Por que Davos será decisivo para Bolsonaro?
Sem a presença de Trump, Macron, Macri e Xi Jinping, presidente brasileiro terá um espaço privilegiado no evento

O Fórum Econômico Mundial, que vai reunir chefes de Estado e a elite financeira do planeta na semana que vem, em Davos, terá seus holofotes direcionados para uma figura: Jair Bolsonaro. Sem a presença de Donald Trump, Emmanuel Macron, Maurício Macri ou Xi Jinping, o presidente brasileiro terá um espaço privilegiado no evento e não pode falhar. Davos será um "teste" para medir a aceitação do novo governo.
"Ele pode ser bem-sucedido, já que a proposta de seu governo para a economia é extremamente “friendly” para o mercado e investidores internacionais", disse, antes de embarcar para a Suíça, um executivo brasileiro do setor financeiro. "Mas também pode ser um fiasco se o Brasil entrar em temas como clima e ecologia, ou insistir em uma relação belicosa com a China."
A organização do evento, que reúne 3,5 mil participantes, reservou a Bolsonaro um discurso de 30 a 45 minutos na sessão inaugural do fórum, na terça-feira, 22. "Todos estarão acompanhando cada passo, cada declaração dada", disse um dos organizadores. "Um passo em falso vai custar muito caro."
Membros do governo que ajudaram a preparar a primeira viagem ao exterior de Bolsonaro sabem que ele chega ao evento com uma imagem negativa, que precisa ser revertida. Os comentários nos principais jornais do mundo em relação às ideias do chanceler Ernesto Araujo, que relacionou mudanças climáticas a um complô "marxista" não foram positivos. A decisão do Brasil de sair do Pacto de Migração, o relaxamento das leis sobre armas e comentários sobre minorias também têm contribuído para um isolamento.
Para reverter tais sinais, o governo montou uma "operação de sedução" em Davos, que inclui o discurso no principal palco do fórum, encontro com líderes internacionais para desfazer parte de sua imagem negativa e um amplo engajamento da equipe econômica em encontros com presidentes das maiores empresas do mundo.
Outro foco será reforçar a ideia de que o combate à corrupção, que afetou de forma profunda a imagem do País no exterior nos últimos anos, também será prioridade. A participação de Sérgio Moro será uma espécie de "garantia internacional".
Leia Também
Os estrangeiros veem Bolsonaro com apreensão e curiosidade. Mas também depositam nele as expectativas de mudanças para uma maior abertura do País, a adoção de reformas e um novo ciclo de crescimento. Se seu discurso no setor financeiro e econômico atrai investidores, muitos querem saber o que ele fará para reduzir a tensão política no País e voltar a criar condições para que uma das maiores economias do mundo volte a ser atraente.
"Será a primeira exposição internacional de Bolsonaro, em uma conjuntura de muita expectativa em relação ao Brasil, sobretudo a respeito das reformas', disse outra fonte do mercado financeiro que estará em Davos.
Um banqueiro brasileiro disse que Bolsonaro não pode correr o risco de seguir a mesma trajetória do presidente argentino, Maurício Macri, que quando eleito foi recebido como "proposta revolucionária de modernidade" em sua estreia em Davos. "Macri errou ao acreditar que era possível fazer ajustes com inflação acima de 20%, 25%. Hoje, ninguém mais está interessado nele."
Não é a primeira vez que Davos será o campo de testes para um presidente brasileiro. Em 2003, o local foi o palco da estreia internacional de Lula. Naquele momento, os mercados temiam um governo que pudesse se afastar do mundo financeiro. Em seu primeiro discurso, Lula estendeu a mão aos investidores e virou o "queridinho" do fórum e ganhou, em 2010, o prêmio de estadista do ano.
*Com o jornal O Estado de S. Paulo.
Guido Mantega vai ficar de fora do conselho da Eletrobras (ELET3) e governo busca novo nome, diz jornal
Há cinco dias da assembleia que elegerá os membros do conselho da empresa, começa a circular a informação de que o governo procura outra opção para indicar para o posto
Eletrobras (ELET3) mantém presidente e diretoria executiva até 2027 em meio a disputa judicial
O processo de renovação do Conselho de Administração da Eletrobras faz parte do acordo que está em andamento com a União, devido a uma disputa judicial que corre desde 2023
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Tabela progressiva do IR é atualizada para manter isento quem ganha até 2 salários mínimos; veja como fica e quando passa a valer
Governo editou Medida Provisória que aumenta limite de isenção para R$ 2.428,80 a partir de maio deste ano
Eletrobras (ELET3) convoca acionistas para aprovar acordo com governo federal e encerrar disputa
A União ingressou em 2023 com ação questionando dispositivo do estatuto da Eletrobras que limitou a 10% o poder de voto de qualquer acionista
Sai Durigan, entra Anelize: Banco do Brasil (BBAS3) convoca assembleia de acionistas para trocar 5 dos 8 membros do conselho; veja as indicações
Colegiado passará por mudanças depois de governo Lula ter manifestado a intenção de trocar liderança do conselho; reunião está marcada para 30 de abril do Banco do Brasil
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe; o que acontece agora
Além de Bolsonaro, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus sete aliados do ex-presidente
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil: o que muda para cada faixa de renda se proposta de Lula for aprovada
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, governo prevê redução de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já quem ganha acima de R$ 50 mil deve pagar mais
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Na presença de Tarcísio, Bolsonaro defende anistia e volta a questionar resultado das eleições e a atacar STF
Bolsonaro diz que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo “um problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF)
Popularidade de Lula em baixa e bolsa em alta: as eleições de 2026 já estão fazendo preço no mercado ou é apenas ruído?
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o professor da FGV, Pierre Oberson, fala sobre o que os investidores podem esperar do xadrez eleitoral dos próximos dois anos
De onde não se espera nada: Ibovespa repercute balanços e entrevista de Haddad depois de surpresa com a Vale
Agenda vazia de indicadores obriga investidores a concentrarem foco em balanços e comentários do ministro da Fazenda
Como não ser pego de surpresa: Ibovespa vai a reboque de mercados estrangeiros em dia de ata do Fed e balanço da Vale
Ibovespa reage a resultados trimestrais de empresas locais enquanto a temporada de balanços avança na bolsa brasileira
PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 por tentativa de golpe de Estado; veja tudo o que você precisa saber sobre as acusações
As acusações da procuradoria são baseadas no inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os atos de 8 de janeiro de 2022, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes
Datafolha: Aprovação de Lula cai ao pior patamar de todos os seus mandatos, enquanto rejeição bate recorde; veja os números
Queda de 11 pontos em dois meses é inédita, segundo a pesquisa feita com 2.007 eleitores em 113 cidades do Brasil