Após dia instável, Ibovespa fecha em leve alta; dólar cai a R$ 3,84
Dividido entre o tom positivo das commodities e a falta de novidades no front político, o Ibovespa conseguiu terminar o dia no azul
O Ibovespa passou o dia num cabo de guerra.
De um lado, a equipe das commodities: a alta do petróleo e do minério de ferro impulsionou as ações da Petrobras, Vale e siderúrgicas, que terminaram o dia entre as maiores altas do índice.
Do outro, o time da cautela: a falta de novidades na tramitação da reforma da Previdência trouxe certa dose de hesitação à bolsa.
Esses dois grupos mediram forças ao longo da sessão. E, como resultado, o Ibovespa ficou oscilando entre os campos positivo e negativo: na mínima do dia, foi aos 96.742,91 pontos (-0,38%) e, na máxima, tocou os 97.610,05 pontos (+0,52%).
Ajuda vinda de fora
O principal índice da bolsa brasileira parecia encaminhado para terminar muito perto da estabilidade. Mas, durante o leilão de fechamento, ganhou força e terminou em alta de 0,27%, aos 97.369,29 pontos — a terceira sessão consecutiva no campo positivo.
Além das commodities, o fortalecimento dos mercados acionários americanos na reta final da sessão deu impulso à bolsa brasileira. Após passarem o dia em queda, o S&P 500 e o Nasdaq viraram e fecharam em alta de 0,10% e 0,19%, respectivamente — o Dow Jones terminou em baixa de 0,32%.
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Nada de novo no front
Mas, apesar de o Ibovespa ter encerrado o dia no campo positivo, operadores e analistas destacam que a sessão foi marcada pela ausência de novidades em relação à reforma da Previdência — e o noticiário de Brasília tem sido o grande fator de influência para o índice no curto prazo.
No fim de semana, um levantamento conduzido pelo 'Estado' mostrou que o apoio à reforma da Previdência na Câmara teve leve alta. De acordo com a pesquisa, 198 deputados votariam a favor do texto no plenário — em 21 de março, 180 deputados se mostraram dispostos a aprovar a proposta.
"Mas o mercado precisa de algo mais concreto [que esse levantamento] para o Ibovespa ir além dos 97 mil pontos", diz um operador. "É positivo, mas não é muito relevante nesse momento".
Já Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial Research, lembra que a semana será agitada em termos de agenda, tanto no Brasil quanto no exterior. Há a previsão de que o relatório da reforma da Previdência seja lido amanhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mas, para isso, o relator da proposta, Marcelo Freitas, ainda precisa apresentar um parecer.
Lá fora, destaque para a ata da última reunião do Federal Reserve, a ser publicada na quarta-feira — no mesmo dia, será divulgada a a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). "Os preços de mercado ficaram um pouco mais tímidos hoje, esperando a semana mais carregada", resume Figueredo.
Alívio no dólar
Mas se o dia foi de certa indefinição no Ibovespa, o mesmo não pode ser dito do dólar à vista, que fechou em queda firme de 0,57%, a R$ 3,8496.
Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio na Treviso Corretora, destaca que a moeda americana perdeu terreno ante a maior parte das divisas globais, inclusive as de países emergentes — e esse contexto global direcionou o comportamento do mercado de câmbio por aqui.
No exterior, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, recuava 0,33%. Entre as divisas emergentes, o dólar também caiu ante o peso argentino, o peso mexicano, o rublo russo e o rand sul-africano.
Apesar do alívio no dólar, as curvas de juros tiveram leve ajuste positivo. Os DIs com vencimento em janeiro de 2020 subiram de 6,47% para 6,475%, e os com vencimento em janeiro de 2021 avançaram de 7,03% para 7,05%. Entre as curvas longas, as para janeiro de 2023 tiveram alta de 8,15% para 8,2%.
Petrobras deu força ao Ibovespa...
As ações da Petrobras terminaram o dia entre as maiores altas do Ibovespa: os papéis ON subiram 2,14% e os PN tiveram ganho de 1,63%.
Além do comportamento do petróleo, diversos outros fatores contribuíram para dar força aos ativos da estatal. A venda de 90% da participação da empresa na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), por US$ 8,6 bilhões, agradou os analistas, que destacaram os impactos positivos da transação para a alavancagem da companhia.
"A Petrobras se destaca pelo acúmulo de notícias. Além da TAG, também tem a cessão onerosa, que está para sair", diz um operador.
Por fim, o Credit Suisse elevou a recomendação para os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) da Petrobras, de neutro para "outperform" — classificação semelhante à compra.
...mas as varejistas trouxeram pressão
Já as ações do setor de varejo recuaram em bloco — os papéis têm reagido de maneira mais sensível ao cenário local e ao noticiário envolvendo a reforma da Previdência. Lojas Americanas PN (-3,65%), B2W ON (-4,98%), Via Varejo ON (-3,53%) e Magazine Luiza ON (-1,91%) terminaram o dia entre as maiores perdas do índice.
Vale e siderúrgicas seguem em alta
Com o novo dia de ganhos expressivos do minério de ferro, as ações do setor de mineração e siderurgia continuam apresentando desempenho positivo. É o caso de Vale ON, que subiu 2,71%, Gerdau PN, que teve alta de 0,51%, e de CSN ON, que avançou 2,02%. Mas uma empresa desse setor destoou do restante...
Usiminas cortada
O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações da Usiminas, de compra para neutro, e cortou o preço-alvo dos papéis para R$ 11, citando uma postura menos positiva em relação à demanda doméstica e precificação do aço, ao mesmo tempo em que as pressões do lado dos custos persistem. Assim, as ações PNA da Usiminas fecharam em queda de 1,61% e na contramão do restante do setor.
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