O tira bom e o tira mau
Em dezembro passado, quando entrevistei para o Seu Dinheiro o presidente da gestora americana Western Asset, perguntei qual era o maior risco que ele enxergava para o mercado.
Naquele momento vivíamos a ameaça de alta de juros pelo BC americano que fez as bolsas desabarem em Nova York, além da crise fiscal na Itália e das confusões com a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).
Mas para Jim Hirschmann, CEO da gestora com US$ 430 bilhões (R$ 1,65 trilhão) em ativos, o grande risco estava mesmo na guerra comercial entre Estados Unidos e China.
A avaliação se revelou certeira. Ainda que a disputa entre os dois gigantes não tenha provocado uma grande sangria no mercado, a sombra de um agravamento nas relações paira sobre os investidores em todo o mundo desde então.
A estratégia de negociação dos Estados Unidos parece seguir a velha cartilha dos filmes do “tira bom e tira mau”. Quem fez o papel de policial bonzinho hoje foi o secretário do Tesouro americano. Steven Mnuchin afirmou que um acordo comercial com a China está "90% completo".
A notícia animou as bolsas mundo afora e fez o Ibovespa voltar a ficar acima dos 101 mil pontos no melhor momento do dia. Até chegar o “tira mau”, mais conhecido como Donald Trump.
O líder americano disse que pode chegar a um entendimento com o país asiático, mas não liga muito se isso não acontecer.
A fala foi como uma ducha de água gelada para os investidores. Mas não foi suficiente para tirar a bolsa brasileira do azul. Confira com o Victor Aguiar como as declarações do tira bom e do tira mau mexeram com as ações e o dólar hoje.
Acabou a boa vida?
Você que aplica na renda fixa deve sentir saudades dos tempos em que os investimentos de baixo risco rendiam na casa 1% ao mês. Quem aplicou pelo Tesouro Direto chegou a comprar títulos públicos com rentabilidade real (acima da inflação) de 6% ao ano ou mais. É claro que esses ganhos foram fruto de um país com uma economia altamente desequilibrada. Ou seja, a queda dos juros é uma boa notícia no fim das contas. Mas será que esse Brasil do passado tem chances de se repetir? Quem responde é o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, nesta reportagem do Eduardo Campos.
O almoço do bancão
O Itaú Unibanco teve motivos para comemorar nesta quarta-feira. O maior banco privado brasileiro conseguiu o aval do Cade para comprar uma participação na Ticket, uma das gigantes do mercado de benefícios, ao lado de Sodexo e Alelo. Apesar do negócio ter sido aprovado sem restrições, o aval não veio fácil, e foi somente no último voto, do presidente do órgão de defesa da concorrência, que o banco conseguiu o sinal verde. Saiba todos os detalhes do julgamento.
Elevador subindo
Nada como alguns bilhões em negociação para animar investidores da bolsa. Vou projetar nosso papo de hoje para a Alemanha e contar o desempenho invejável das ações da Thyssenkrupp na bolsa de Frankfurt. Os papéis do conglomerado fecharam em forte alta de 6,88%, tudo isso depois que uma gigante finlandesa resolveu fazer uma oferta pela divisão de elevadores da companhia. No Seu Dinheiro você descobre quem é a interessada e os valores (bilionários) envolvidos nesse projeto.
Abra suas asas
Se você tivesse uma empresa que quisesse construir um veículo voador, com qual empresa você faria uma parceria? Pois a Kitty Hawk, startup criada pelo cofundador do Google, Larry Page, se uniu à fabricante de aeronaves Boeing para desenvolver um modelo chamado Cora. Trata-se de um veículo híbrido de drone e helicóptero, que promete levar até dois passageiros do ponto A ao B sem se preocupar com o tráfego ou a emissão de carbonos na atmosfera.
Botox na prateleira
Recorrer a tratamentos estéticos com botox se tornou relativamente comum para quem deseja retardar os efeitos do envelhecimento. Mas agora foi a fabricante de medicamentos AbbVie quem recorreu à substância. A empresa anunciou um acordo para comprar a Allergan, a produtora do botox, e assume o controle de uma das maiores marcas da indústria de cosméticos do mundo. Saiba nesta matéria o quanto vai custar o negócio.
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