Campos Neto: Trocar inflação controlada por crescimento de curto prazo é voo de galinha
Para presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, não conseguimos nos livrar das incertezas e isso explica a decisão de adiar investimentos
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez uma enfática defesa da missão institucional do BC de controle da inflação. Também reafirmou que o câmbio tem flutuação livre e que sem confiança na estabilidade fiscal é impossível manter juro baixo.
“Nossa meta é inflação. A melhor forma de crescer de forma estável é ter inflação sobre controle e expectativa de inflação ancorada”, disse Campos Neto.
As afirmações reforçam a estabilidade da Selic em 6,5% ao ano, apesar da crescente expectativa de parte do mercado de uma retoma no ciclo de baixa.
O presidente respondeu aos questionamentos de deputados e senadores em audiência conjunta na Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Ele foi questionado sobre a estabilidade da Selic, mesmo com a atividade perdendo força.
Campos Neto disse que o BC está acompanhado três fatores para determinar a política monetária. O cenário externo, que pode tirar ou injetar liquidez. O cenário de reformas internas e o hiato do produto, ou o quanto há de ociosidade na economia.
Segundo o presidente já tentamos, diversas vezes na nossa história, fazer essa troca de inflação mais alta por crescimento mais alto e deu errado. “Crise de 2014 foi isso, perdemos credibilidade e pagamos uma conta de recessão de 3,5% ao ano por dois anos”, disse.
Leia Também
“Achar que vamos trocar inflação controlada por crescimento de curto prazo é voo de galinha”, afirmou.
Menos Estado
O presidente também reafirmou sua crença na redução do Estado. “Qualquer iniciativa para reduzir o governo eu sou a favor”, disse.
Peguntado sobre a causa do baixo crescimento e graves problemas fiscais dos últimos anos, Campos Neto não titubeou: "O principal erro foi achar que todo o crescimento seria feito pelo governo e não pelo setor privado".
Segundo Campos Neto, o governo ocupou o espaço do setor privado de tal forma, que o setor privado ficou sem capacidade de reação. A solução, agora, é privada. É fazer o chamado "crowding in" privado em substituição ao "crowding out" feito pelo setor público.
Crescimento
Campos Neto afirmou que o BC também ficou "decepcionado" com os dados de crescimento e que menciona isso na ata de sua última reunião. Por outro lado, a ata também fala em retomada. “Achamos que o crescimento foi parcialmente interrompido.”
Na sequência, o presidente listou os choques que atingiram a economia desde o ano passado e que ainda repercutem sobre a atividade. O primeiro evento foi uma forte instabilidade de emergentes, que arrastou Argentina e Turquia e também teve repercussões por aqui.
Na sequência, ocorreu a greve dos caminhoneiros, com efeito maior do que o previsto sobre o PIB. Saímos desse choque e entramos nas eleições, que causaram grande incerteza. “Quem tinha dinheiro para investir, espera”.
Segundo Campos Neto, o investidor esperou, esperou e ainda está esperando, pois o novo governo assumiu e os investidores viraram que tínhamos uma trajetória fiscal “que não é compatível”.
“Não existe país com inflação ancorada, juro baixo e com fiscal desarrumado. Mercado está esperando as reformas. Não conseguimos nos livrar das incertezas e isso explica um pouco a decisão de adiar os investimentos”, disse.
Para Campos Neto, quanto mais sinalizarmos aos investidores que “estamos falando sério” de que vamos encarar o problema fiscal, “mais rápido retornam os investimentos”.
“Para o BC, o importante é o fiscal. Temos um caso fiscal. Governo fala que tem algumas frentes para atacar esse problema. Como reformas, privatizações, eficiência. Para o BC, o importante é que o conjunto das medidas fiscais gerem credibilidade e crescimento”, disse.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Câmbio e reservas
Respondendo a perguntas e críticas sobre atuações cambiais e reservas internacionais, Campos Neto disse que o Copom decide a política monetária e que as decisões de política cambial são do colegiado, não é uma única pessoa que toma decisão de intervir no mercado.
Além disso, o presidente lembrou que o BC não tem meta para de câmbio. “Por isso não temos comitê de câmbio, acreditamos em câmbio flexível”, explicou.
“As operações cambiais são feitas para atender momentos com gap de liquidez para cima e para baixo. Não usamos política cambial para fazer política monetária. O câmbio é a parte do tripé que é livre”, resumiu.
Sobre as reservas internacionais, Campos Neto disse que acontece uma frequente confusão, entre custo de reservas e dívidas e seus custos e benefícios. Ele lembrou que olhando os custos de carregamento entre 2008 e 2018, foi positivo em R$ 70 bilhões.
“Reservas são como um seguro. E foram muito importantes para o país”, disse, lembrando da fortes instabilidade de meados do ano passado, que pegou mais forte, justamente, os países que não tinha reservas, como Argentina e Turquia.
“O Brasil, com estoque grande de reservas, passou ileso nessa crise”, lembrou.
Segundo Campos Neto, as reservas cumpriram e cumprem a função de ser um seguro e é um seguro mais barato agora. Cabe avaliar que quanto isso vale como seguro e seu custo de carregamento.
Respondendo a um comentário de que as reservas não serviram de nada, pois o país perdeu o grau de investimento, Campos Neto disse que “a razão número um para perda de rating foi fiscal, fiscal e fiscal”.
“As reservas não têm relação com isso, são um ativo e passivo. Reservas tem que ser separadas do debate fiscal, de gastar mais do que arrecadar”, disse.
Banco do Brasil (BBAS3) oferece até 70% de desconto na compra de imóveis em todo o país
A nova campanha reúne mais de 150 imóveis urbanos disponíveis para leilão e venda direta, com condições especiais até 15 de dezembro
Curiosos ou compradores? Mansão de Robinho, à venda por R$ 11 milhões, ‘viraliza’ em site de imobiliária; confira a cobertura
No mercado há pelo menos seis meses, o imóvel é negociado por um valor acima da média, mas tem um motivo
Este banco pode devolver R$ 7 milhões a 100 mil aposentados por erros no empréstimo consignado do INSS
Depois de identificar falhas e cobranças irregulares em operações de consignado, o INSS apertou o cerco contra as instituições financeiras; entenda
A decisão da Aneel que vai manter sua conta de luz mais cara em novembro
Com o nível dos reservatórios das hidrelétricas abaixo da média, a Aneel decidiu manter o custo extra de R$ 4,46 por 100 kWh, mas pequenas mudanças de hábito podem aliviar o impacto no bolso
Cosan (CSAN3) levanta R$ 9 bilhões em 1ª oferta de ações e já tem nova emissão no radar
Em paralelo, a companhia anunciou que fará uma segunda oferta de ações, com potencial de captar até R$ 1,44 bilhão
Lotofácil 3529 tem 16 ganhadores, mas só um deles fica mais perto do primeiro milhão
A Lotofácil tem sorteios diários e volta à cena nesta terça-feira (4) com um prêmio maior do que de costume. Isso porque o sorteio de hoje tem final zero, para o qual é feita uma reserva especial.
Laika vai para o espaço: a verdadeira história da ‘astronauta caramelo’
Há exatos 68 anos, a cadela Laika fazia história ao ser o primeiro ser vivo a deixar a órbita do planeta Terra rumo ao espaço
Serasa inicia o Feirão Limpa Nome 2025 com descontos de até 99% e dívidas parceladas por menos de R$ 10
Mutirão do Serasa reúne mais de 1.600 empresas e oferece condições especiais para quem quer encerrar o ano com o nome limpo
Convocação da seleção brasileira: última lista de Ancelotti em 2025 derruba valor da equipe canarinho
A última convocação da seleção brasileira de Ancelotti em 2025 trouxe novidades como Luciano Juba e Vitor Roque, mas fez o valor de mercado da equipe cair
Convocação da Seleção Brasileira: veja onde assistir ao vivo à última lista de Ancelotti em 2025
A última convocação de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira acontece nesta segunda (3); veja o horário e onde assistir ao anúncio ao vivo
Receita coloca organizações criminosas na mira e passará a exigir o CPF de todos os cotistas de fundos de investimentos; entenda o que você precisa fazer
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa foi inspirada na Operação Carbono Oculto, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fundos de investimento
Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos
Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados
Maré baixa para fundos de infraestrutura isentos de IR, dados de PMI, e o que mais o investidor precisa saber hoje
Rentabilidade das debêntures incentivadas, isentas de IR, caiu levemente mês passado, mas gestores se preocupam com ondas de resgates antecipados; investidores também estão de olho em dados econômicos internacionais e na fala de dirigente do Fed
Decisão do Copom, balanço da Petrobras (PETR4) e mudança de horário das bolsas — confira a agenda econômica da semana
A temporada de resultados pega fogo aqui e lá fora, enquanto a política monetária também dá o tom dos mercados no exterior, com decisão na Inglaterra, discursos do BCE e ata do BoJ
Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança
A Bolsa de Valores brasileira ajusta o pregão para manter sincronia com os mercados de Nova York, Londres e Frankfurt. Veja o novo horário completo
Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões
Se a Lotofácil e a Quina entraram em novembro com o pé direito, o mesmo não pode ser dito sobre a Mega-Sena, que acumulou pelo terceiro sorteio seguido
Quina desencanta e faz 19 milionários de uma vez só, mas um deles vai ficar bem mais rico que os outros
Depois de acumular por 14 sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio das loterias sorteadas pela Caixa na noite de sábado, 1º de novembro
Lotofácil entra em novembro com o pé direito a faz um novo milionário no Nordeste
Ganhador ou ganhadora Lotofácil 3528 poderá sacar o prêmio a partir de amanhã, quando vai mudar o horário dos sorteios das loterias da Caixa
De hacker a bilionário: o único não herdeiro na lista de ricaços brasileiro antes dos 30 da Forbes construiu seu patrimônio do zero
Aos 28 anos, Pedro Franceschi é o único bilionário brasileiro abaixo dos 30 que construiu sua fortuna do zero — e transformou linhas de código em um império avaliado em bilhões
Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão
Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação
