Dólar para cima, juros para baixo: economia de Guedes
Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que é bom o país se acostumar com o patamar elevado da moeda estrangeira
O mercado internacional renova as esperanças de que Estados Unidos e China irão assinar a fase um do acordo comercial ainda neste ano, após relatos de que os representantes dos dois países tiveram uma conversa por telefone - a segunda em duas semanas - e que houve consenso sobre questões relevantes. Mas essa notícia não chega a empolgar os negócios no exterior.
Afinal, os investidores já estão acostumados com relatos de progresso nas negociações comerciais e aguardam ansiosamente pela assinatura em si de um acordo. Por aqui, os investidores também devem se acostumar com juros mais baixos e câmbio mais alto, conforme recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes. No mesmo dia em que o dólar bateu novo recorde, fechando acima de R$ 4,20, ele afirmou que o câmbio de equilíbrio é mais alto.
Segundo o ministro, o patamar elevado da moeda estrangeira deve durar “um bom tempo” e isso ainda não foi compreendido pela maior parte da população. Talvez, por isso, o mercado doméstico vem sustentando uma desvalorização mais acentuada do real, o que vinha sendo justificada pela saída de recursos externos do país, em meio à perda de atratividade pelo diferencial de juros pago no país em relação ao praticado no exterior, entre outros fatores.
Aliás, a chegada do capital estrangeiro, diante da perspectiva de melhora da economia brasileira em 2020, ainda é só uma promessa. Antes, porém, os negócios por aqui tendem a sofrer com a escassez de recursos externos, em um período sazonal de maior procura por dólar e em meio à turbulência na América Latina, agora com os protestos na Colômbia e as eleições presidenciais - ainda indefinidas - no Uruguai entrando no radar.
Mudança na pauta
Talvez, por isso, os investidores estrangeiros têm adiado suas apostas no Brasil, temendo algum risco de contágio dos protestos da região e esperando reflexos da agenda de reformas no crescimento econômico do país. Mas o ministro Paulo Guedes foi além e chamou de "quebradeira" possíveis manifestações de rua contra as reformas propostas pela equipe econômica.
Guedes voltou a ventilar a ideia de "alguém pedir o AI-5", se houver uma radicalização, mas avisou para ninguém se assustar. Já o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional consideram mudar a estratégia e adotar uma abordagem “mais social”, de modo a evitar agitação nas ruas nos moldes do que se tem visto nos países vizinhos.
Leia Também
O objetivo seria discutir e aprovar medidas mais positivas - em termos de popularidade. Tanto que o presidente Jair Bolsonaro já fala em adiar a reforma administrativa - que autoriza cortes de jornada e salários de servidores, bem como propõe o fim da estabilidade de emprego em algumas áreas - diante do receio de uma reação negativa do funcionalismo público.
Isso significa que o texto, prometido para 2019, deve ficar para 2020. Além disso, a saída de Bolsonaro do PSL desestruturou a base de apoio do governo no Congresso, que já não era muito sólida. Diante de tantos ruídos, os investidores ajustam suas carteiras na reta final do mês, buscando um maior equilíbrio entre o cenário turbulento de curto prazo e o horizonte mais promissor à frente.
Exterior em ritmo lento
Lá fora, os mercados globais já se ressentem da menor liquidez nos negócios nos próximos dias, por causa do feriado de Ação de Graças, o mais importante nos EUA, na quinta-feira. Com isso, Wall Street testa o fôlego para esticar o rali recente, um dia após o S&P 500 e o Nasdaq renovarem os níveis recordes. Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York oscilam na linha d’água, com leve alta.
Ou seja, a visão mais positiva dos investidores em relação às negociações comerciais é substituída por uma postura mais defensiva, diante das dúvidas sobre quando um acordo será assinado e se questões mais sensíveis serão contornadas. Os investidores temem que não haja consenso antes de 15 de dezembro, resultando em novas tarifas norte-americanas contra produtos chineses e atingindo em cheio a lista de compras de fim de ano.
Na Ásia, a sessão foi mista, com leves ganhos em Tóquio e oscilações laterais em Xangai. Hong Kong, por sua vez, caiu, apesar do salto de 8% das ações da Alibaba, na estreia dos negócios na bolsa da ex-colônia britânica. As principais bolsas europeia também estão de lado. Nos demais mercados, o petróleo tem leves baixas, ao passo que o dólar mede forças em relação às moedas rivais e o rendimento dos títulos norte-americanos estão de lado.
Agenda sem destaques
A agenda econômica do dia traz dados domésticos sobre o custo e a confiança na construção civil em novembro (8h), além do relatório do Tesouro sobre a dívida pública em outubro (10h). No exterior, também serão conhecidos números do setor imobiliário nos EUA, a partir das 11h, além da confiança do consumidor norte-americano (12h).
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
