Se olharmos a conjuntura, governo não aprova a reforma da Previdência, diz cientista político
Luciano Dias chama o ministério de Bolsonaro de “confuso” e diz que ministros erram ao dar “chá de cadeira” em parlamentares

O cientista político Luciano Dias, sócio da CAC Consultoria Política, afirmou nesta terça-feira, 2, que, analisando a conjuntura política e o nível da articulação do presidente Jair Bolsonaro, o governo "não aprova reforma nenhuma", em referência à Previdência.
"O presidencialismo de coalização é um mecanismo preditor, que ajudou a prever o impeachment de Dilma Rousseff e ajudou a prever que Michel Temer teria mais capacidade para passar reformas, mas hoje, com o Bolsonaro, é um grande dilema, que não é simples de entender", disse.
"Se olhar (o governo Bolsonaro), não aprova reforma nenhuma, o ministério não é técnico, é confuso", afirmou Dias. "Em que medida o governo Bolsonaro vai entrar num governo Bolsonaro? Ele vai entrar, porque não há alternativa, mas não se sabe em que medida, é o que resta discutir", afirmou. "Tem ministério dando chá de cadeira em parlamentar", criticou.
Para ele, uma forma de pacificar essa relação com o Congresso seria montando um governo de notáveis, com nomes indiscutíveis, mas isso não tem sido feito.
Dias lembrou, como um exemplo de dificuldade para aprovar a reforma no Congresso, que metade da bancada do PSL, partido do presidente, é formada por delegados de polícia ou membros das Forças Armadas, que são categorias que seriam prejudicadas por uma reforma dura na Previdência.
O cientista político, contudo, acredita que há uma centro-direita disponível para formar uma maioria no Congresso, que está fazendo um jogo político racional e razoável. "Falta apenas Bolsonaro se adaptar a essa realidade, é isso que vai determinar", disse.
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Reforma "a conta-gotas"
Já a visão do cientista político Carlos Melo, do Insper, é um pouco mais otimista. Para ele, a aprovação de uma reforma da Previdência "a conta-gotas" é mais crível no atual cenário do que aprovar uma "reforma dos sonhos".
"Acredito muito mais em, no primeiro ano aprovar alguma coisa, no segundo ano outra coisa e no fim, somando tudo, algo que você chame de reforma", disse Melo em evento do Bradesco BBI. Segundo ele, a trégua na crise política do governo é muito bem-vinda para o andamento da reforma da Previdência, mas é cedo ainda para dizer que será duradoura.
Melo diz que há um erro de estratégia por parte do Executivo em tratar a relação com o Congresso Nacional e as articulações políticas necessárias como "velha política". "Precisa de articulação política. O sujeito negociar com governo federal uma ponte, um posto de saúde, é legítimo.", disse.
Segundo ele, as negociações em torno da reforma da Previdência, tanto no Congresso quanto no Executivo, estão sendo capitaneadas por pessoas sem experiência. Por isso, completou, a figura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, "ganhou tanto corpo".
Ele aponta ainda que o misto de muita atenção, pressão sobre o presidente da República, aliadas às novas tecnologias, como a comunicação via Twitter, alimentam a permanência da crise política. E afirmou que há um erro de cálculo por parte do governo em falar apenas com seus eleitores. "O discurso dele conversa com o núcleo do bolsonarismo, ele deve estar conversando com 15 milhões de pessoas, é muito pouco. Política não é assim, é somar, é conversar com o país", disse.
*Com Estadão Conteúdo.
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