A batalha depois da Previdência
Um grupo de aliados, entre eles antigos inimigos, se uniu para brigar por uma causa. O enredo é o da última temporada de Game of Thrones, mas bem que poderia valer também para a reforma da Previdência... Que tal todos os partidos políticos juntos brigando contra regras pútridas que travam o país?
No episódio de ontem, chefes das famílias Stark e Targaryen lideraram o combate contra o exército gelado de mortos-vivos (se você é um fanático pela série, como eu, e não assistiu, não se preocupe. Não vou dar spoiler...). Dentro do contexto da produção, é uma briga difícil, com propósito de sobrevivência. Extrapolando bem, até parece a batalha da Previdência para as contas públicas do país.
Mas não é a última batalha - nem em Game of Thrones, nem no épico da vida real que virou o Brasil. A rainha má Cersei Lannister ficou de fora, sentadinha no seu trono confortável, enquanto os seus inimigos tentam defender a humanidade.
Calma lá, Cersei, sua hora vai chegar (será?). Os mocinhos (ok, há controvérsias) Jon Snow e Daenerys Targaryen já se comprometeram a reunir seus exércitos para removê-la do trono… Essa briga é a próxima da “fila”.
Voltando à epopeia brasileira, o que vem depois da reforma da Previdência? Alguns ensaios políticos apontam que a reforma tributária pode ser a próxima batalha. Já existe uma proposta em discussão e ela promete unificar impostos e pôr fim à guerra fiscal entre os estados. A repórter Jasmine Olga entrevistou o economista Bernard Appy, uma das mentes por trás do projeto, e explica nesta reportagem os detalhes da proposta.
Será que ela vai passar? Muito cedo para saber…. Mas como diz um ditado lá do Sul: “não está morto quem peleia”. Pensando bem, isso não é bem verdade lá em Game of Thrones...
Leia Também

Baixas expectativas
As projeções para o PIB em 2019 continuam a cair. A visão dos economistas, cuja mediana é compilada semanalmente no boletim Focus do Banco Central, é de que o PIB vai avançar 1,70%, um pouco abaixo até do que esperavam na semana anterior. Veja as projeções do relatório para câmbio, Selic e IPCA na reportagem do Seu Dinheiro.
Fique de olho nelas
Após o Bradesco abrir a temporada de resultados dos bancões, é a vez de Santander e Itaú apresentarem os aguardados números referentes aos primeiros três meses de 2019. Mas há outras empresas nesta lista. A Jasmine Olga conta quais são essas companhias e a expectativa sobre os resultados do trimestre. É bom você guardar esse link para comparar com os números que as empresas vão soltar e ver quem surpreendeu o mercado - para o bem ou para o mal.
E aí, foi bom?

Já que estamos falando em resultados, as empresas do setor de maconha, que vêm movimentando as bolsas de valores lá fora, também mostraram seus números. É o primeiro balanço em um ano completo depois que o Canadá legalizou o uso recreativo da planta. O colunista Gabriel Casonato reuniu os números das principais empresas e mostra como elas se saíram, quais as expectativas para o segmento e se ainda é uma boa comprar essas ações.
Melhor que o Ibovespa
Apesar dos solavancos depois de atingir a marca de 100 mil pontos, o Ibovespa ainda acumula uma alta invejável desde a eleição do ano passado - 12,27%. No mesmo período o CDI, principal referência do mercado para quem investe na renda fixa, subiu 2,25%. Mas você sabia que existe outra classe de ativos que está melhor ainda que o Ibovespa? Pois é, os ganhos no período são de 12,51%. Saiba mais
Vai ficar mais caro viajar de milhas…
O conselho de administração da Gol deu o sinal verde para a empresa reajustar os preços que cobra do Smiles cada vez que um cliente troca suas milhas por passagens aéreas. Como o Smiles é uma empresa independente da Gol (ao menos por enquanto) a troca de pontos por passagem envolve uma operação comercial entre as companhia, de acordo com regras de um contrato firmado em 2012. Essa decisão ocorre em um momento que a Gol tenta incorporar as ações do Smiles e minar a independência do seu programa de fidelidade.
O tamanho do reajuste de preços ainda não foi divulgado e ele só passa a valer após a aprovação de um comitê independente do Smiles. Mas, meu amigo, pode se preparar: cedo ou tarde vai chegar no seu bolso.
A Bula do Mercado: expectativas divididas
Abril já está quase no fim, mas o interesse do mercado financeiro em velhas pautas segue o mesmo. As novidades em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China e a Nova Previdência continuam gerando grandes expectativas.
Enquanto o governo tem pressa para a aprovação da Previdência, os líderes do Centrão já avisaram que a tramitação não irá ocorrer no prazo estipulado. O feriado esvazia o Congresso e as discussões devem ficar para a semana que vem. Possíveis contratempos no andamento da pauta nos próximos dias pode deixar o mercado doméstico mais vulnerável.
Feriados também influenciam o exterior. Além da pausa para comemorações do Dia do Trabalho, a Bolsa do Japão deve permanecer fechada pelos próximos dez dias para celebrar a ascensão do novo imperador. Enquanto os investidores monitoram a nova rodada de negociações entre Estados Unidos e China, os dados positivos sobre a economia norte-americana tentam animar os mercados.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou o dia com queda de 0,33%, aos 96.236,04 pontos, uma alta de 1,75% na semana. Já o dólar recuou 0,6%, a R$ 3,9315. A moeda fechou a semana com alta de 0,04%. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima segunda-feira!
Agenda
Índices
- Zona do euro: indicador de confiança na economia, em abril
- FGV divulga IGP-M de abril e sondagem da Indústria
- Às 11h30 EUA/Fed: sondagem industrial/Dallas de abril
- China: PMI Composite e Serviços de abril, às 22h
Bancos Centrais
- BC divulga Boletim Focus, às 8h25
- BC: leilão de até 5.200 contratos de swap (US$ 260 milhões) para rolagem de maio
- BC: leilão de até R$ 3 bilhões em operações compromissadas de três meses
Balanços 1º trimestre
- Alphabet (Google) divulga balanço, às 17h
- Após o fechamento: CCR, Ecorodovias e Raia Drogasil divulgam balanço
- Tesouro: resultado primário do governo central
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
