Scania fará novo aporte de R$ 1,4 bi na fábrica do ABC
Maior parte do novo montante será aplicada na modernização da fábrica – que no ano passado já foi totalmente remodelada – e na produção de veículos movidos a combustíveis alternativos

A fabricante de caminhões e ônibus Scania anunciou ontem investimento de R$ 1,4 bilhão na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para o período de 2021 a 2024. Até lá, o grupo sueco vai concluir o aporte de R$ 2,6 bilhões iniciado em 2016.
A maior parte do novo montante será aplicada na modernização da fábrica - que no ano passado já foi totalmente remodelada - e na produção de veículos movidos a combustíveis alternativos, começando com gás natural (GNV) e biogás.
Segundo a empresa, o GNV tem custo de operação inferior ao diesel, além de índice de emissão de poluentes até 70% menor. A nova plataforma de produtos inaugurada no fim de 2018 também terá condições de, no longo prazo, produzir caminhões híbridos e elétricos.
De acordo com o presidente da Scania Latin America, Christopher Podgorski, um aporte de R$ 75 milhões será antecipado para criar um centro de pesquisa e desenvolvimento. "As iniciativas deixam claro o quão estratégica é nossa operação no Brasil", diz o executivo, em nota.
Hoje, a fábrica do ABC já conta com um departamento de P&D com 250 engenheiros que trabalham em parceria com a matriz do grupo. "Atualmente, por exemplo, somos os responsáveis globais pelos testes de validação de veículos em condições severas. É um claro reconhecimento da importância de estar presente na América Latina com esta área", afirma Podgorski.
Ford
O novo plano de investimento da Scania, anunciado na fábrica em evento que teve as presenças do governador de São Paulo, João Doria, e do prefeito da cidade, Orlando Morando, ambos do PSDB, ocorre num momento em que a vizinha Ford desistiu de produzir caminhões no País e colocou suas instalações à venda.
Leia Também
O principal interessado no negócio, o grupo brasileiro Caoa, já disse ter intenções de manter a produção de caminhões com a marca Ford e introduzir a linha Hyundai, marca coreana que a empresa produz no País sob licença, em Anápolis (GO).
"Nosso ritmo de investimento tem sido de R$ 100 milhões ao ano mas, agora, para atender as necessidades das novas tendências ligadas ao mundo do transporte, precisamos elevar esse patamar", diz Podgorski.
Segundo o executivo, a fábrica brasileira faz parte de um sistema de produção global. "Acabamos de lançar um produto embarcado com uma plataforma ligada à futuras tecnologias, e esses recursos são base para o que está por vir."
Incentivo
A Scania aguarda a publicação do decreto com detalhes sobre o programa IncentivAuto para decidir se vai aderir e, assim, ter direito a desconto do ICMS. O programa foi lançado em março com promessa de descontos progressivos de até 25% do imposto, mas até agora não foi regulamentado pelo governo do Estado.
O IncentivAuto prevê desconto do ICMS para investimentos a partir de R$ 1 bilhão e geração de pelo menos 400 vagas. A Scania emprega atualmente 4,5 mil funcionários e, segundo a empresa, não tem planos de contratações no curto prazo por estar com o quadro de pessoal adequado à demanda atual. A prefeitura de São Bernardo também oferece desconto no IPTU de até 30% para quem gerar 50 novas vagas.
A previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para o mercado de caminhões é de alta de 15% neste ano, para cerca de 88 mil unidades. A Scania projeta alta de 10% a 20% para suas vendas, que no ano passado somaram 8,6 mil unidades de modelos semipesados e pesados.
Entre as montadoras, já foi anunciado neste ano investimentos de R$ 10 bilhões pela General Motors para as fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos no período de 2020 a 2024. A Hyundai anunciou R$ 125 milhões para ampliar a capacidade produtiva da fábrica de Piracicaba de 180 mil para 210 mil unidades ao ano.
A FCA Fiat Chrysler anuncia hoje investimentos para a fábrica de Betim (MG) e Nissan e Renault estudam novos planos para as unidades de Resende (RJ) e São José dos Pinhais (PR), respectivamente.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Depois de um ‘quase divórcio’ na Azzas 2154 (AZZA3), mudanças no conselho levantam bandeira branca
Na manhã desta segunda-feira (30), a companhia anunciou mudanças no conselho de administração; entenda a situação e veja como ficou o quadro
Guararapes (GUAR3): CFO Miguel Cafruni fala da dor e delícia de ter a cadeia completa, e da virada de chave na gestão da dona da Riachuelo
No cargo há pouco mais de um ano, executivo aponta desafio de buscar mais receita e margem e reduzir o endividamento da companhia
Trump afirma já ter um novo dono para o TikTok, mas venda ainda não saiu do papel; entenda o que falta
Com novo prazo, a ByteDance precisa chegar a um acordo até 17 de setembro para evitar um banimento nos EUA
IMC conclui parceria milionária com KFC no Brasil e ajusta estrutura operacional
A operação, que vinha rondando os mercados desde março, cria uma joint venture entre a empresa e uma afiliada da Kentucky Foods Chile
Tecnisa (TCSA3) mira venda de sete terrenos à Cyrela (CYRE3) por R$ 450 milhões; confira o que falta para a operação sair do papel
Além dos terrenos, a operação envolve a venda de CEPACs — títulos que permitem construir acima do limite urbano
Dividendos e JCP: Lojas Renner (LREN3) vai distribuir mais de R$ 200 milhões aos acionistas; confira os detalhes
A varejista de roupas pagará o valor bruto de R$ 0,203061 por ação ordinária, e o dinheiro deve cair na conta dos acionistas em 15 de julho deste ano
Dança das cadeiras: Engie Brasil faz mudanças na diretoria e cria nova área de energias renováveis
Alterações visam alinhamento ao modelo operacional global do grupo
Fale agora ou cale-se para sempre: Minerva (BEEF3) entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)
A companhia alega ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica que o aval ao “casamento” desconsidera impactos relevantes à concorrência
Argo e Replan se juntam para criar terceira maior administradora de shoppings do Brasil; conheça
Com 30 shoppings distribuídos pelo país e cerca de R$ 10 bilhões em vendas por ano, conheça a nova gigante do setor
Compra do Banco Master pelo BRB: Galípolo diz que Banco Central precisa de mais informações para avaliar
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda aval da autoridade monetária
Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa
A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas
Hermanos no contra-ataque: Mercado Livre (MELI34) reage à ofensiva de Amazon e Shopee no Brasil, aponta Itaú
O cenário do e-commerce brasileiro parece uma disputa de mundial, com “seleções” da Argentina, EUA e Cingapura lutando pela “taça” — e todas de olho na entrada da China na competição
Ações da Casas Bahia (BHIA3) voltam a cair hoje após Mapa Capital assinar acordo com bancos para assumir dívida de R$ 1,6 bilhão da varejista
Em meio ao processo de conversão de títulos de dívidas, os papéis da varejista vêm apanhando na bolsa brasileira
Prio (PRIO3) é eleita a favorita do setor pelo Itaú BBA mesmo com queda no preço do petróleo; entenda as razões para a escolha
O banco reafirmou a recomendação de compra para as ações PRIO3 e estabeleceu um novo preço-alvo para o papel na esteira da aquisição da totalidade do campo de Peregrino
Subsidiária da Raízen (RAIZ4) emite US$ 750 milhões em dívida no exterior como parte de estratégia para aliviar Cosan (CSAN3)
A Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25%.
Cogna (COGN3) capta US$ 100 milhões com Banco Mundial em busca de transformação digital
Os recursos irão financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pós-graduação de uma vertical da companhia
Serena (SRNA3): decisão da AGE abre outro capítulo no fechamento de capital da empresa
A saída da elétrica da bolsa tem sido marcada por turbulências desde a proposta da Actis e do GIC, que ofereceram R$ 11,74 por ação da companhia
Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo
Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos
Crédito consignado privado ganha espaço no mercado sob liderança do Banco do Brasil (BBAS3), diz BofA
O banco americano considera que, além dos bons resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão
Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander
O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra