🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Estadão Conteúdo

Crise no vizinho

‘Incentivo a carro na Argentina ajuda o Brasil’

Assim como o governo brasileiro, o ministro argentino Dante Sica também defende reformas no Mercosul que permitam negociações comerciais entre países do bloco e terceiros sem que todos os membros estejam de acordo

Estadão Conteúdo
6 de junho de 2019
7:42 - atualizado às 8:55
Dante Sica, argentina
Ministro da Produção da Argentina, Dante Sica - Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

A cinco meses das eleições presidenciais, o governo argentino de Mauricio Macri lançou um novo plano para tentar impulsionar sua debilitada economia. Na noite de terça-feira, anunciou que fechou parceria com o setor automotivo para oferecer descontos na venda de carros, que caíram 56% em maio. Segundo o ministro da Produção e do Trabalho, Dante Sica, não se trata de uma medida eleitoreira, mas de uma decisão tomada para melhorar a atividade econômica sem alterar o equilíbrio fiscal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A medida, diz ele, pode também favorecer o Brasil, que tem visto uma queda em suas exportações para o país vizinho. Na véspera da visita do presidente Jair Bolsonaro à Argentina, Sica recebeu o Estado e afirmou que a convergência na política econômica dos dois países deve ajudar na redução da incerteza dos investidores. Assim como o governo brasileiro, Sica defendeu reformas no Mercosul que permitam negociações comerciais entre países do bloco e terceiros sem que todos os membros estejam de acordo - o que é proibido hoje. A seguir os principais trechos da entrevista.

O governo Macri anunciou um programa para impulsionar o setor automotivo que prevê desconto na venda de carros, em uma parceria entre setor público e privado. Não é uma medida intervencionista para um governo que pretende ser liberal?

Mantemos um programa econômico que procura estabilizar a economia, recuperar o valor da moeda e combater a inflação. Por outro lado, adotamos um pacote de medidas para impulsionar e melhorar a competitividade da economia. Também sofremos crises que geraram impacto na atividade e nos salários. Em março, houve um pico inflacionário (4,7%) que castigou um pouco mais todos os consumidores. Dentro do nosso programa e mantendo a disciplina fiscal, adotamos medidas que gerem algum alívio na demanda. Em março e abril, trabalhamos em um pacote que permitiu melhorar alguns preços de bens, não como uma política anti-inflacionária, mas basicamente como uma melhora no poder aquisitivo, mantendo o preço de alguns bens com um compromisso muito importante do setor privado. Na semana passada, trabalhamos com os bancos para que eles pudessem diminuir a taxa de juros. Agora, vimos o impacto que estava tendo a taxa de juros e as expectativas na demanda de carros e fizemos um esforço com o setor para dar um incentivo e tentar gerar uma melhora na confiança. Nosso programa econômico continua sendo consistente. Somos muito ortodoxos na política fiscal e monetária, que foi o que todos os governos que derrotaram a inflação fizeram. Por outro lado, utilizamos todas as ferramentas que nos permitem nos integrar ao mundo, melhorar a competitividade e, em alguns casos, aliviar as situações de impacto da crise.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas são medidas que Macri antes criticava, de intervenção na economia.
O que criticávamos eram intervenções que modificavam o comportamento dos mercados, como foi o caso do congelamento das tarifas elétrica e de gás durante mais de uma década, das restrições para a compra e a venda de dólares ou para importar e exportar. Respeitamos a concorrência dos mercados, não geramos medida que possa distorcer o mercado e, em alguns assuntos pontuais, adotamos políticas que gerem um alívio para o consumidor e alguma melhora na atividade. Mas são medidas pontuais e temporárias.

Leia Também

Medidas tomadas pensando nas eleições presidenciais em outubro?
Não. Medidas tomadas pensando nos consumidores e trabalhadores e no impacto que a crise teve nos últimos meses.

Qual o impacto se espera da medida anunciada na terça? A indústria brasileira automotiva também está sofrendo com a crise argentina. Pode haver um alívio?
Deve dar impulso nas expectativas e no emplacamento de carros. No último mês, tivemos uma queda forte (de 56%) no emplacamento. Pensamos que uma medida dessa pode dar impulso para que o mercado comece a se recuperar. Do que se vende de carros na Argentina, 70% são importados e 55% do Brasil. Portanto, sim, isso pode ajudar no Brasil também.

Analistas dizem que, se as eleições fossem hoje, a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner ganhariam, principalmente por causa da crise econômica...
Nós não temos essa opinião. A percepção está mudando e a imagem do presidente, melhorando. Até agora, o presidente estava sozinho no terreno eleitoral. Nos próximos 15 dias, vão se confirmar as alianças políticas e começaremos a ter uma visão mais sólida das intenções de voto. A estabilidade nos mercados, a percepção por parte dos consumidores da queda da inflação, as obras que fizemos, tudo isso começará a aparecer na conversa. Claramente vamos ganhar as eleições. As pesquisas que começam a ser feitas agora, depois que o kirchnerismo definiu sua chapa, mostram uma melhora importante na imagem do presidente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo Bolsonaro defende reformas no Mercosul. Para a Argentina, como o Mercosul deve ser?
Nos últimos 20 anos, o Mercosul avançou muito pouco na área institucional e de negociações internacionais. Se fechou sobre si mesmo e sobre o mercado brasileiro, que, quando colapsou, gerou uma caída muito forte no PIB da região. Isso também fez com que os países perdessem competitividade. Nossa visão, e que é compartilhada com o Brasil, é que temos que adequar o Mercosul à mudança que há internacionalmente. O Mercosul tem de ter uma estratégia de negociação internacional mais agressiva, o que significa finalizar as negociações que estão se arrastando há anos, como a de livre comércio com a União Europeia, e aí começar negociações novas, com a Coreia do Sul e a Indonésia, por exemplo. Também temos que discutir ter flexibilidade no bloco: se alguns países quiserem ir a alguma negociação e o resto do bloco não quiser, pelo menos dar a liberdade para que alguns possam começar a avançar nessas negociações. O ideal é que avancemos os quatro países juntos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ALIANÇA PET

AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes

23 de dezembro de 2025 - 14:00

Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho

DE OLHO NA B3

IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança

23 de dezembro de 2025 - 13:01

A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial

MUDANÇAS À FRENTE?

Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3

23 de dezembro de 2025 - 11:58

Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?

VIRADA CHEGOU MAIS CEDO

Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica

23 de dezembro de 2025 - 11:25

Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk

DE OLHO NA REESTRUTURAÇÃO

AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações

23 de dezembro de 2025 - 9:59

Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda

ANO NOVO, DIRETORIA NOVA

Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025

23 de dezembro de 2025 - 9:39

Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO

NATAL CHEGOU MAIS CEDO?

Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista

23 de dezembro de 2025 - 8:21

Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação

MAIS RUÍDOS

Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?

23 de dezembro de 2025 - 7:49

A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda

ONDA DE PROVENTOS

Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos

22 de dezembro de 2025 - 20:31

Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026

REFORMA DA DIRETORIA

Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo

22 de dezembro de 2025 - 19:15

Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca

PARA ALÉM DOS GIGANTES

Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses

22 de dezembro de 2025 - 19:01

Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações

DEPOIS DA VIRADA

Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais

22 de dezembro de 2025 - 18:21

Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa

FECHANDO CAPITAL

Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana

22 de dezembro de 2025 - 17:33

Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta

DE OLHO NO FUTURO

A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança

22 de dezembro de 2025 - 16:17

Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo

SOB ESCRUTÍNIO

Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores

22 de dezembro de 2025 - 13:29

Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo

BET QUE NÃO É BET?

Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil

22 de dezembro de 2025 - 11:30

Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil

NEM PAPAI NOEL RESOLVE

Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas

22 de dezembro de 2025 - 10:42

JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas

TOMADA DE DECISÃO

Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias

22 de dezembro de 2025 - 10:05

De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado

'QUERO VER VOCÊ NÃO CHORAR'

Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira

22 de dezembro de 2025 - 7:14

Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes

DANÇA DAS CADEIRAS

Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda

21 de dezembro de 2025 - 16:36

A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar