Há ‘sinais leves’ de supervalorização dos mercados, diz presidente do Banco Central Europeu
Draghi destaca ainda que o setor financeiro não bancário da zona do euro continua tomando risco, mas pontua que a resiliência do setor bancário permanece “sólida”

"Existem sinais leves de supervalorização na zona do euro em alguns segmentos mais arriscados dos mercados financeiros, bem como nos mercados imobiliários, com diferenças marcantes entre as regiões", alertou o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.
Ele emitiu sua opinião em comunicado divulgado pela autoridade monetária preparado para a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), que acontece em Washington. No documento, Draghi destaca ainda que o setor financeiro não bancário da zona do euro continua tomando risco, mas pontua que a resiliência do setor bancário permanece "sólida", apoiada por políticas macroprudenciais e microprudenciais.
"Vulnerabilidades relacionadas aos riscos de liquidez e financiamento, incluindo aquelas atreladas às atividades do dólar, diminuíram em meio a custos mais baixos de crédito e acesso mais amplo aos mercados de títulos bancários", comenta Draghi.
Segundo ele, a taxa de inadimplência de crédito caiu de 3,8% no fim de 2018 para 3,6% no primeiro semestre de 2019. "No entanto, a rentabilidade dos bancos na zona do euro permanece baixa devido a fatores estruturais e cíclicos, com algum enfraquecimento desde o início do ano devido ao menor crescimento econômico", ressaltou.
Para Draghi, o ambiente de estabilidade financeira continua desafiador, devido à deterioração das perspectivas econômicas globais. "Nesse ambiente, é particularmente importante garantir que o setor financeiro mantenha sua resiliência e tenha colchão de liquidez suficientes para serem usados em momentos de estresse".
*Com Estadão Conteúdo
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