Não tem pra ninguém. No quesito retorno sobre o patrimônio (ROE), os bancos brasileiros apresentam o melhor resultado dentro de uma amostra de 45 instituições com mais de US$ 100 bilhões em ativos totais, compilada pela Economatica.
Considerando os dados do terceiro trimestre, o Santander Brasil lidera o ranking, com ROE de 19,25%, desbancando o Itaú Unibanco, que caiu para a segunda colocação, com 18,59%. Os dois bancos têm alternado a liderança do ranking e a chance é de que o Itaú retome a primeira posição, já que seu resultado recorrente foi impactado por um programa de demissões voluntárias no trimestre. O terceiro lugar é do Bradesco, com 17,97%, seguido pelo Banco do Brasil, com 17,71%.
Evolução
A Economatica também apresenta a evolução do ROE dos quatro maiores bancos brasileiros de dezembro de 2007 a setembro de 2019.
A linha preta que destoa no gráfico abaixo é do Santander, que entre setembro de 2008 e junho de 2015 sempre teve retorno inferior a 10%. Mas a partir do segundo trimestre de 2016, mostra crescimento constante partindo de 8,3% até atingir os atuais 19,3%.
Já a linha azul é o Itaú que do terceiro trimestre de 2014 até o segundo quarto de 2018 sempre foi o banco mais rentável, chegando a entregar mais de 24% de ROE. Desde o fim de 2018, Itaú e Santander vem alternando a liderança. A linha verde é o BB, que desenha um processo de recuperação, depois de um mergulho de 32,5% no começo de 2008 para perto de 11% no fim de 2017.
Comparação internacional
O estudo da Economatica também faz uma comparação das medianas de resultado de bancos brasileiros e americanos.
Nessa métrica, o ROE dos quatro bancos brasileiros foi de 18,28%, queda ante os 18,51% do trimestre anterior, contra um ROE de 8% dos 19 bancos americanos que compõem a amostra.
Apesar de pouco significativa, essa queda na mediana do ROE dos bancos brasileiros foi a primeira desde o terceiro trimestre de 2017.