Após Natura comprar Avon, Boticário também mira expansão internacional
Apesar de estar em 15 países com duas marcas, a companhia paranaense admite que sua presença externa ainda é tímida em relação à força no mercado interno.
Acompanhando de perto o movimento de sua principal concorrente, a Natura, que anunciou no mês passado acordo para comprar globalmente a Avon, o Grupo Boticário também traça planos para sua atuação internacional. Apesar de estar em 15 países com duas marcas - O Boticário e Quem Disse Berenice? -, a companhia paranaense, que faturou R$ 13,4 bilhões em 2018, admite que sua presença externa ainda é tímida em relação à força no mercado interno.
Segundo André Farber, vice-presidente de franquias do grupo e responsável pelo braço internacional, o Boticário sabe que uma atuação relevante lá fora dependerá de aquisições. Com a estratégia “a conta-gotas”, só conseguiu atingir um total de 80 lojas no exterior - número bastante limitado em relação às 4 mil unidades no Brasil. Por isso, segundo Farber, o grupo está aberto a oportunidades de aquisições externas. “Temos planos de fazer o (segmento) internacional crescer”, afirmou.
Por enquanto, o Grupo Boticário tem escritórios próprios para tocar as operações de Portugal - de longe a mais relevante no exterior, com 64 unidades - e na Colômbia. Nos outros 13 mercados nos quais atua, fechou parcerias com empresários locais.
Em alguns casos, admite Farber, a expansão ocorreu quase por acaso. Foi por meio de um convite de parceria que O Boticário desembarcou em Dubai, nos Emirados Árabes, há oito meses, onde já tem duas unidades.
Olhos abertos
Embora ainda cresça bem acima do desempenho da economia no Brasil - no ano passado, a receita avançou 7%, contra 1% do Produto Interno Bruto (PIB) -, O Boticário tem observado os movimentos da Natura de perto. Sua rival adquiriu a australiana Aesop (em 2012) e a britânica The Body Shop (em 2016). No mês passado, fechou contrato para adquirir a Avon em todo o mundo, exceto Estados Unidos e Japão.
Ao contrário do que havia ocorrido nas duas primeiras aquisições, a Natura também ganhará força no País com a Avon, tornando-se a líder isolada do setor. Embora tenha voltado a ganhar fôlego nos últimos dois anos, a Natura ainda tem hoje domínio de mercado 1 ponto porcentual inferior ao que exibia em 2013. O Grupo Boticário, por seu turno, viu a participação saltar de 8,9% para 11,6%, no mesmo período, conforme a consultoria Euromonitor.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Embora a empresa paranaense ainda não tenha ido às compras lá fora, ela adquiriu a Vult, linha de maquiagens voltada às classes C e D, no ano passado.
Para o analista de varejo do Itaú BBA, Thiago Macruz, tanto Natura quanto Boticário conseguiram se estabelecer em mercados altamente lucrativos - a primeira nas vendas diretas e a segunda, em franquias. Ele afirma que a atuação nesses segmentos, quando bem sucedida, permite a expansão sem necessidade de grandes aportes de capital. No primeiro caso, a comercialização é feita por revendedoras, enquanto no segundo o investimento no ponto de venda físico fica a cargo de parceiros.
Por atuar em canais “mega geradores de caixa”, segundo Macruz, as empresas têm condições financeiras para realizar grandes aquisições. Para ele, a busca por negócios consagrados lá fora é um melhor caminho do que a expansão orgânica. Segundo ele, a Natura só conseguiu montar uma operação relevante de vendas diretas na América Latina - em outras regiões, a marca não foi muito longe sozinha. O mesmo desafio vale para O Boticário. “Essas empresas precisam de outras marcas no exterior”, diz.
Dubai servirá para testar novo formato
O Grupo Boticário trabalha na criação de modelos de pontos de vendas mais atraentes para convencer o consumidor a comprar mais. Com cobertura quase completa no Brasil, com 3.750 lojas, e pouco crescimento na rede, o grupo tem em Curitiba uma loja conceito em um shopping center que deverá ser replicado em outros locais no País e em países nos quais está presente. Esse modelo já foi adaptado e levado às primeiras lojas abertas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Além da transformação das unidades, o grupo paranaense aposta na expansão das vendas diretas para manter seu ritmo de aumento de receitas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados