🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Deu no New York Times (ou na Veja)… Cai fora!

A Bolsa de Valores só é notícia fora das seções especializadas quando dispara irracionalmente ou sofre um crash de proporções descomunais. Em ambas as hipóteses, costumam ser ótimas oportunidades de compra (após o tombo) ou de realização de lucro

11 de fevereiro de 2019
10:42 - atualizado às 10:52
Pessoa lê jornal e toma café
Pessoa lê jornal - Imagem: Shutterstock

Caro leitor,

No número da revista Veja que está nas bancas esta semana, há uma matéria escrita pelo jornalista Marcelo Sakate. O título é “Expectativa em alta” e o subtítulo, “Embalado pelo otimismo com o novo governo, o principal índice de ações do país está prestes a atingir a inédita marca dos 100.000 pontos. Cabe a Bolsonaro agora entregar o que prometeu.”

Os leitores da Veja, assim como os desta coluna, vão ter de esperar um pouco, ou quem sabe “um muito”, para ver os tais cem mil pontos serem rompidos.

Existe um ditado em Wall Street que diz que quando um bull market da NYSE (New York Stock Exchange) sai na primeira página do The New York Times é sinal de fim de linha.

Não estou dizendo que os 98.589 pontos, atingidos pelo Ibovespa no dia 4 deste mês, tenham sido o topo do atual ciclo de alta. Muito pelo contrário. Mas que esse patamar vai demorar um bom tempo para ser rompido, não tenho a menor dúvida.

Conheço bem o perfil e a psicologia dos especuladores. Quem comprou o índice entre 95.343 (fechamento da última sexta-feira, dia 8) e 98.589, o high, está louco para zerar seu prejuízo. E se contenta com isso. À medida em que as perdas vão sendo zeradas, eles caem fora. É justamente essa atitude que freia a recuperação do mercado.

Os caras entraram para ganhar e agora estarão felizes se não perderem. Esse tipo de coisa já aconteceu comigo diversas vezes antes de aprender que meu preço de compra não tem a menor importância para o mercado.

Uma queda de 3,74%, como a do dia 6 – a maior desde a greve dos caminhoneiros em maio do ano passado −, assusta todo mundo. Por isso, o índice do qual ela tombou torna-se uma resistência descomunal.

Durante o grande bull market 1969/1971, no qual dei minha primeira grande tacada em ações, eu, que viera de Nova York no final de 1966, percebi, em meados de 71, diversos sinais de que o IBV (índice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), o mais importante daquela época, iria virar.

Mauricio Cibulares, o guru da vez, tinha a mania de dizer que as ações no Brasil estavam muito baratas, pois comparava seus preços com os da New York Stock Exchange. Acontece que os papéis aqui costumavam dar bonificações (splits), ao contrário do que acontecia no mercado americano, onde isso era menos frequente. Então a comparação não fazia muito sentido. Os PLs (Índice Preço/Lucro) estavam maiores aqui do que os de lá.

Quando se aproximou o dia 1º de maio de 1971, fiquei sabendo que o presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici, iria fazer um pronunciamento para os trabalhadores da Cia. Siderúrgica Nacional, CSN, em Volta Redonda.

Fiquei torcendo para que o Médici alertasse os investidores a respeito do risco de comprarem ações caras demais, tal como o chairman do FED, Alan Greenspan, faria 25 anos mais tarde, com sua famosa expressão “Exuberância Irracional” (Irrational Exuberance), no auge da febre das ações das empresas .com (dot com). Essa advertência ajudou a promover o crash da Nasdaq.

Só que se não tivesse acontecido naquela ocasião de… de exuberância irracional, talvez ocorresse outro 1929, tal a ganância dos especuladores.

Sempre que o The New York Times, o The Wall Street Journal, a The Economist, etc, põem uma alta do mercado de ações como manchete de primeira página, é sinal de fim de linha.

Isso não vale apenas para o mercado de ações. Serve para todos os outros. No grande bull market de açúcar de 1974, o maior de todos os tempos nessa soft commodity, os jornais brasileiros disseram que os estoques da mercadoria ficariam zerados.

O mesmo aconteceu por ocasião dos dois choques do petróleo (1973 e 1979), quando se garantia que os combustíveis iriam faltar. Pior, diziam que todo o petróleo do mundo acabaria no final do século 20 ou no início do século 21. E, no entanto, estamos com superprodução de hidrocarbonetos, sem contar outras fontes alternativas de energia: eólica, solar, nuclear, etc.

Em 1974, as reservas mundiais provadas de petróleo eram muito menores do que as reconhecidas hoje em dia. Só que isso, evidentemente, só se soube a posteriori.

Esse tipo de febre especulativa (quase sempre ancorada em fundamentos reais) acontece em todos os mercados, sejam eles de ações, de commodities, de instrumentos financeiros e de moedas. E desperta a atenção da imprensa.

Saiu na primeira página dos jornais, ou na capa das revistas (desta vez foi apenas uma matéria no bojo da Veja), cai fora. O RSI (Relative Strenght Index – Índice de Força Relativa) está acima de 80, significando um mercado overbought (supercomprado).

A Bolsa de Valores só é notícia fora das seções especializadas quando dispara irracionalmente ou sofre um crash de proporções descomunais.

Em ambas as hipóteses, costumam ser ótimas oportunidades de compra (após o tombo) ou de realização de lucros, como aconteceu esta semana.

Continuo acreditando que o mercado de ações vai subir muito em 2019, uma vez que considero que as reformas serão aprovadas no Congresso.

Só que a alta definitivamente não será linear. Em vez de uma corrida de velódromo (como parecia em janeiro), será uma subida de mountain bike¸ com todos os percalços característicos dessa competição.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar