Oblivion, um tango triste
Ontem à noite eu já sabia que o assunto de hoje no mercado seria a Argentina. Após o resultado da prévia eleitoral no país vizinho, que mostrou a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner bem à frente daquela encabeçada pelo atual presidente Mauricio Macri, começaram a pulular no Twitter os comentários (e memes) de gente de mercado preocupada com o resultado das eleições argentinas em outubro.
Um dos memes, no melhor estilo “rir pra não chorar”, fazia piada com a rivalidade Brasil-Argentina: “Chupa Joesley Day!!” A comparação não é esdrúxula. A segunda-feira foi, para os hermanos, um Joesley Day multiplicado por três. A reação dos mercados foi dramática como um tango: a bolsa caiu mais de 35%, o dólar subiu 15% frente ao peso e o banco central argentino elevou a taxa de juros para 74%. A inflação projetada para o fim do ano agora está em torno de 50%.
A vitória de uma chapa potencialmente populista sobre o governo liberal de Macri, que tenta a reeleição, foi uma surpresa, dado que os investidores confiavam que o atual presidente argentino estava com a vantagem. E as consequências negativas não foram sentidas apenas no país vizinho: os ecos do bandoneon também foram ouvidos por aqui.
Um retorno do kirchnerismo simboliza, para o mercado, a volta do intervencionismo econômico, possibilidade de calote e coisas do tipo. E embora a questão argentina possa ser considerada um problema menor em comparação a desafios como a guerra comercial, para nós brasileiros o buraco é mais embaixo.
Aos olhos do mundo (e dos grandes investidores internacionais), somos todos emergentes e latino-americanos. Partilhamos alguns balaios, além de sermos parceiros comerciais. Dá até para ir além: a situação da economia argentina hoje nos é muito familiar e ainda somos assombrados pelo fantasma do retorno àquela situação. Poderia o Brasil vir a se tornar uma Argentina e, junto com os hermanos, cair no esquecimento para os mercados internacionais?
Meu colega Eduardo Campos escreveu esta ótima análise sobre por que essa nova crise política argentina também é problema nosso, e os reflexos que ela pode vir a ter no seu bolso. Recomendo muito a leitura!
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Por una cabeza
Nos mercados brasileiros foi possível ouvir um pouco do tango triste que tocou em Buenos Aires hoje, principalmente na cotação do dólar, que chegou a romper o patamar dos R$ 4 novamente pela manhã e que fechou em R$ 3,98. Mas a queda do Ibovespa e a alta do dólar refletiram um movimento de aversão ao risco maior no mundo, que levou os investidores a retirar as suas apostas dos cavalos emergentes e se refugiar no cavalo da moeda americana, considerado mais seguro. O Victor Aguiar te conta tudo sobre os motivos que derrubaram as bolsas e fortaleceram o dólar nesta segunda-feira.
O jardim dos caminhos que se bifurcam
Além de eventualmente acabar se tornando a Argentina economicamente falando, outro possível destino do Brasil seria passar por uma crise cambial a reboque do cenário de crise vindo do país vizinho. Mas, no que depender do nosso Banco Central, isso não vai acontecer, e tomaremos um rumo mais tranquilo. Segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o Brasil tem uma posição cambial líquida bastante sólida, uma espécie de “colchão” para absorver os impactos que vêm de fora. Campos Neto também falou sobre a perspectiva de o país entrar numa recessão técnica e do que pode vir a acontecer com as taxas de juros.
El día que me quieras
Passada a reforma da Previdência na Câmara, os olhos do mercado se voltam para a reforma tributária. A equipe de Paulo Guedes havia prometido para agosto a apresentação de seu próprio projeto ao Congresso, mas ao que tudo indica os parlamentares vão ter que esperar um pouco mais. Nesta segunda-feira, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, arriscou um prazo. Enquanto isso, na Câmara, onde já tramita uma proposta de reforma nos impostos, Rodrigo Maia tenta costurar apoio às mudanças. Mas, segundo ele, a aprovação será mais difícil que a da reforma da Previdência.
Libertango
As eleições de 2018 estiveram cercadas de expectativa para os investidores no quesito privatizações. Os candidatos vencedores traziam consigo uma agenda robusta de vendas de estatais, inclusive no âmbito estadual. Dois exemplos claros foram as vitórias de Romeu Zema em Minas Gerais e Eduardo Leite no Rio Grande do Sul. Mas passado quase um ano da votação, a realidade se mostrou um pouco diferente do esperado. É bem verdade que, em Minas, o caráter liberal e desestatizante do governador permanece, mas a privatização da Cemig vem encontrando obstáculos; já nas terras gaúchas, a gestão estadual enterrou um dos seus grandes projetos nesse sentido.
A loteria da Babilônia
Muitos dos que me leem aqui na newsletter ou lá no Seu Dinheiro têm o objetivo claro de investir bem para a aposentadoria, ainda mais frente às mudanças iminentes na Previdência Social. E quando o assunto é planejamento de longo prazo, é sempre bom ouvir a voz da experiência. Do alto dos seus 79 anos, nosso colunista Ivan Sant’Anna já passou por altos e baixos no mundo dos investimentos e faz um alerta: tratar o mercado como uma roleta e não se preparar adequadamente para o futuro é um risco tremendo. Há quem perca tudo por especular demais, enquanto que, lá na frente, a conta sempre vem, e cada vez mais alta. Você quer uma aposentadoria tranquila, ou viver à mercê do acaso, como os apostadores da loteria da Babilônia de Jorge Luis Borges? Então recomendo a leitura do texto do mestre!
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