Reconhecendo o erro
Bolsonaro entregou PEC da Previdência ao Congresso e disse que errou ao se contrário à reforma quando era deputado
Como política também se faz com gestos, o presidente Jair Bolsonaro fez dois movimentos relativamente importantes neste dia. Foi ao Congresso Nacional entregar pessoalmente o projeto da reforma da Previdência e disse que errou ao ter se posicionado contra uma reforma na sua época de deputado.
O assunto também esteve presente na coletiva de imprensa para explicar a medida, que durou mais de 4 horas, mas o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, soube lidar com o tema, dizendo que “temos um presidente que ouve, analisa e decide” e que Bolsonaro está convencido de que esse é o melhor projeto para o Brasil.
O governo também está ciente de que texto apresentado, que prevê uma economia de R$ 1,1 trilhão ao longo de dez anos, não necessariamente será mantido pelo Congresso, que vai “aperfeiçoar e discutir” a proposta.
A grande questão, agora, é saber qual será o grau de diluição dessa proposta, ou seja, até que ponto o governo vai alterar pontos do projeto original para obter o número de votos necessários à aprovação da reforma.
A percepção não só minha, mas de alguns participantes do mercado e analistas políticos, desde o fim do ano passado, é que alguma reforma será aprovada. Só ainda não sabemos que reforma será essa e qual será seu impacto sobre as contas públicas. E essa dúvida ainda vai persistir por mais alguns meses.
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