Bula da Semana: Agenda cheia sugere volatilidade nos mercados
Ata do Copom, Relatório Trimestral de Inflação e votação da reforma da Previdência no Senado em destaque por aqui

Vem aí uma semana repleta de indicadores e relatórios oficiais sobre a economia brasileira. Vai ser até difícil escolher a qual reagir. E, diante de um cardápio tão variado de dados, a expectativa é de que os mercados locais de ações e câmbio reajam com alguma volatilidade pelo menos até a terça-feira, quando o Senado deve dar início à esperada votação da reforma da Previdência.
Já os contratos futuros de juros devem seguir com as taxas em queda, reagindo não apenas ao corte de juros promovido na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), mas à divulgação da ata da última reunião, prevista para a manhã de terça-feira.
A expectativa é de que o documento traga sinalizações mais claras sobre os próximos passos da autoridade brasileira em relação à Selic. O corte de meio ponto percentual anunciado na quarta-feira levou agentes dos mercados financeiros a recalibrarem suas apostas em relação aos próximos passos na descida da taxa de juro a um piso histórico.
A Selic encontra-se atualmente em 5,50%. Até a reunião da semana passada, a maioria das “casas” apostava que a Selic encerraria o ano em 5,00%. Mas a ação no juro básico e a sinalização do Copom de que mais cortes vêm por aí levaram diversas instituições financeiras a passarem a enxergar o fim do ciclo em algum ponto entre 4,00% e 4,75% até o início de 2020.
Alguns analistas, no entanto, começar a questionar quanto o BC será capaz de aguentar o quadro atual de taxa básica de juro extremamente baixa com o dólar em nível elevado sem uma intervenção mais enfática no câmbio. A moeda norte-americana segue firme acima dos R$ 4,00 e os investidores estrangeiros seguem retirando dinheiro do mercado financeiro brasileiro em busca de retornos mais elevados em outros lugares.
Outra sinalização importante do BC é esperada para a manhã de quinta-feira, quando será publicado o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), seguido de entrevista do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e de projeções oficiais atualizadas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Leia Também
Felipe Miranda: Recuperação técnica?
O andamento da reforma da Previdência também deve interferir no humor dos investidores. A expectativa é de que a proposta de emenda à constituição comece a ser votada em primeiro turno pelo Senado na terça-feira, já que uma sessão extraordinária está convocada para depois da sessão ordinária.
Entre os principais indicadores esperados para a semana figuram os dados preliminares de setembro da inflação oficial ao consumidor contidos no IPCA-15, as informações do IGP-M e os números referentes à taxa de desocupação (Pnad) calculado pelo IBGE.
Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:
Segunda-feira: A semana começa com as costumeiras publicações domésticas do dia, a saber, o relatório de mercado Focus (8h30) e os dados semanais da balança comercial (15h). Antes, às 8h, saem os dados sobre a confiança do consumidor em setembro e, depois, às 10h30, é a vez da nota do setor externo (10h30) em agosto. Já no exterior, serão conhecido indicadores de atividade na zona do euro e nos Estados Unidos, pela manhã.
Terça-feira: O dia começa com a publicação da ata da reunião do Copom, às 8h. Em seguida, às 9h, saem os dados do IPCA-15. Já a agenda norte-americana traz os números da produção industrial dos EUA em agosto. No decorrer do dia, a reforma da Previdência deve começar a ser votada em primeiro turno no Senado.
Quarta-feira: Atenção à sabatina de Augusto Aras, indicado ao posto de Procurador-Geral da República pelo presidente Jair Bolsonaro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Pela noite, o Banco do Japão (BoJ) divulga a ata de sua reunião de política monetária de julho.
Quinta-feira: O dia começa com a publicação pelo BC (8h) do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Às 11h, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, faz uma apresentação do documento, acompanhado do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em entrevista coletiva. A quinta-feira guarda ainda a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Nos EUA, o Departamento do Comércio divulga a terceira e última leitura para o PIB norte-americano do segundo trimestre (9h30).
Sexta-feira: A FGV divulga o IGP-M de setembro (8h) e o IBGE publica a pesquisa sobre a taxa de desocupação em agosto (9h). Nos EUA, saem os dados sobre renda e gastos pessoais dos norte-americanos referentes a agosto (9h30).
O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br
Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China
Sob forte pressão nas finanças, Raízen (RAIZ4) tem prejuízo de R$ 1,66 bilhão no ano e dívida avança 22%
O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior
Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim
O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas
Ação da Caixa Seguridade dispara na B3 após balanço bem avaliado e proposta de distribuir quase R$ 1 bi em dividendos. E agora, vale comprar CXSE3?
A seguradora da Caixa Econômica Federal (CEF) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado
Fraco, mas esperado: balanço da Usiminas (USIM5) desagrada e ações ficam entre as maiores quedas do Ibovespa
A siderúrgica teve um prejuízo líquido de R$ 117 milhões, abaixo das estimativas e revertendo o lucro de R$ 975 milhões visto no 4T23; veja os destaques do balanço
Ex-GetNinjas, Reag vai entrar no Novo Mercado da B3 e detalha cisão parcial; confira o que muda para os investidores
O avanço na cisão da Reag Investimentos faz parte das condições necessárias para a ex-GetNinjas entrar no seleto grupo da B3
Casas Bahia (BHIA3) quer captar até R$ 500 milhões com FIDC — após dois anos de espera e com captação menor que a prevista
O início operacional do fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) foi anunciado na noite da última quinta-feira (13), com um capital inicial de R$ 300 milhões
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
Até os franceses estão comprando ação brasileira e você não! O caso do Carrefour Brasil mostra as enormes oportunidades da bolsa
Há uma mensagem importante para os investidores nesta operação: as ações brasileiras — não só as do Carrefour — ficaram extremamente baratas
Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje
As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou
Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações
Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões, causado mais uma vez pela variação cambial
6 em cada 10 reais dos brasileiros foi investido em renda fixa em 2024 — e 2025 deve repetir o mesmo feito, diz Anbima
Brasileiros investiram 12,6% mais no ano passado e a renda fixa é a ‘queridinha’ na hora de fazer a alocação, segundo dados da associação
Totvs (TOTS3) impressiona com salto de 42% do lucro no 4T24 — mas a joia da coroa é outra; ação sobe forte após o balanço
Os resultados robustos colocaram os holofotes na Totvs nesta quinta-feira (13): os papéis da companhia figuram entre as maiores altas do dia, mas quem roubou a cena foi um segmento da companhia
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Magazine Luiza (MGLU3) na berlinda: BB Investimentos deixa de recomendar a ação da varejista — e aqui estão os motivos
Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo para R$ 9,00 ao final de 2025
Cosan (CSAN3) pode cair ainda mais — e não é a única. Saiba quais ações brasileiras ganham ou perdem com a nova carteira do índice MSCI
O rebalanceamento do índice global prevê a exclusão de seis ações brasileiras para a carteira trimestral que entra em vigor em março; veja os impactos estimados pelos analistas
Honda e Nissan confirmam o fim das negociações para a fusão dos negócios — e uma dessas montadoras enfrenta futuro incerto
As negociações para a fusão da Honda e da Nissan foram anunciadas no fim do ano passado e, caso fossem concluídas, criariam a terceira maior montadora do mundo
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
BofA mantém recomendação de comprar Brasil com 19 ações da B3 na carteira — ação de elétrica ‘queridinha’ da bolsa é novidade
Em um relatório de estratégia para a América Latina, o Bank of America (BofA) decidiu manter o Brasil em overweight (exposição acima da média) na comparação com o índice de referência para a região, o MSCI LatAm. A preferência do banco americano se dá por empresas que demonstram resiliência em vista dos juros elevados. Nesse […]
Boas novas para os acionistas? TIM Brasil (TIMS3) anuncia recompra de ações, após balanço robusto no 4T24
O programa vai contemplar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia