Tempos difíceis: Goldman Sachs rebaixa recomendações para ações da Suzano e Klabin
Papéis caem com o rebaixamento do banco. Analistas da instituição preveem uma queda de 9,7% para os papéis da Klabin, quando comparado à cotação do pregão de ontem (19)
Diante do tempo mais fechado para o setor de papel e a celulose, o banco Goldman Sachs rebaixou hoje (20) os papéis de duas gigantes do setor, Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11).
No caso da Klabin, o papel passou de neutro para venda, com preço-alvo em R$ 14. Já os papéis da Suzano foram rebaixados de compra para neutro, com preço-alvo em 12 meses em R$ 35. O relatório foi assinado pelos analistas Thiago Ojea e Lucas Canteras.
Com o rebaixamento, os analistas preveem que as ações da Suzano teriam um potencial de alta de 6,1% em relação ao último fechamento e uma queda de 9,7% dos papéis da Klabin, quando comparado à cotação do pregão de ontem (19).
Entre os motivos citados por Ojea e Canteras estão a queda na demanda por conta da guerra comercial, os níveis altos de estoque - que estão, inclusive, acima da média histórica - e a deterioração das perspectivas de longo prazo após anúncios sobre aumento de capacidade.
E as perspectivas menos positivas para as empresas não caíram nada bem para o mercado. No fechamento do pregão de hoje (20), as units da Klabin (KLBN11) registraram queda de 0,77%, cotado em R$ 15,43. Os papéis ordinárias da Suzano, por sua vez, apresentavam queda de 3,30%, cotados em R$ 31,90.
Apesar disso, o banco manteve a recomendação de compra para os papéis do grupo chileno CMPC, que é um grande fabricante de papel.
Leia Também
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Corte nas previsões
Ao falar especificamente sobre a Suzano, Ojea e Canteras revisaram para baixo as estimativas para o potencial de geração de caixa da companhia. Em 2019 e em 2020, eles esperam uma queda de 23% no Ebitda. Já em 2021, a perda deve ser um pouco menos pior e corte vai ficar em 18%.
O motivo para as revisões é por conta das expectativas menores com a celulose. Os especialistas do banco cortaram as previsões para a celulose de fibra curta (BHKP, na sigla em inglês) em cerca de US$ 100 por tonelada na China, em 2020.
Mas não foi só isso. Eles também revisaram as estimativas para a fibra longa (NBSK, na sigla em inglês) e destacaram que ela deve ficar entre US$ 549 e US$ 639 em 2020.
Os analistas apontaram que os estoques da companhia permanecem em 1,5 milhão de toneladas, mas que "parte disso mudou de fabricantes de papel para produtores de celulose e que isso não será processado".
"Nós estimamos que os estoques estejam com um excesso de uma tonelada e que isso deve levar pelo menos até o fim de 2020 para que seja normalizado. Logo, isso pode levar a uma queda na expectativa de retorno do fluxo de caixa livre para apenas 9%, ante os 15%", afirmaram Ojea e Canteras.
De olho na Klabin
Ao falar sobre a Klabin, os analistas destacaram que as ações da empresa devem ter uma desvalorização de cerca de 10%, sendo que a média de queda para as companhias do setor cobertas pelo banco é de 3%.
Boa parte das perspectivas de contração no preço das ações está relacionada ao corte de estimativas para o potencial de geração de caixa (Ebitda) da Klabin. Segundo eles, neste ano, a expectativa é que o indicador tenha uma queda de 10%.
Mas no ano que vem a situação deve ficar mais complicada. Para 2020, os analistas esperam uma contração de 17% no Ebitda. Já no ano seguinte, as projeções melhoram um pouco e o potencial de geração de caixa deve ter uma perda de 7%.
"Nós acreditamos que a Klabin vai queimar caixa pelos próximos três anos por conta de investimentos da companhia no PUMA II [que abrange a construção de duas máquinas de papel, com produção de celulose no Paraná]", destacaram os analistas.
Além disso, eles esperam que o fluxo de caixa livre da empresa pelos próximos dois anos fique negativo. Eles ainda citaram que não veem as dívidas da companhia com preocupação, mas que estimam que a razão entre a dívida líquida e o potencial de geração de caixa (Ebitda) fique em 4,8 vezes em 2020.
Ainda que o nível de alavancagem esperado para a empresa não seja tão alto, os analistas ressaltam que o problema é que ele seria o maior quando comparado com as demais empresas cobertas por ambos no setor.
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
