Ibovespa fica praticamente no zero a zero, aguardando novidades no front político
O feriado no meio da semana gera uma onda de calmaria em Brasília — e, como resultado, o Ibovespa e o dólar tiveram um dia de poucas emoções

O Ibovespa e o dólar tiveram um dia fraco. Ambos passaram boa parte da sessão oscilando ao redor da estabilidade, sem um grande fator para dar direção às negociações — e tudo isso por causa do cenário político.
E não que alguma notícia bombástica tenha trazido cautela extrema ao mercado. Pelo contrário: com Brasília às moscas por causa do feriado do meio da semana, o noticiário político entrou em compasso de espera.
E o mercado local, extremamente dependente da pauta política, foi junto: o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,05%, aos 96.187,75 pontos, enquanto o dólar à vista teve alta de 0,24%, a R$ 3,9409.
No início do dia, o principal índice da bolsa brasileira até chegou a dar indícios de que poderia engatar uma recuperação, tocando os 97.123,09 pontos na máxima (+0,92%). No entanto, esse movimento rapidamente perdeu força, em meio à ausência de notícias relevantes no front político.
A fraqueza também é evidenciada pelo baixo volume de negociações. o Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira com giro financeiro de R$ 10,4 bilhões — apenas os pregões de 6 de março (quarta-feira de cinzas, com R$ 8,68 bilhões) e 22 de abril (R$ 10,117 bilhões) tiveram montantes inferiores em 2019.
Já o dólar oscilou dentro de uma faixa relativamente estreita ao longo do dia: entre R$ 3,9216 (-0,25%) e R$ 3,9446 (+0,33%), também em meio ao marasmo local.
Leia Também
Vazio
Isso tudo porque, com Brasília esvaziada, é baixa a perspectiva de algum avanço na reforma da Previdência ao longo dos próximos dias — e mesmo a articulação política parece ter dado uma pausa.
"Estaremos fechados na quarta-feira, mas nos Estados Unidos será um dia normal, com decisão de política monetária do Fed. Sem fatos novos, creio que ninguém vai querer ficar posicionado", comenta um operador.
Há a perspectiva de que o calendário para os trabalhos da comissão especial da Câmara seja definido amanhã (30) — as sessões para discussão da reforma pelo colegiado deve ter início apenas na semana que vem.
Mas, em termos de noticiário, o mercado teve pouco material para trabalhar hoje. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a afirmar que o foco da casa, agora, é a reforma da Previdência. E, em Ribeirão Preto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou linhas de crédito e seguro para o agronegócio.
Isso foi muito pouco para que o mercado assumisse riscos. "O cenário externo até ajudou um pouco, mas aqui a gente ficou de lado. Falta alguma manchete", diz outro operador.
Lá fora, as bolsas americanas fecharam o dia no azul, embora sem mostrar ganhos intensos: o Dow Jones teve alta de 0,04%, o S&P 500 avançou 0,11% e o Nasdaq subiu 0,19% — o S&P 500 atingiu um novo recorde de fechamento, aos 2.943 pontos. No mercado de câmbio, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta com as principais divisas do mundo, manteve-se em leve queda ao longo da tarde.
Na comparação com as divisas de países emergentes, o dólar teve um dia misto, perdendo terreno ante o rublo russo e o rand sul-africano, mas ganhando força em relação ao peso mexicano, ao peso colombiano e ao peso chileno. E, em meio à fraqueza no noticiário político, o real fez companhia às demais moedas latino-americanas.
As curvas de juros também tiveram um dia de poucas movimentações. Os DIs para janeiro de 2020 subiram de 6,56% para 6,59%, e os DIs para janeiro de 2021 avançaram de 7,11% para 7,14%. Na ponta longa, as curvas com vencimento em janeiro de 2023 tiveram alta de 8,24% para 8,26%, e as com vencimento em janeiro de 2025 foram de 8,77% para 8,78%.
Agitação na Petrobras
As ações da Petrobras fecharam sem direção única, refletindo o noticiário corporativo agitado a respeito da empresa. Os papéis ON caíram 0,46%, enquanto os PN avançaram 0,44%.
Em entrevista ao Broadcast, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, disse que a empresa quer se desfazer de seus negócios de distribuição de gás e da rede de postos de combustíveis no Uruguai — a petroleira colocará à venda a rede com 70 postos naquele país.
Além disso, o conselho de administração da companhia autorizou a venda de oito refinarias e de participação na BR Distribuidora, "permanecendo a Petrobras como acionista relevante".
Hypera sobe forte
As ações ON da Hypera lideraram os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira, com alta de 5,96%, com o mercado digerindo os resultados trimestrais da companhia — entre janeiro e março de 2019, a empresa teve lucro líquido de R$ 321,2 milhões, alta de 7,1% ante o mesmo intervalo de 2018, mas a receita líquida recuou 58,7% na mesma base de comparação, para R$ 383,6 milhões.
Em relatório, o BTG Pactual diz que a forte queda na receita já era esperada, em meio ao processo de redução de capital de giro e de estoque que está atualmente em andamento na empresa. No entanto, o banco diz esperar por uma recuperação gradual na receita ao longo de 2019, com a margem bruta voltando aos níveis de 2018 no ano que vem.
Dadas as expectativas para o futuro, O BTG elevou o preço-alvo para as ações da Hypera, de R$ 29 para R$ 30, mantendo recomendação de compra para os papéis.
Sinal amarelo no Smiles
Os papéis do Smiles apareceram entre os piores desempenhos do Ibovespa hoje, em queda de 1,36%. A empresa encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 141,9 milhões, queda de 8,5% na comparação com os primeiro três meses de 2018.
No entanto, o mercado também repercute negativamente a notícia de que a Gol poderá reajustar os preços que cobra do Smiles cada vez que um cliente troca suas milhas por passagens aéreas — assim, há a possibilidade de que mais milhas Smiles sejam necessárias para comprar bilhetes da Gol.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje