Caged aponta criação de 129 mil empregos formais em abril; serviços lideram vagas
Resultado divulgado pelo governo, em linha com as expectativas de mercado, foi o melhor para o mês desde 2013
O mercado de trabalho brasileiro criou 129.601 empregos com carteira assinada em abril, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Ministério da Economia.
O saldo de abril decorre de 1,374 milhão de admissões e 1,245 milhão de demissões.
Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013. Em abril de 2018, a abertura líquida de vagas havia chegado a 115.898, na série sem ajustes.
O resultado de abril ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de fechamento de 23.000 a abertura de 160.100 vagas, com mediana positiva de 78.000 postos de trabalho.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2019, o saldo do Caged é positivo em 313.835 vagas. Já em 12 meses até abril, o saldo é positivo em 477.896 postos de trabalho.
Serviços puxa o bonde
O resultado do mês foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 66.290 postos formais, seguido pela indústria de transformação, que abriu 20.479 vagas de trabalho.
No setor serviços, os segmentos de serviços médicos, odontológicos e veterinários lideraram a criação de empregos, com 20.589 vagas. Os segmentos de comércio e administração de imóveis criaram 13.023 postos de trabalho. "O aumento relacionado a aluguéis e serviços de engenharia mostra que a construção civil tem mostrado recuperação", avaliou Magalhães.
Os segmentos de transportes e comunicações registraram a criação de 11.102 vagas no mês passado. "A maior parte se refere à abertura de empregos no transporte de cargas, sinalizando um maior dinamismo no varejo", acrescentou o coordenador. Já os serviços de educação abriram 9.270 vagas em abril.
Já no setor industrial, o destaque foi o segmento de produtos alimentícios, com 9.884 vagas em abril, puxadas pela fabricação de álcool. Na sequência, a indústria química abriu 7.680 vagas no mês. Já a indústria têxtil criou 1.845 postos de trabalho.
Por outro lado, houve fechamento de 1.136 vagas na indústria de papel e produtos gráficos. "Com a substituição pelos meios digitais, a perda de emprego nesse segmento é estrutural e tende a continuar ao longo do tempo", explicou Magalhães.
Na construção civil, a abertura de 14.067 postos foi impulsionada pela criação de 5.365 vagas na construção de edifícios, seguidos pelos 2.148 empregos na construção de rodovias e ferrovias. Houve ainda a abertura de 1.525 postos de trabalho no segmento de instalações elétricas.
Salário médio volta a cair
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve queda real de 1,32% em abril de 2019 ante o mesmo mês de 2018, para R$ 1.584,51. Na comparação com março, houve alta de 0,45%.
O maior salário médio de admissão em abril ocorreu na atividade extrativa mineral, com R$ 2.432,65, puxado pelos salários da Petrobras. Já o menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.327,02.
Contratos intermitentes também criam vagas
Os dados do Caged também mostraram a criação líquida de 5.422 empregos com contrato intermitente em abril.
O resultado é fruto de admissões totais de 9.972 trabalhadores e 4.550 demissões.
Houve ainda a abertura de outras 2.827 vagas pelo sistema de jornada parcial. As duas novas modalidades foram criadas pela Reforma Trabalhista.
O Caged informou também que houve 17.513 desligamentos por acordo no mês de abril.
Governo comemora
Em coletiva de imprensa após a divulgação dos dados, o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, avaliou como positivo o comportamento do mercado de trabalho.
"O Caged de abril tradicionalmente é positivo e esse mês não decepcionou. Todas as regiões do País registraram melhora no emprego em abril. E foram 23 Unidades da Federação com abertura de vagas e penas quatro Estados com perda de empregos", afirmou.
*Com Estadão Conteúdo.
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