Gol sofre prejuízo de R$ 32,3 milhões no primeiro trimestre e reduz estimativas de lucro por ação
Resultado ficou abaixo do esperado pelos analistas, que previam um lucro líquido de R$ 227,1 milhões no trimestre
Impactada pela variação cambial, a Gol anunciou hoje um prejuízo de R$ 32,3 milhões no primeiro trimestre de 2019, revertendo o lucro líquido de R$ 142,3 milhões registrado um ano antes. A companhia também mostrou custos operacionais mais elevados e revisou para baixo as estimativas de lucro por ação para este ano e para o próximo.
O efeito do câmbio sobre o resultado foi negativo em R$ 90,7 milhões, segundo a companhia, bem acima do impacto de R$ 40,2 milhões apurado um ano antes. Com isso, o resultado trimestral ficou abaixo do esperado. Os analistas previam lucro líquido de R$ 227,1 milhões no trimestre, segundo a Bloomberg.
O Ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização) excluindo despesas não recorrentes da empresa foi de R$ 951,8 milhões, alta de 15,5% na comparação anual. A margem Ebitda foi um dado positivo e ficou em 29,6%, 1,9 ponto porcentual acima do ano anterior.
Apesar dos desafios, um dado positivo ficou por conta da receita operacional líquida, que subiu 8,3% para R$ 3,2 bilhões. Isso ocorreu devido ao aumento de receita de passageiros no mercado doméstico e de receitas com franquia e excesso de bagagem.
Cinto apertado
Além do câmbio, outro fator que pressionou o balanço da Gol foram os custos. Os custos operacionais excluindo as despesas com combustível (Cask ex-combustível) subiram 3,2% para 12,80 centavos de real. Segundo a empresa, a alta ocorreu devido à depreciação do real frente ao dólar em 16,2%, o que impactou os custos de manutenção, taxas, tarifas e serviços internacionais.
A empresa citou ainda o aumento da alíquota de INSS patronal e o maior número de passageiros transportados, assim como maiores custos com acomodação transporte e alimentação de passageiros de voos interrompidos.
Leia Também
O CASK, que é o indicador que mede o custo por assento da empresa, também avançou, com alta de 4,2% no primeiro trimestre de 2019, para 20,44 centavos. Isso ocorreu devido ao aumento no preço por litro do combustível em 9,3% e à desvalorização do real frente ao dólar médio em 16,2%.
Operação aquecida
Já os dados operacionais trouxeram vários aspectos positivos. A Gol transportou 8,4 milhões de passageiros domésticos no trimestre, um crescimento de 8,4%, quando comparado com o mesmo período de 2018. No mercado internacional houve uma redução de 2,4%, para 0,6 milhão de passageiros.
A taxa de ocupação média dos voos foi de 81,5%, 1,1 ponto porcentual acima do primeiro trimestre do ano passado.
A aérea cobrou, em média 28,55 centavos de real por passageiro por cada quilômetro voado (yield), 1,9% acima do praticado um ano antes, principalmente devido a um aumento de 1,3% na tarifa média, que foi a R$ 339.
A receita unitária por passageiro (Prask, na sigla em inglês) avançou 3,3% para 23,27 centavos, enquanto a receita operacional (Rask) subiu 3,2% para 24,63 centavos.
Resultado financeiro pior
O resultado financeiro líquido da empresa foi uma despesa de R$ 401,1 milhões, 25% maior do que o resultado negativo do início de 2018. A empresa explicou que as despesas com juros aumentaram R$ 11,3 milhões em decorrência do aumento do dólar no período.
Os resultados líquidos com derivativos foram positivos em R$ 21 milhões, aumento de R$1,7 milhão. Já as variações cambiais e monetárias resultaram em perdas de R$90,7 milhões, comparado às perdas de R$40,2 milhões no mesmo período de 2018.
A dívida líquida da Gol fechou o trimestre em R$ 10,4 bilhões, alta de 23%.
Revisão de estimativas
A companhia anunciou uma revisão das suas estimativas para 2019 e 2020 para refletir as variações nos preços do petróleo, a depreciação do real frente ao dólar e ajustes ao plano de frota.
Segundo a empresa, o lucro por ação em 2019 deve ficar entre R$ 1,20 e R$ 1,60, e não mais entre R$ 2,40 e R$ 2,80. Em 2020, a expectativa também diminuiu, passando de R$ 2,80 a R$ 3,30 para R$ 1,80 a R$ 2,30.
A frota total da Gol deve ficar acima da faixa esperada (que era de 122 a 125), chegando até 124 a 127. A expectativa para o Ask, indicador de assentos-quilômetro oferecidos, passou de alta de 6% a 10% para 7% a 10%.
Já os investimentos devem aumentar frente ao esperado, passando de R$ 650 milhões em 2019 para R$ 700 milhões.
Os custos (cask) devem ficar mais altos do que era esperado antes. A previsão passou de 13 centavos para 14 centavos em 2019. Já o preço do combustível deve ficar em R$ 3 por litro, acima dos R$ 2,80 previstos anteriormente. A companhia destacou que tem 62% do seu consumo de combustível para 2019 protegido por contratos de hedge, a um custo médio de US$ 60.
Cogna (COGN3), Cury (CURY3), Axia (AXIA3) e mais: o que levou as 10 ações mais valorizadas do Ibovespa em 2025 a ganhos de mais de 80%
Com alta de mais de 30% no Ibovespa no ano, há alguns papéis que cintilam ainda mais forte. Entre eles, estão empresas de educação, construção e energia
R$ 90 bilhões em dividendos, JCP e mais: quase 60 empresas fazem chover proventos às vésperas da taxação
Um levantamento do Seu Dinheiro mostrou que 56 empresas anunciaram algum tipo de provento para os investidores com a tributação batendo à porta. No total, foram R$ 91,82 bilhões anunciados desde o dia 1 deste mês até esta data
Braskem (BRKM5) é rebaixada mais uma vez: entenda a decisão da Fitch de cortar o rating da companhia para CC
Na avaliação da Fitch, a Braskem precisa manter o acesso a financiamento por meio de bancos ou mercados de capitais para evitar uma reestruturação
S&P retira ratings de crédito do BRB (BSLI3) em meio a incertezas sobre investigação do Banco Master
Movimento foi feito a pedido da própria instituição e se segue a outros rebaixamentos e retiradas de notas de crédito de agências de classificação de risco
Correios precisam de R$ 20 bilhões para fechar as contas, mas ainda faltam R$ 8 bilhões — e valor pode vir do Tesouro
Estatal assinou contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos, mas nova captação ainda não está em negociação, disse o presidente
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia R$ 351 milhões em dividendos com pagamento em sete parcelas; veja como receber
Cerca de R$ 59 milhões serão pagos como dividendos intermediários e mais R$ 292 milhões serão distribuídos a título de dividendos intercalares
Tupy (TUPY3) convoca assembleia para discutir eleição de membros do Conselho em meio a críticas à indicação de ministro de Lula
Assembleia Geral Extraordinária debaterá mudanças no Estatuto Social da Tupy e eleição de membros dos conselhos de administração e fiscal
Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes já impactou mais de 15 milhões de pessoas — e agora quer conceder crédito
Rede Mulher Empreendedora (RME) completou 15 anos de atuação em 2025
Localiza (RENT3) e outras empresas anunciam aumento de capital e bonificação em ações, mas locadora lança mão de ações PN temporárias
Medidas antecipam retorno aos acionistas antes de entrada em vigor da tributação sobre dividendos; Localiza opta por caminho semelhante ao da Axia Energia, ex-Eletrobras
CVM inicia julgamento de ex-diretor do IRB (IRBR3) por rumor sobre investimento da Berkshire Hathaway
Processo surgiu a partir da divulgação da falsa informação de que empresa de Warren Buffett deteria participação na resseguradora após revelação de fraude no balanço
Caso Banco Master: Banco Central responde ao TCU sobre questionamento que aponta ‘precipitação’ em liquidar instituição
Tribunal havia dado 72 horas para a autarquia se manifestar por ter optado por intervenção em vez de soluções de mercado para o banco de Daniel Vorcaro
Com carne cara e maior produção, 2026 será o ano do frango, diz Santander; veja o que isso significa para as ações da JBS (JBSS32) e MBRF (MBRF3)
A oferta de frango está prestes a crescer, e o preço elevado da carne bovina impulsiona as vendas da ave
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
