Aquela comprinha básica em Miami

Para algumas pessoas que eu conheço, fazer compras em Miami é uma espécie de investimento. De fato, economizar durante o ano para fazer a festa nos outlets da cidade mais latina dos Estados Unidos é parte do roteiro de férias de muita gente.
Mesmo com o dólar beirando os R$ 4,00, ainda é possível comprar roupas de marca e eletrônicos com descontos generosos em relação aos preços estampados nas vitrines dos shoppings daqui.
Como ninguém é de ferro, fui comprovar esse “investimento” no ano passado, quando levei as crianças para a Disney nas férias. E devo dizer que em quase todas as lojas que visitei o idioma corrente era o português.
Em vez de tentar corrigir essa distorção que faz o consumo daqui ser exportado para a economia mais rica do mundo, o governo prefere impor uma cota de US$ 500 para as compras feitas no exterior. Já tive casos de amigos que pediram meus filhos “emprestados” só para multiplicarem o limite na alfândega...
Mas as compras na Flórida não estão atrativas apenas para nós, meros mortais. Quem também encheu a sacola na “meca” do consumo foi o Bradesco. O banco assinou um cheque de US$ 500 milhões (quase R$ 2 bilhões) para levar o BAC Florida, uma instituição que se especializou em atender clientes interessados em investir no mercado americano.
Trata-se da segunda aquisição do banco sob o comando de Octavio de Lazari, que assumiu a presidência no começo do ano passado. Eu acompanhei o anúncio e conto para você o que o Bradesco pretende ao colocar o pé nas praias americanas.
Tem que suspender isso aí
É com uma licença poética do ex-presidente Temer (saudades?) que resolvi falar do mais novo capítulo da novela Avianca. Já estava tudo certo para que o leilão dos ativos da companhia aérea em recuperação judicial e com gravíssimos problemas para manter seus voos ocorresse amanhã. Mas o leilão acabou suspenso pelo TJ de São Paulo, que tomou a decisão com base no pedido da Swissport, uma das credoras da Avianca. Os detalhes da medida e como fica a situação da Avianca agora você confere com o Fernando Pivetti.
Estranho casal
Quando todos imaginavam que as diferenças entre China e Estados Unidos seriam superadas, eis que os dois países voltaram a se estranhar sobre suas relações comerciais. Como um bom casal moderno, a briga entre os dois começou pelo Twitter. E o efeito da nova desavença não poderia ser outro senão uma nova onda de pessimismo na bolsa, com o Ibovespa caindo mais de 1% e o dólar voltando a romper os R$ 3,95. O cenário é complicado e inspira cautela, e para entender tudo o que está rolando nos mercados você pode contar, claro, com o Victor Aguiar.
A outra reforma
Nem só de Previdência vive a pauta econômica do governo e do Congresso. A reforma tributária, um dos projetos que promete grandes movimentações políticas já nos próximos meses, começa a sua tramitação na Câmara. O autor da proposta, deputado Baleia Rossi, está otimista e espera que o relator na CCJ saia já nesta semana. Rossi inclusive arriscou prazos para que o projeto seja aprovado na comissão, como você confere nesta matéria.
Como nossos pais
É da natureza dos jovens serem contestadores e ousarem no comportamento. Mas quando o assunto é investimentos, eles se parecem muito com a geração dos pais. Com toda a vida pela frente, mas sem educação financeira, a moçada que consegue guardar dinheiro se inspira pouco nas opções mais arrojadas disponíveis no mercado. Caderneta de poupança, conta corrente e até (acredite se quiser) o colchão são os lugares preferidos por quem tem entre 18 e 24 anos, como mostra essa pesquisa divulgada hoje.
Dr Jekyll e Mr Hyde
Por falar em poupar e gastar, nada melhor para encerrar a newsletter de hoje do que esse texto do Ivan Sant’Anna. Nos últimos artigos, nosso colunista tem batido na tecla da necessidade de poupança. Mas hoje ele confessou sua propensão a gastar com coisas supérfluas quando o orçamento fica folgado. São então dois Ivans: o “unha de fome” e o perdulário, como ele mesmo define. O relato mostra que até o melhor dos investidores pode ter suas recaídas e pensar só no presente. Fica o aprendizado e, neste caso, um texto imperdível.
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