Dólar termina o mês cotado a R$ 4,24; Ibovespa ‘sobrevive’ e avança 0,95% em novembro
Em pregão esvaziado e muito volátil nesta sexta, moeda americana teve fôlego extra de 0,60% e acumulou ganho de quase 6% no mês; Ibovespa fechou em queda, mas terminou novembro no azul
A última sexta-feira de novembro (29) teve um pregão muito volátil para a bolsa brasileira e de pouca liquidez global. Depois de fortes altos e baixos ao longo do dia, o Ibovespa fechou com apenas uma leve queda de 0,05%, aos 108.233,28 pontos, depois de ter operado abaixo dos 108 mil pontos por boa parte do dia. Já o dólar à vista viu um pregão de alta firme, terminando o dia com alta de 0,60%, aos R$ 4,2407.
Com volume reduzido em Nova York, em razão do feriado de Ação de Graças ontem e término do pregão às 15h (horário de Brasília), os investidores não quiseram assumir muito risco. Além disso, mantiveram-se cautelosos em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China, já que o presidente Donald Trump assinou uma lei em apoio aos protestos em Hong Kong.
A medida é vista como algo que pode colocar pressão nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, e levar a uma retaliação por parte do gigante asiático.
Tanto as bolsas asiáticas, como as europeias e americanas fecharam em baixa, o que acabou contaminando o Ibovespa por aqui.
Em Nova York, o Dow Jones teve baixa de 0,38%, fechando aos 28.056,47 pontos; o S&P 500 caiu 0,38%, fechando aos 3.414,54 pontos; e o Nasdaq terminou o pregão em queda de 0,46%, aos 5.665,47 pontos. Os índices também foram afetados pela queda nos preços do petróleo, que derrubou as ações de petroleiras.
O Ibovespa termina a semana em queda de 0,42%, mas conseguiu fechar o mês em alta de 0,95%. Mas, sem dúvida, a grande "estrela" do mês foi o dólar, que fecha a semana com ganho de 1,14% e o mês com alta de nada menos que 5,77%. Confira a matéria com o balanço dos investimentos do mês.
Leia Também
Nesta sexta, a moeda americana teve a sua alta afetada pela "briga" entre comprados e vendidos para a formação da taxa PTAX do mês, a cotação calculada pelo Banco Central. O dólar PTAX acabou fechando em queda de 0,56% no dia, mas alta de 5,49% no mês, a R$ 4,2240.
Apesar disso, os juros futuros não foram contaminados nesta sexta. Os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2021 subiram de 4,689% para 4,700%; já os contratos com vencimento em janeiro de 2023 tiveram leve queda de 5,891% para 5,89%. Os juros para janeiro de 2027 tiveram queda de 6,871% para 6,85%.
No mês, porém os juros futuros viram forte alta a reboque da valorização do dólar, impactando negativamente os preços dos títulos de renda fixa prefixados ou atrelados à inflação.
Queda do petróleo impactou Petrobras nesta sexta
As ações da Petrobras tiveram forte queda hoje em razão do recuo dos preços do petróleo no mercado internacional. A Arábia Saudita estaria insatisfeita com o comportamento de outras nações envolvidas no acordo liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para conter a produção.
Sendo assim, os sauditas estão sinalizando que não estariam mais dispostos a compensar o não cumprimento do acordo pelos outros países.
Os preços da commodity ampliaram as perdas após informações de que empresas russas propuseram que não haja alteração nas cotas de produção dos países da Opep e aliados (Opep+), que se reúnem na próxima semana.
Em Londres, os contratos futuros de petróleo tipo Brent com vencimento em fevereiro fecharam em baixa de 4,39%, enquanto aqueles com vencimento em janeiro fecharam em queda de 2,25%. Já o WTI, negociado em Nova York, fechou em queda de 5,06% no contrato para janeiro.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em baixa de 1,29%, e as ordinárias (PETR3) caíram de 1,23%.
Só tivemos olhos para o dólar
O mês de novembro foi marcado por uma sucessão de recordes no mercado de câmbio. Pela primeira vez, o dólar à vista fechou acima do patamar psicológico de R$ 4,20, marcando uma nova máxima de fechamento (R$ 4,2586) e intradiária (R$ 4,2772).
A moeda americana foi pressionada pelo clima de incerteza política na América Latina devido a crises e tensões sociais. Os protestos no Chile e na Bolívia, bem como a crise econômica argentina fazem o Brasil ficar mal na fita por uma questão regional. A aversão a risco em relação a países emergentes aumentou.
A derrubada, pelo Supremo Tribunal Federal, da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, o que levou à soltura do ex-presidente Lula, colocaram ainda mais lenha na fogueira, deixando o mercado temeroso de que o retorno do petista à vida pública pudesse intensificar ainda mais a polarização política do país e levar a protestos também por aqui.
Também ocorreu uma grande frustração do mercado com o resultado dos leilões de petróleo ocorridos no início do mês. Os investidores haviam se posicionado para um alívio na cotação da moeda americana, projetando uma forte participação de empresas estrangeiras, com consequente entrada de dólares no país. Mas o gringo preferiu ficar de fora.
Lá fora, as incertezas com a guerra comercial levam os investidores a buscarem proteção no dólar, o que tem impedido a moeda americana de se enfraquecer globalmente mesmo quando as bolsas sobem.
E nesta última semana, uma fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, levou a um novo rali da moeda. Ele recomendou aos investidores que se acostumassem com juros mais baixos e câmbio mais alto - segundo ele, a atual conjuntura econômica faz com que a taxa de equilíbrio do dólar seja mais alta.
Com tudo isso, o Ibovespa acabou ficando meio apagado, mas também bateu recorde em novembro. No início do mês, chegou a fechar acima dos 109 mil pontos pela primeira vez na história, mas a alta foi seguida por um movimento de realização nos lucros.
As idas e vindas no front da guerra comercial entre EUA e China, a aversão a risco internacional a mercados emergentes e a ausência de noticiário positivo por aqui impediram o índice de buscar novos recordes.
Mesmo assim, dados mostrando alguma recuperação na nossa economia e avaliações otimistas de instituições financeiras estrangeiras para a bolsa brasileira em 2020 contribuíram para dar ao índice um saldo positivo no fim das contas.
Com Estadão Conteúdo.
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
