A Bula da Semana: Dias de poucas notícias e muita expectativa
Semana começa com expectativa com medidas econômicas e decisão de juro do BCE
A semana que se inicia será marcada pela expectativa em torno das medidas econômicas prometidas pelo governo Jair Bolsonaro para reativar a economia e da reunião de política monetária Banco Central Europeu (BCE).
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL/SP) chegou a afirmar que um anúncio referente à liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ocorreria na semana que passou, durante a cerimônia para marcar os primeiros 200 dias de governo.
A informação causou alvoroço, principalmente em meio à escassez de notícias diante do início do recesso parlamentar em Brasília. Mas o balde de água fria veio logo na sequência, quando o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o prometido anúncio ficaria para esta semana para ajustes “técnicos”.
Os tais ajustes “técnicos” seriam respostas às queixas dos empresários do setor de construção. Pois se as ações de varejistas subiram vigorosamente com a perspectiva de medidas de curto prazo, os papéis das empresas de construção registraram quedas acentuadas, uma vez que a medida drenaria recursos do mercado de habitação, afetando principalmente o financiamento de obras do programa Minha Casa, Minha Vida, uma das principais marcas dos governos do PT.
A expectativa é de que a medida injete pouco mais de R$ 40 bilhões na economia. O impacto esperado é praticamente o mesmo de 2017, quando Michel Temer autorizou o saque de contas inativas do FGTS. A novidade desta vez deve ser justamente a autorização ao saque de contas ativas, o que historicamente costuma ficar restrito a situações extremas, como catástrofes naturais. O fato é que a medida já foi tentada uma vez há pouco tempo com resultado insignificante para a reativação da economia.
O governo da crise autoimune
O governo Jair Bolsonaro pode estar enfrentando dificuldades para lidar com a desaceleração econômica e com o elevado nível de desemprego, mas demonstra grande facilidade para gerar suas próprias crises.
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A mais recente delas surgiu no fim de semana, quando vieram à tona filmagens nas quais o presidente, aparentemente sem perceber que os microfones estavam abertos, dirige a Onyx Lorenzoni comentários preconceituosos contra governadores nordestinos e dá a entender que pretende punir o maranhense Flavio Dino (PC do B) retendo recursos devidos pela União ao Estado.
Não tardou para que os governadores nordestinos assinassem uma carta pública em repúdio aos comentários de Bolsonaro. Também cobraram explicações do Palácio do Planalto. E a reação presidencial foi acusar os governadores de espalharem “desinformação” a seus eleitores, apesar da existência do vídeo.
O risco mais iminente da nova crise autoimune do governo é provocar uma reação generalizada de parlamentares da região Nordeste contra a reforma da previdência, que ainda precisa passar em segundo turno na Câmara dos Deputados antes de seguir para o Senado.
Feitos antes de uma entrevista para correspondentes estrangeiros no Brasil, os comentários preconceituosos de Bolsonaro serviram de antessala para um desfile presidencial de despautérios. Nas palavras de Ricardo Galvão, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e alvo de Bolsonaro pela divulgação de dados sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, o presidente fala em público como se estivesse numa “conversa de botequim”.
Cautela pré-BCE
A cúpula do BCE reúne-se esta semana para sua reunião de política monetária em meio a expectativas referentes a um iminente início de uma rodada de corte de juro pelas principais autoridades do planeta. Como a decisão será anunciada apenas na quinta-feira, os dias que antecederão o encontro devem ser permeados de cautela.
O consenso entre os agentes do mercado financeiro é de que o BCE sinalizará um corte de juro para setembro, mas comentários recentes de diretores do banco central da zona do euro deixam aberta a possibilidade de o alívio monetário começar ao término da reunião desta semana.
Na semana passada, Benoit Coeuré, membro do Conselho Executivo do BCE, notou que a inflação da zona do euro deve acelerar no médio prazo em direção à meta, aproximando-se mas mantendo-se abaixo de 2%, e repetiu que a autoridade monetária está pronta para agir em caso de necessidade.
Também circularam na semana passada informações de que o BCE pretende retomar seu programa de compra de ativos de países da zona do euro. Com base em fontes, a revista alemã Der Spiegel informou que o presidente do BCE, Mario Draghi, planeja retomar a partir de novembro o programa de compra de títulos públicos dos países que integram a zona do euro. O objetivo seria estimular a economia dentro da união monetária.
Além da retomada da compra de ativos, prossegue a revista, a autoridade monetária estaria considerando a possibilidade de aumentar os custos dos bancos para realizar depósitos no BCE com a ideia de incentivar empréstimos.
Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:
Segunda-feira: A pesquisa semanal Focus do Banco Central será divulgada antes da abertura dos mercados em meio à expectativa de novas revisões nas estimativas do mercado para a inflação, o PIB e a taxa Selic. Nos Estados Unidos, o índice de atividade nacional referente a junho será publicado pelo Fed regional de Chicago às 9h30.
Terça-feira: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga às 9h os dados de julho do IPCA-15, leitura preliminar oficial da evolução dos preços ao consumidor no Brasil.
Quarta-feira: A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga às 8h sua pesquisa sobre a confiança do consumidor brasileiro em julho.
Quinta-feira: O Banco Central Europeu (BCE) anuncia sua decisão de política monetária às 8h45. Logo em seguida, o presidente do BCE, Mario Draghi, concede entrevista coletiva para falar sobre a decisão. No Brasil, o Tesouro Nacional divulga a situação da dívida pública em junho, enquanto o Banco Central publica o fechamento do saldo em conta corrente do País no mês passado.
Sexta-feira: O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulga às 9h30 a leitura preliminar do PIB norte-americano no segundo trimestre. Por aqui, o Banco Central divulga informações referentes às operações de crédito e inadimplência em junho. O Tesouro Nacional, por sua vez, divulga o resultado das contas públicas no mês anterior.
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