Sai guerra comercial, entra temporada de balanços
Mercado se prepara para os resultados trimestrais das empresas, enquanto aguarda novidades do acordo entre EUA e China

A guerra comercial entre Estados Unidos e China sai de cena e o mercado financeiro volta as atenções para o início da temporada de balanços norte-americana, que pode dar pistas sobre o impacto da disputa entre as duas maiores economias do mundo na atividade. A safra nos EUA começa com os resultados trimestrais dos bancos JP Morgan, Goldman Sachs, Wells Fargo e Citigroup, antes da abertura do pregão em Wall Street.
Mesmo assim, os investidores ainda aguardam detalhes do acordo parcial firmado entre EUA e China em Washington, selando a primeira fase após 13 rodadas de negociação. Mas ao que tudo indica, a reação otimista do mercado ao “mini acordo” parece ter sido exagerada e os ganhos dos ativos globais na última sexta-feira em reação ao compromisso alcançado podem ter sido desproporcionais. Por isso, recomenda-se cautela.
Afinal, os termos ainda são desconhecidos, sendo que a China ainda quer ter novas conversas antes de bater o martelo e assinar o acordo parcial durante cúpula no Chile. Além disso, não há sinais de que as tarifas já em vigor serão retiradas em breve. Questões cruciais entre os dois países, relacionadas à tecnologia, tampouco foram endereçadas. Por essas razões, a guerra comercial continua sendo um risco à economia mundial.
Os investidores se voltam, então, para a temporada de balanços nos EUA referente ao terceiro trimestre deste ano, para mensurar o contágio da disputa sino-americana no desempenho financeiro das empresas, em meio à desaceleração do crescimento econômico global. A expectativa é de que não se repita o desempenho no trimestre anterior, quando o recuo no lucro de cinco grandes companhias listadas no S&P 500 foi responsável pela primeira queda na safra desde 2017.
Exterior em alta
Nesta manhã, porém, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no azul, sinalizando uma volta do fim de semana prolongado no terreno positivo, o que embala a abertura do pregão europeu, após uma sessão mista na Ásia. Xangai e Hong Kong encerraram no vermelho, enquanto Tóquio subiu quase 2%, também voltando aos negócios após o feriado ontem.
O juro projetado pelos títulos norte-americanos também volta do feriado em alta, ao passo que o dólar mede forças em relação às moedas rivais. A libra esterlina se fortalece, em meio à negociações entre União Europeia (UE) e Reino Unido em busca de um acordo, apesar das dificuldades crescentes. A lira turca também ganha terreno frente ao dólar, em meio à crescente tensão entre o governo Trump e a Turquia. O petróleo recua.
Leia Também
Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa
A ver como esse desempenho dos mercados no exterior irá influenciar os negócios locais, em meio à agenda econômico mais fraca nesta terça-feira. Ontem, a liquidez reduzida deixou os ativo domésticos oscilando, sem um rumo definido, com os investidores apoiando-se apenas na perspectiva de juros mais baixos e por um período mais prolongado.
Dia de agenda fraca
O calendário econômico está esvaziado no Brasil, o que desloca as atenções para o exterior. Lá fora, porém, a agenda de indicadores também está mais fraco, trazendo apenas o desempenho da atividade industrial na região de Nova York (Empire State) neste mês, às 9h30, e o índice ZEW de sentimento econômico na zona do euro em outubro, logo cedo.
Ainda na temporada de balanços nos EUA, também são esperados os demonstrativos contábeis de Johnson & Johnson e UnitedHealth Group referentes ao segundo trimestre.
BNDES corta participação na JBS (JBSS3) antes de votação crucial sobre dupla listagem nos EUA — e mais vendas podem estar a caminho
A BNDESPar reduziu a participação no frigorífico para 18,18% do total de papéis JBSS3 e agência alerta que a venda de ações pode continuar
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora
O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?
Ibovespa (IBOV) encerra o pregão com novo recorde, rompendo a barreira dos 140 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Felipe Miranda: A bifurcação de 2026
Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
É hora do Brasil? Ibovespa bate novo recorde de fechamento aos 139.636 pontos, após romper os 140 mil pontos ao longo do dia
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Do divórcio a um possível recasamento: O empurrãozinho de Trump para novo acordo entre União Europeia e Reino Unido
Cinco anos depois da formalização do Brexit, UE e Reino Unido celebram amplo acordo sobre comércio e defesa
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
BDR ou compra direta de ações no exterior: qual a melhor forma de investir em empresas listadas em bolsas gringas?
Recibos de ações estrangeiras facilitam o acesso da pessoa física a esses ativos, mas podem não ser o melhor caminho a seguir, no fim das contas; entenda por quê
‘Vocês vão ter que me engolir!’ O dia em que Donald Trump foi criticar o Walmart e invocou Zagallo (sem saber)
Trump e Zagallo têm pouca coisa em comum, mas uma declaração do presidente norte-americano colocou os dois na mesma página por um instante
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas