🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Guerra Comercial e Previdência norteiam mercados

Negociações comerciais entre EUA e China e tramitação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados são os principais vetores do mercado financeiro

Olivia Bulla
Olivia Bulla
8 de abril de 2019
5:22 - atualizado às 6:13
Semana tem agenda intensa com dados de atividade e inflação no Brasil e no mundo

A guerra comercial e a reforma da Previdência continuam sendo os principais vetores do mercado financeiro no curto prazo, deixando os investidores reféns do noticiário sobre esses dois temas. O término de mais uma rodada de negociações de alto nível entre Estados Unidos e China, na semana passada, mantém elevadas as expectativas por um desfecho em breve, enquanto a tramitação da proposta do governo Bolsonaro de novas regras para aposentadoria pode ter novidades nesta semana.

O presidente da CCJ na Câmara, o deputado Felipe Francischini, quer antecipar o início da discussão na comissão para a próxima segunda-feira, dia 15, de modo a garantir a votação da proposta no dia 17, às vésperas do feriado da Sexta-feira da Paixão. Para tanto, o relator da reforma da Previdência, Marcelo Freitas, precisa apresentar um parecer até amanhã.

A previsão é de que o relatório tenha entre 20 e 25 páginas e seja lido na terça-feira. Apesar de o relator afirmar que o texto vai considerar as queixas da oposição, deve haver pedido de vista dos deputados entre quarta e quinta-feira. Ainda assim, a expectativa é de que a proposta seja aprovada no colegiado, seguindo para uma comissão especial.

Esforço coletivo

É nesta segunda etapa que os deputados podem propor alterações no conteúdo do texto, antes de submetê-lo a duas votações, no plenário da Casa. Nesse entretempo, o Executivo terá de formar uma base aliada no Legislativo para garantir a aprovação da Previdência com, pelo menos, 308 votos dos deputados.

Na reunião da semana passada entre o presidente Jair Bolsonaro e presidentes de partidos, nenhuma sigla “fechou questão”, mas reconheceram a necessidade de mudar as regras da Previdência. Segundo o presidente, trata-se de uma “causa” que une os poderes. Juntos, os partidos que foram recebidos por Bolsonaro somam menos de 200 deputados.

Resta saber como se dará esse “esforço coletivo” para ajustar os pontos da proposta, sem possíveis contrapartidas, em meio à queda na aprovação do governo. Segundo o Datafolha, Bolsonaro registrou a pior avaliação após três meses de mandato entre os presidentes eleitos pela primeira vez desde a redemocratização em 1985.

Leia Também

Paras 30% dos brasileiros, o governo é ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%). O instituto ouviu pouco mais de 2 mil pessoas entre terça e quarta-feira passada, em 130 municípios. Porém, o presidente disse que não iria “perder tempo” comentando a pesquisa e avalia que, às vésperas de completar 100 dias de governo, “não há tanta notícia ruim” quanto a imprensa tem publicado.

Mais tempo

Já no exterior, o principal tema no radar dos mercados é a guerra comercial. Na última sexta-feira, EUA e China concluíram, sem percalços e com novos progressos, a nona rodada de negociações de alto nível, iniciada na quarta-feira. Os dois lados discutiram o texto do acordo e decidiram continuar as tratativas sobre os pontos mais delicados nesta semana.

Questões sobre transferência de tecnologia, proteção dos direitos de propriedade intelectual, medidas não-tarifárias, mecanismo de fiscalização, entre outras, seguem em aberto, inviabilizando um desfecho. Para especialistas, apesar de estarem cada vez mais perto de um acordo, falta uma abordagem prática e de cooperação ​​entre as duas maiores economias do mundo para chegar a um consenso.

Mas, como já dito aqui antes, a relação de confiança entre Pequim e Washington foi o maior perdedor nessa disputa, que já dura cerca de um ano. Com isso, os mercados internacionais iniciam a semana com cautela, à medida que o avanço das negociações entre EUA e China em direção a um acordo continua a se arrastar.

As principais bolsas da Ásia encerraram a sessão de hoje com leves perdas, à exceção de Hong Kong, que subiu 0,4%. Tóquio e Xangai caíram. Esse sinal ligeiramente negativo contamina os índices futuros das bolsas de Nova York, penalizando a abertura do pregão na Europa, que monitora o apelo da primeira-ministra britânica, Theresa May, à opinião pública e à classe política em relação ao Brexit.

A libra sobe, às vésperas da data final para a saída do Reino Unido da União Europeia, nesta sexta-feira. Já o dólar e o bônus do título norte-americano de dez anos (T-note) estão estáveis, após o presidente norte-americano, Donald Trump, voltar a pressionar o Federal Reserve, desta vez para afrouxar a política monetária, baixando os juros. É válido lembrar que, no ano passado, Trump criticou o Fed por elevar demais a taxa nos EUA.

Nas commodities, o petróleo sobe, em meio a combates na Líbia, que aumentam o risco de interrupção na oferta. Forças leais ao líder do Exército nacional líbio, Khalifa Haftar, tentam entrar em Trípoli, em uma escalada dos combates na região. Os metais básicos também avançam.

Semana tem dados de atividade e inflação

O calendário econômico desta semana está repleto de divulgações importantes, no Brasil e no exterior. Aqui, já nesta segunda-feira sai o IGP-DI de março (8h) e, amanhã, é a vez do desempenho do varejo doméstico em fevereiro. Na quarta-feira, merece atenção o resultado de março da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA), norte-americano e chinês.

No mesmo dia, será conhecida também a ata da reunião de março do Federal Reserve, quando a autoridade monetária abandonou a previsão de duas altas na taxa de juros dos EUA neste ano. Ainda na quarta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia a decisão de juros na zona do euro. Na quinta-feira, sai a estimativa para a safra agrícola nacional.

Já na sexta-feira, os destaques vão para a produção industrial na zona do euro, a confiança do consumidor nos EUA, a balança comercial na China e o desempenho do setor de serviços no Brasil. Também merecem atenção, no exterior, os resultados financeiros do bancos no primeiro trimestre deste ano, com o JPMorgan e Wells Fargo largando na frente.

Ainda lá fora, destaque para o encontro de primavera (no Hemisfério Norte) do Banco Mundial e do Fundo Monetário Nacional (FMI), a partir de amanhã. No Brasil, os dados domésticos de atividade em fevereiro a serem conhecidos nesta semana devem reforçar o ritmo lento da economia neste início de ano, sugerindo um desempenho fraco no primeiro trimestre.

Tal percepção tem levado o mercado financeiro a revisar para baixo a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, para abaixo de 2%. O relatório Focus do Banco Central hoje (8h25) deve trazer novas previsões, com o cenário comportado para a alta dos preços e do dólar, abrindo espaço para um aumento menor na taxa básico de juros (Selic) em 2020.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora

30 de abril de 2025 - 19:45

Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil

JUNTANDO OS TIJOLINHOS

Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa

30 de abril de 2025 - 13:57

Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3

TCHAU, QUERIDA?

Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora

30 de abril de 2025 - 12:48

Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava

TREINO ATIVO

Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas

30 de abril de 2025 - 11:08

Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente

28 de abril de 2025 - 20:00

Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.

PESQUISA

Desaprovação a Lula cai para 50,1%, mas é o suficiente para vencer Bolsonaro ou Tarcísio? Atlas Intel responde

28 de abril de 2025 - 18:13

Os dados de abril são os primeiros da série temporal que mostra uma reversão na tendência de alta na desaprovação e queda na aprovação que vinha sendo registrada desde abril de 2024

VOO BAIXO

Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)

28 de abril de 2025 - 14:43

O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

Conteúdo Empiricus

Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são

25 de abril de 2025 - 14:58

Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus

AGORA TEM FONTE

Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações

25 de abril de 2025 - 14:00

A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

A TECH É BIG

Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre

24 de abril de 2025 - 17:59

A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)

COMPRAR OU VENDER

Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo

24 de abril de 2025 - 16:06

Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles

METAL AMARELO

Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?

24 de abril de 2025 - 14:51

Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano

LADEIRA ABAIXO

Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs

24 de abril de 2025 - 14:17

Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius

NÚMEROS DECEPCIONANTES

A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca

24 de abril de 2025 - 11:26

Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault

Conteúdo Empiricus

‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado

24 de abril de 2025 - 10:00

CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar