Bradesco cresceu 12,7%, a do Santander teve alta de 9,3% e a do Itaú, de 7,7%.
Se no comparativo anual o crédito mostrou mais vigor no trimestre, a despeito de questões sazonais, as carteiras já sentiram o arrefecimento da economia.
De acordo com o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, o crédito não deve deslanchar esse ano.
O próprio banco, que, conforme ele, segue crescendo, espera que sua carteira fique próxima da marca dos R$ 400 bilhões neste ano.
Alcançar essa cifra, porém, significa crescer menos de 4% em 2019, abaixo do ritmo do ano passado, quando os empréstimos totais do Santander tiveram expansão de 11,2%.
"Crescer 4% parece muito fácil, né? Por isso, acho que vamos passar dos R$ 400 bilhões, mas tenho dúvida nas grandes empresas", disse ele, acrescentando que o crédito deve ser puxado novamente pelas pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas este ano.
Tanto o Santander quanto o Itaú Unibanco viram sua carteira de crédito para grandes empresas encolher mais de 3% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado. O Bradesco foi exceção com alta de 5,5%, na mesma base de comparação.
"Dois pontos justificam essa expansão: o dólar e o fato de que o banco aproveitou as pouquíssimas oportunidades em créditos corporativos", disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em recente conversa com jornalistas.
Milton Maluhy, vice-presidente executivo do Itaú Unibanco, afirma que, apesar da queda da carteira, a demanda por parte das grandes empresas melhorou.
"No primeiro trimestre, especialmente em março, notamos melhora na demanda das grandes empresas", escreveu.
Rentabilidade
Com a qualidade dos ativos sob controle, exceto movimentos pontuais por conta dos maiores gastos do começo do ano junto às famílias brasileiras e maiores volumes de negócios, os bancos privados seguiram melhorando sua rentabilidade no início deste ano.
O Itaú Unibanco se manteve isolado entre seus pares com retorno (ROE, na sigla em inglês) de 23,6%. Em seguida, vieram Santander, com rentabilidade de 21,1%, e Bradesco, com 20,5%.
"A economia teve um início de ano com desempenho mais modesto do que as expectativas apontavam, refletindo, em parte, a incerteza sobre a trajetória fiscal do País", escreveu, em nota à imprensa, o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher.
"Seguimos confiantes na retomada do crescimento sustentável, para a qual é imprescindível a reforma da Previdência."
O destaque do Itaú também foi o crescimento dos empréstimos a micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 2,7% no trimestre e 13,9% no ano, e ainda pessoas físicas, com aumentos de 2,0% e 12,7%, respectivamente.
Em contrapartida, o crédito para grandes empresas encolheu 0,5% no primeiro trimestre, ante os três meses anteriores.
*Com o jornal O Estado de S. Paulo.
Após ‘onda’ de devoluções, total de escritórios disponíveis em SP sobe 50%
Situação tende a se agravar neste ano, tanto pela adoção massiva do home office quanto pela contínua inauguração de novos edifícios em São Paulo
Cresce a dependência comercial do Brasil para a China
Com a pandemia, a participação chinesa nas exportações explodiu, avançando 4 pontos porcentuais: de pouco mais de um quarto para um terço das exportações, batendo em 32,3% em 2020
Governos e indústria buscam saída para Troller
Há um esforço para salvar a marca brasileira que produz, no Ceará, o Troller T4, jipe que tem frota total em circulação de cerca de 20 mil unidades
Novatas levantam R$ 3,5 bilhões na Bolsa nesta semana
Em fevereiro, somente em IPOs foram levantados R$ 8,7 bilhões em ofertas primárias e secundárias
Funcionários do Banco do Brasil iniciam greve de 24h a partir desta quarta-feira
A greve foi acordada durante assembleia virtual do sindicato e contou com a adesão de 87% dos trabalhadores, informa o sindicato
Aneel propõe devolver R$ 50,1 bi a consumidores em até cinco anos
Após processos judiciais que se arrastaram por mais de dez anos, a Justiça entendeu que a cobrança dos encargos era feita de forma irregular
Debate sobre autonomia do BC e auxílio emergencial são destaques do dia para o mercado
Auxílio emergencial, interferência na Petrobras e pacote de ajuda trilionário: o que você precisa saber hoje para estar preparado para o mercado
Petrobras conclui venda de participação na BSBios e recebe R$ 253 milhões
Além deste montante, serão mantidos mais R$ 67 milhões em conta vinculada para indenização de eventuais contingências e liberados conforme o previsto em contrato
Twitter registra alta de 87% em lucro do 4º trimestre; ação sobe
Número de usuários ativos diários monetizáveis do Twitter entre outubro e dezembro de 2020 subiu 27% e chegou a 192 milhões
Neoenergia tem lucro aos controladores de R$ 996 milhões, alta de 61%
No acumulado de 2020, o lucro atingiu R$ 2,809 bilhões, 26% superior em relação ao R$ 2,229 bilhões anotados no exercício anterior