Os rumos da bolsa na visão de 5 gestores de fundos

Esses dias estava numa festa escutando dois amigos meus discutirem sobre os rumos da bolsa de valores. Um deles defendia que a bolsa vai seguir no movimento de alta que começou após a eleição de 2018 por uns bons anos. O outro achava que as ações brasileiras devem sofrer com a queda esperada dos mercados nos Estados Unidos.
Com a cerveja rolando, a discussão foi ficando um pouco mais acalorada. Eu optei estrategicamente em não palpitar sobre nada. Fiquei só ouvindo todo mundo sem concordar ou discordar de ninguém. Já aprendi nas últimas eleições que não ganho nada em discutir com meus amigos por causa de política ou economia. Um risco que eu não quero correr é de não ser convidada para o próximo churrasco.
Os meus amigos podem até dar seus pitacos sobre o rumo da bolsa, mas ninguém se importa muito (além de suas esposas e maridos). O que está em jogo é o dinheiro deles mesmos, que, aliás, são só uns trocados. E muitos são apenas palpiteiros, nem investem de verdade.
A situação é bem diferente quando o gestor de um fundo de investimento abre o bico para falar da bolsa. Esse pessoal não é palpiteiro de churrasco. Eles são muito bem pagos para investir o dinheiro dos seus clientes. Assumem posições que, se acertadas, podem render uma bolada para o bolso deles por meio de taxas de performance. Suas convicções, portanto, valem muito dinheiro, seja para eles ou para os cotistas dos seus fundos.
O Vinícius Pinheiro consultou as posições de cinco gestores de fundos multimercados (Verde, SPX, Adam, Legacy e Kinea) na bolsa de valores brasileiras. Quatro estão otimistas e um nem tanto. Veja nesta reportagem as apostas de cada um. Acho bom você ficar ciente do que os gestores pensam, especialmente se tem investimentos em fundos.
A era dos juros baixíssimos
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Você já imaginou chegar ao banco para aplicar o seu dinheiro e, em vez de ganhar um rendimento a determinada taxa de juros, você ter que pagar para deixar o dinheiro aplicado lá? Pois é o que acontece em alguns países quando o juro cai tanto que chega a ficar negativo.
O Ivan Sant’Anna, que está no mercado há 60 anos, já viu isso no passado. O filme está rodando de novo. Os bancos centrais pelo mundo tentam sustentar a atividade econômica com juros cada vez menores.
O que esperar do mundo na era dos juros baixos? E como ganhar dinheiro nesse cenário? Esse é o tema da coluna de hoje do Ivan.
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Bons ventos
Falando em juro baixo, hoje o Banco Central Europeu anunciou que, entre outras medidas, irá cortar sua taxa de depósito pela primeira vez desde 2016, para -0,50%, e que retomará as compras mensais de ativos. Após o anúncio, as bolsas europeias e os índices futuros em Nova York apresentaram alta.
O mercado financeiro também celebra o clima ameno na disputa comercial entre Estados Unidos e China. Na noite de ontem, o presidente Donald Trump anunciou que irá adiar o aumento das tarifas sobre bens chineses em duas semanas. Do outro lado do cabo de guerra, Pequim também alivia a tensão com a possível liberação da importação de produtos agrícolas norte-americanos.
Ontem, o Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,40%, aos 103.445,60. O dólar fechou a sessão em queda de 0,75%, a R$ 4,0648. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Uma ajudinha de Brasília
Em Brasília, a novela da recuperação judicial da Oi teve um desdobramento importante ontem à noite. O Senado aprovou o projeto que atualiza o marco legal das telecomunicações no país. A medida, que tira das empresas obrigações como a universalização dos serviços e a instalação de orelhões, é vista pelo mercado como um passo importante para a Oi se reerguer. Entenda.
‘Deu ruim’ pra B3
A dona da bolsa sofreu um duro golpe no Carf ontem e os efeitos devem ser sentidos nas ações da companhia nesta quinta-feira. O órgão manteve a condenação da B3 para pagar uma multa de R$ 2,7 bilhões por irregularidades na amortização de ágio feita na incorporação da Bovespa, lá em 2008. Esse foi o negócio que marcou a fusão da antiga Bolsa de Valores de São Paulo com a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Quem traz os detalhes sobre essa decisão é o Fernando Pivetti.
De olho no gráfico
Cada vez mais estamos habituados a deixar o velho pelo novo toda vez que uma novidade tecnológica é anunciada. É assim com celulares, televisores, redes sociais e até aplicativos para o celular. No campo da análise gráfica, nem tudo que é antigo é ultrapassado ou merece ser deixado de lado. Neste vídeo, Fausto Botelho, nosso especialista em análise gráfica, mostra como utilizar um gráfico que surgiu há quase 40 anos, mas que ainda pode te ajudar a ganhar nos mercados.
Agenda
Indicadores
- IBGE divulga dados sobre serviços em julho
- Governo divulga Relatório Prisma Fiscal
- Alemanha, Estados Unidos e Argentina divulgam inflação de agosto
- Estados Unidos anunciam dados semanais de emprego
- Zona do euro publica resultado de sua produção industrial em julho
- Agência Internacional de Energia publica dados semanais sobre o mercado de petróleo
- BCE publica projeções econômicas para a zona do euro
Bancos Centrais
- BCE anuncia decisão de política monetária, com entrevista do presidente Mario Draghi na sequência
Mercados
- Opep faz reunião para tratar sobre cortes na produção de petróleo
Natura (NATU3) anuncia a tão esperada venda da Avon International — e vai receber 1 libra por ela
A empresa fechou na quarta-feira (17) um acordo vinculante para vender a holding dos negócios da Avon International; confira os detalhes do negócio
Por que essa empresa ‘queridinha’ de Luiz Barsi e em recuperação judicial quer engordar o capital em até R$ 1 bilhão
Essa companhia prevê uma capitalização por subscrição privada de ações, ao preço de emissão de R$ 1,37 por ação, e por conversão de dívidas
“Desinteresse dos jovens pela faculdade é papo de redes sociais, não realidade”, diz CEO da Cogna (COGN3), dona da Anhanguera e outras
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o CEO da Cogna, Roberto Valério, questina a narrativa de que a Geração Z estaria “largando a faculdade” e fala sobre o avanço da inteligência artificial no mercado de trabalho
“Se não fosse pela nova regulação do EaD, a ação da Cogna (COGN3) teria subido mais”, diz CEO da empresa — que triplicou na bolsa em 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Roberto Valério falou sobre o impacto do novo marco regulatório para o ensino à distância (EaD), as avenidas de crescimento e preocupações do mercado sobre a recente aquisição da Faculdade de Medicina de Dourados
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