Ibovespa opera em alta e recupera as perdas de ontem; dólar segue em R$ 4,06
O Ibovespa encontra espaço para um ligeiro movimento de alta, em meio à ausência de novidades na ata do Copom e ao clima de tranquilidade no exterior
A sessão desta terça-feira (17) é marcada por um tom de maior tranquilidade, tanto no Brasil quanto no exterior. Num dia com poucos fatores de influência para as operações globais, o Ibovespa exibe um tom positivo, recuperando-se das perdas contabilizadas ontem.
O principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,53% por volta de 17h05, aos 112.483,66 pontos. O Ibovespa, assim, vai um pouco melhor que as bolsas americanas: em Nova York, o Dow Jones (+0,18%), o S&P 500 (+0,07%) e o Nasdaq (+0,12%) apenas flutuam perto do zero a zero.
No mercado de câmbio, o dia também foi de oscilações pouco intensas: o dólar à vista fechou em leve alta de 0,06%, a R$ 4,0646. Lá fora, a divisa americana ganhou terreno em relação às moedas fortes, mas ficou perto da estabilidade na comparação com os ativos de países emergentes.
No front doméstico, o principal fator de influência para as negociações é a ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã pelo Banco Central (BC). No documento, a instituição sugeriu cautela com a política de juros, em meio à retomada da atividade econômica.
Ou seja: a autoridade não se comprometeu com um eventual novo corte na Selic no início de 2020 — uma sinalização que provocou ajustes positivos mais intensos nas curvas de juros, tanto na ponta curta quanto na longa.
Veja como ficaram os principais DIs nesta terça-feira:
Leia Também
3 surpresas que podem mexer com os mercados em 2026, segundo o Morgan Stanley
- Janeiro/2021: de 4,55% para 4,65%;
- Janeiro/2023: de 5,82% para 5,99%;
- Janeiro/2025: de 6,46% para 6,60%;
- Janeiro/2027: de 6,81% para 6,92%.
"O Copom reiterou a postura mais cautelosa, levando em consideração as informações novas [de retomada na economia e aumento na inflação]", diz Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. "É preciso analisar a sensibilidade das variáveis macroeconômicas à política monetária, que nunca esteve tão estimulativa".
A ata do Copom, no entanto, não tem grande influência para os mercados de ações e de câmbio. Neles, outras variáveis estão em jogo — a começar pelo cenário externo.
Leve fortalecimento no dólar
As negociações de moedas foram impactadas por dois fatores: o noticiário referente ao Brexit e os mais recentes dados da economia americana.
No Reino Unido, a notícia de que o primeiro-ministro Boris Johnson estaria considerando a possibilidade de alterar o acordo costurado com a Comissão Europeia para a saída do país do bloco continental é motivo de turbulência nos mercados financeiros.
"Ele abriu espaço para negociar com os parlamentares britânicos, mas agora quer alterar o acordo, algo que gera desconforto em relação à possibilidade de um Brexit sem acordo", diz Beyruti.
Como resultado, o dólar se valorizou mais de 1% em relação à libra esterlina nesta terça-feira — o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta com as principais divisas do mundo, avançou 0,20%, em função das incertezas ligadas ao Reino Unido.
Além do Brexit, também foi repercutida pelo mercado de câmbio a alta de 1,1% na produção industrial dos Estados Unidos em novembro ante outubro, resultado que ficou acima das previsões dos analistas — o que deu suporte ao fortalecimento do dólar no mundo.
E o Ibovespa?
Bem, o Ibovespa reage apenas marginalmente a todos esses pontos citados acima. Sem um fator direto de influência, o índice brasileiro apenas passa por ajustes marginais, aproveitando o tom de calmaria nas bolsas americanas.
Alguns papéis que fecharam em queda na sessão de ontem aparecem no campo positivo nesta manhã. É o caso de Petrobras PN (PETR4), em alta de 1,16%, Petrobras ON (PETR3), com ganho de 1,03%, Itaú Unibanco PN (ITUB4), avançando 2,00%, e Bradesco PN (BBDC4), com valorização de 2,34%.
Por outro lado, ações do setor de varejo e construção operam em queda firme, obedecendo à lógica contrária: em meio à elevação na curva de juros, o mercado aproveita para realizar os lucros recentes obtidos nesses ativos.
Nesse grupo, estão Magazine Luiza ON (MGLU3), com perda de 3,02%, Lojas Americanas PN (LAME4), em baixa de 3,25%, Via Varejo ON (VVAR3), com queda de 3,02%, e MRV ON (MRVE3), recuando 3,13%.
Top 5
Veja as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa no momento:
- B3 ON (B3SA3): +3,12%
- NotreDame Intermédica ON (GNDI3): +2,48%
- Suzano ON (SUZB3): +2,45%
- Ultrapar ON (UGPA3): +2,32%
- Bradesco PN (BBDC4): +2,31%
Confira também as cinco maiores quedas do índice nesta terça-feira:
- BRF ON (BRFS3): -4,03%
- Gol PN (GOLL4): -3,72%
- B2W ON (BTOW3): -3,50%
- Lojas Americanas PN (LAME4): -3,21%
- MRV ON (MRVE3): -3,09%
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
