O dia D do FGTS
Veja os destaques do Seu Dinheiro nesta manhã

Hoje vou direto ao ponto: a notícia do dia é o anúncio do governo sobre a liberação do saque do FGTS, marcado para hoje à tarde. O tema vai mexer com o bolso de todo mundo, até de quem nunca teve carteira assinada e não tem saldo para sacar.
Para quem tem um dinheirinho depositado no fundo, é hora de saber quais serão as regras para o saque e o cronograma. O FGTS rende uma merreca, menos até que a poupança nas condições atuais. Em tese, é vantagem para todo mundo sacar o seu saldo e aplicar em outra coisa. Ressalvo o “em tese” porque falta confirmar se o governo vai impor alguma contrapartida aos trabalhadores que retirarem seu dinheiro do fundo.
Paulo Guedes confirmou ontem à noite que o volume de saques será da ordem de R$ 42 bilhões, sendo R$ 30 bilhões em 2019 e outros R$ 12 bilhões em 2020. Ele não falou da adoção do limite de R$ 500 por conta, mas o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmou a informação hoje cedo.
Confesso que fiquei #chateada com esse limite. Mas, para a maioria dos brasileiros, ele não fará diferença. A maioria das contas do fundo tem valores baixos depositados. Apenas como referência, quando o ex-presidente Michel Temer liberou o saque da totalidade das contas inativas até 2015, a medida beneficiou 30 milhões de pessoas. Mais da metade tinha até R$ 500 para sacar e 80% abaixo de R$ 1.500.
Se você é profissional autônomo ou empresário e não tem saldo no FGTS nem pense em ignorar esse assunto. A medida terá impacto na economia, com potencial de dar um gás para o varejo e o segmento de viagens, por exemplo. É o tal do efeito na economia real, que mexe com o bolso de todo mundo.
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Quem investe em bolsa deve prestar atenção às ações das empresas que crescem com o consumo interno, como varejo e o setor de viagens. Se a medida vier parruda, elas devem se beneficiar - mas se o governo servir um chopp cheio de espuma aí o mercado pode se decepcionar.
Outro segmento que está de olho na medida é a construção civil, especialmente empresas focadas em imóveis para a baixa renda, como a MRV. O setor mostrou preocupação com a liberação do dinheiro do FGTS, já que o recurso é usado para financiar a compra da casa própria. Para essas ações, a tendência é o contrário: se o anúncio for “miado” elas tendem a se beneficiar.
Lá fora, os mercados dão sinais de cautela. As bolsas da Ásia fecharam em queda, tendência que se mantém na abertura do pregão da Europa e no pré-mercado das bolsas americanas.
Ontem, o Ibovespa voltou a patinar e acabou encerrando o dia com queda de 0,24%, aos 103.704,28 pontos. O dólar fechou em alta de 0,92%, a R$ 3,77. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Olha o gás!
Enquanto o anúncio do FGTS não sai, o ministro Paulo Guedes usa o microfone para falar das mudanças no setor de gás. Ele disse que o “Novo Mercado de Gás" vai quebrar o monopólio da Petrobras no setor e contribuir para a queda do preço do gás natural nos próximos dois anos. Saiba mais.
Falando em Petrobras...
Saiu o preço das ações que a Petrobras pretende vender na oferta da BR Distribuidora. O valor ficou em R$ 24,50 e, com isso, a estatal deve captar até R$ 9,6 bilhões, considerando a possibilidade de oferta de um lote suplementar. Com a operação, a participação da estatal na BR Distribuidora pode cair para 37,5%. Saiba mais.
Marcas da luta
A Cielo teve mais um trimestre difícil. Depois de ver a concorrência acirrar, a líder do setor das maquininhas viu seu lucro cair um terço entre abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado (R$ 431,2 milhões) foi pior do que os analistas esperavam. A Cielo até conseguiu elevar o número de maquininhas nas ruas e o volume transacionado no período, mas para isso teve que deixar dinheiro na mesa. O Vinícius Pinheiro traz os destaques do balanço da companhia.
Alemão em crise
Ontem eu falei aqui que algo está muito errado quando um banco tem prejuízo. Hoje tenho um exemplo para mostrar: Deutsche Bank registrou um prejuízo líquido de 3,15 bilhões de euros no segundo trimestre. O banco alemão vive até hoje as consequências da crise de 2008, que afetou o sistema financeiro mundial. A instituição já tinha “avisado” os investidores que traria um resultado ruim no trimestre, consequência de um plano de reestruturação que culminará com a demissão de 18 mil pessoas. O resultado, no entanto, veio pior que o previsto e as ações do banco estão apanhando no pré-marcado de Nova York.
Agenda
Bancos Centrais
- BC apresenta dados semanais sobre o fluxo cambial
Balanços
- Telefônica, GPA e Carrefour divulgam os resultados do segundo trimestre de 2019
- No exterior, Deutsche Bank, Peugeot, Boeing, Facebook, Ford Motor, AT&T e Caterpillar apresentam os seus balanços
Indicadores
- Petrobras divulga relatório de produção e vendas
- A FGV divulga a 3ª quadrissemana do IPC-S Capitais
- IHS Markit apresenta os dados preliminares do índice de gerentes de compras (PMI) de julho da zona do euro, da Alemanha e dos Estados Unidos
- Os EUA ainda divulgam o número de vendas de moradias novas
Política
- Governo de Jair Bolsonaro anuncia a liberação de recursos do FGTS e do PIS/Pasep
- Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, se reúne com lideranças dos caminhoneiros para discutir nova tabela de fretes
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
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