Guedes vende transformação do Estado em máquina fraterna e eficiente
Amplo conjunto de medidas não saiu exclusivamente da cabeça do ministro ou da equipe do governo, foi uma construção com as lideranças políticas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou um ambicioso plano de trabalho que quer transformar o Estado brasileiro que gasta muito e gasta mal em uma máquina eficiente e fraterna.
“Vamos falar sobre o pacto federativo. Gostaria que fosse entendido como uma transformação do Estado e ela ocorre em várias dimensões. Fiscal, tributária, administrativa. O importante é sabermos que é uma transformação do Estado”, disse ao apresentar o Plano mais Brasil.
Ao longo da entrevista, Guedes passou a mensagem de que o amplo conjunto de medidas não saiu exclusivamente da sua cabeça ou da equipe do governo, mas que foi uma construção com as lideranças políticas.
"Dessa vez, ao contrário dos enfrentamentos da Previdência, os líderes nos ajudaram a calibrar as propostas. Estamos construindo juntos uma agenda para transformação do Estado", disse.
Perguntamento sobre a chance de atrasos e desfigurações das PECs e projetos, Guedes se disse tranquilo, pois houve uma "construção de boa-vontade" e que a ideia de apresentar uma agenda ampla de medidas foi consenso político das lideranças. "O próprio fatiamento foi processado por essas lideranças, manda um pra o congresso, outro para o Senado. É um processo de construção conjunta", disse.
“Não tenho receio disso ser fragmentado, pulverizado, desfigurado. Temos uma belíssima agenda”, disse.
Leia Também
Barroso anuncia aposentadoria e vai deixar cargo de ministro do STF
Guedes disse que não gostaria de arriscar prazos, mas avalia que a reforma administrativa “está em ponto de bala”, a tributária leva mais um tempo, assim como o fim dos fundos públicos.
“Só na Previdência era clima de tudo ou nada. Agora temos mais um pouco de tempo para redesenhar o Estado por meio de um Congresso e um presidente reformistas. O presidente quer mudar, foi eleito para fazer mudanças e temos um Congresso que quer promover mudanças”, disse Guedes.
O plano também prevê um projeto para facilitar as privatizações. Sobre isso, Guedes disse que ninguém quer vender estatal para guardar dinheiro em banco, mas sim para liberar recurso para a área social. "O problema é quando você dá dinheiro para o pobre e não tira do gato gordo. Transformar essa máquina é uma percepção do Congresso, que está querendo reescrever essa história da máquina pública e temos de ir junto nessa direção", afirmou.
Diagnóstico
Segundo Guedes, o Brasil está em uma transição incompleta. De um Estado arquitetado em uma ordem política fechada (regime militar), com bancos públicos, empresas estatais, acúmulo de capital físico, para uma democracia com outras aspirações e necessidades sociais.
Nessa transição incompleta, os meios de anteder aos anseios democráticos não são os mais eficientes. Como exemplo, Guedes citou os 280 fundos de governo, que concentram mais de R$ 200 bilhões em recursos parados.
“A máquina não pode gastar mais consigo do que com a população. Existimos para servir a máquina. Essa é a transformação que queremos fazer”, disse, complementando que não devemos ter um Estado com autoridades que mandam na gente e gastam demais.
Um Copom fiscal
Segundo Guedes, precisamos consolidar um novo marco institucional que garanta as finanças da república. Aqui ele faz uma comparação com o Banco Central (BC), pois criamos uma cultura de estabilidade monetária antes da lei de autonomia do BC.
De acordo com Guedes, a cultura anti-inflacionária já é parte do DNA da população. “O aperfeiçoamento do BC já é parte da cultura de estabilidade monetária. Isso antes da lei de autonomia.”
No front fiscal temos o exato inverso. Há uma Lei de Responsabilidade Fiscal, mas não temos uma cultura de responsabilidade fiscal. “Trocamos a emissão inflacionária de moeda por endividamento em bola de neve”, disse.
Aqui entra da ideia do Conselho Fiscal, que reúne todos os Poderes que têm capacidade de manter ou desestabilizar o equilíbrio fiscal.
Guedes também disse que não se incomoda com a desidratação da reforma da Previdência, se tiver Estados e municípios via PEC paralela.
“Isso é responsabilidade fiscal com as futuras gerações. Estamos empurrando essa bola de neve, é uma avalanche de dívida. Transformação do Estados é, antes de tudo, um ato de crença na democracia, no fortalecimento da federação”, disse.
Guedes disse que em oito anos a ideia é mandar 70% dos recursos para Estados e municípios e reter 30% para a União. “Esse é o primeiro governo em 40 anos que fala em descentralizar recursos, fortalecer a democracia. Constituição botou essa meta lá, mas não conseguiu entregar”, disse.
Na reforma administrativa, Guedes disse que a mentalidade do servidor público é adquirida quando se serve ao público, não se ganha de cara, na chegada via concurso, que te autoriza a maltratar a população depois.
O plano é não mudar as regras para os atuais funcionários, já que privilégios viraram direitos adquiridos, e daqui para frente, “seja um servidor exemplar”, e depois de alguns anos ganha a estabilidade.
Ainda de acordo com o ministro, quem tiver carteira de partido político não terá direito a estabilidade. “Tem filiação partidária? Não é servidor. Não vou dar estabilidade para militante”, disse.
Ainda de acordo com Guedes, o termo "pacote" não reflete o espírito da equipe e do governo. "É uma agenda de transformação para o Congresso brasileiro. Pacote era de outros tempos, quando você baixava e estava aprovado na marra”, disse.
Imposto de renda sobre CDB, Tesouro Direto, JCP e fundos ficará em 18% após avaliação por comissão do Congresso Nacional
Medida provisória 1.303/25 é aprovada por comissão mista do Congresso e agora segue para ser votada nos plenários da Câmara e do Senado
Lula e Trump finalmente se falam: troca de afagos, pedidos e a promessa de um encontro; entenda o que está em jogo
Telefonema de 30 minutos nesta segunda-feira (6) é o primeiro contato direto entre os líderes depois do tarifaço e aumenta expectativa sobre negociações
Lula e Trump: a “química excelente” que pode mudar a relação entre o Brasil e os EUA
Alexandre Pires, professor de relações internacionais e economia do Ibmec, analisa os efeitos políticos e econômicos de um possível encontro entre os dois presidentes
Com Tarcísio de Freitas cotado para a corrida presidencial, uma outra figura surge na disputa pelo governo de SP
Cenário nacional dificulta a nomeação de candidatos para as eleições de 2026, com impasse de Bolsonaro ainda no radar
Comissão do Senado se antecipa e aprova projeto de isenção de IR até R$ 5 mil; texto agora depende dos deputados
Proposta de isenção de IR aprovada não é a do governo Lula, mas também cria imposto mínimo para altas rendas, programa de renegociação de dívidas e prevê compensação a estados e municípios
Senado vota regulamentação dos novos impostos sobre consumo, IBS e CBS, nesta quarta-feira (24)
Proposta define regras para o novo comitê gestor do IBS e da CBS, tributos que vão substituir impostos atuais a partir de 2027
O que Lula vai dizer na ONU? Soberania e um recado sutil a Trump estão no radar
A expectativa é que o discurso seja calibrado para o público global, evitando foco excessivo em disputas políticas internas
Câncer de Bolsonaro: o que é o carcinoma de pele encontrado em duas lesões removidas
Ex-presidente recebeu alta após internação por queda de pressão, vômitos e tontura; quadro exige acompanhamento médico periódico
LCI e LCA correm o risco de terem rendimentos tributados, mas debêntures incentivadas sairão ilesas após negociações no Congresso
Relator da MP que muda a tributação dos investimentos diz que ainda está em fase de negociação com líderes partidários
“Careca do INSS”: quem é o empresário preso pela PF por esquema que desviou bilhões
Empresário é apontado como “epicentro” de fraudes que desviaram bilhões de aposentadorias
STF condena Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão; saiba quais opções restam ao ex-presidente
Placar final foi 4 a 1 para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado
Aprovação de Lula sobe para 33% e chega ao maior nível desde dezembro de 2024, diz Datafolha
O índice de reprovação do petista ainda é um dos maiores entre presidentes desde a redemocratização a esta altura do mandato, mas, na comparação direta, Bolsonaro sai perdendo
Debêntures incentivadas devem continuar isentas de IR, mas LCI e LCA seguem na mira da MP que muda a tributação dos investimentos, diz jornal
Texto deve manter mudanças na alíquota única de IR para ativos tributáveis e na compensação de créditos tributários, pontos que despertam preocupação no mercado
Governo Trump sobe o tom contra o Brasil, e Itamaraty condena ameaças dos EUA de usar “poder militar”
O documento do Itamaraty foi publicado após a porta-voz da Casa Branca ser questionada sobre a possibilidade de novas sanções ao Brasil por conta do julgamento de Jair Bolsonaro
Bolsonaro era líder de organização criminosa que tentou golpe de Estado, diz Moraes — Dino acompanha o relator e vota por condenação
Ministros destacaram provas de uma trama articulada desde 2021 e pediram condenação dos sete réus. Dino, entretanto, vê diferentes níveis de culpa
O julgamento de Bolsonaro e o xadrez eleitoral com Lula e Tarcísio: qual é o futuro do Brasil?
O cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, analisa o impacto da condenação de Jair Bolsonaro, a estratégia de Tarcísio de Freitas e as dificuldades de Lula em chegar com força para as eleições de 2026
Pedimos para a inteligência artificial da Meta produzir imagens de Lula, Trump, Bolsonaro, Alexandre de Moraes e outros — e o resultado vai te surpreender (ou não)
A inteligência artificial da Meta entregou resultados corretos em apenas duas das seis consultas feitas pela redação do Seu Dinheiro
STF encerra primeira semana do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados; confira os principais pontos do segundo dia
A sessão será retomada na próxima terça-feira (9), às 9 horas, com o voto do relator e ministro do STF, Alexandre de Moraes
A suspeita de rombo nos cofres que levou ao afastamento do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, pelo STJ
Investigado na Operação Fames-19, Barbosa é suspeito de participar de um esquema de R$ 73 milhões em contratos emergenciais durante a pandemia
Filho de ourives e clientes como Neymar, Vini Jr e Ludmilla: quem é TH Joias, deputado preso por suspeita de negociar armas com o Comando Vermelho
Investigado por suposta ligação com o Comando Vermelho, o parlamentar conhecido como TH Joias já havia sido preso em 2017 por acusações semelhantes