Mercados: notícias da China trazem alívio. May é o risco
Aqui, em dia de Copom, a surpresa pode vir do Tribunal de Contas da União, que analisa a cessão onerosa

Bom dia, investidor! A libertação da executiva da Huawei e a decisão da China de reduzir as tarifas para carros americanos, as duas notícias de ontem à noite, devem fazer bem para os mercados. Se o presidente americano, Donald Trump sossegar. Na pauta do estresse, resta a crise do Brexit. A moção de censura contra a primeira-ministra britânica Theresa May pode ser votada já nesta noite. Na agenda em Nova York, destacam‐se o Índice de Preços ao Consumidor (CPI). e o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Aqui, em dia de Comitê de Política Monetária (Copom), a surpresa pode vir do Tribunal de Contas da União, que analisa a cessão onerosa.
A revisão do contrato entre a União e Petrobras está na pauta da sessão plenária de hoje do TCU, com início às 14h30. Existe, sim, a possibilidade de ser dado o sinal verde para um acordo. O governo precisa resolver essa pendência para dar andamento ao megaleilão do óleo excedente, que poderá ser
marcado pelo Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE) na reunião do dia 17, para junho de 2019, como pretende a equipe econômica.
O TCU já deu parecer favorável à revisão do contrato da cessão onerosa sem aval do Congresso, onde o projeto emperrou, depois que Estados e municípios entraram na roda para levar uma parte dos recursos. Se tudo der certo e a novela acabar, o acionista de Petrobras terá muito que festejar.
Nos EUA, a torcida é para Trump ficar de boa e longe do Twitter. Ontem, Wall Street tinha embarcado em uma recuperação, quando o presidente dos EUA ameaçou paralisar o governo se o Congresso não aprovasse o Orçamento com recursos para o muro do México.
A libertação de Meng Wanzhou, a executiva da Huawei, pela Justiça do Canadá abre o caminho para que sejam retomadas as negociações com a China, que já mostrou boa vontade reduzindo as tarifas sobre carros americanos.
Para Trump, ontem à noite, a libertação de Meng “pode facilitar um acordo comercial com a China”.
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Entre os indicadores, gera expecta o CPI de novembro (11h30), com previsão de leve alta do núcleo (2,2% ao ano) em relação a outubro (2,1%), depois que a inflação ao produtor (PPI) veio acima do esperado. Quanto mais comportada a inflação, mais chance o mercado atribuirá a uma pausa do aperto do juro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Às 13h30, os estoques de petróleo do Departamento de Energia americano (DoE) têm estimativas de queda de 2,8 milhões de barris. O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) já divulgou ontem à noite um recuo de 10,2 milhões de barris, contrariando previsão de crescimento de 2,1 milhões.
Antes, porém, o mercado de petróleo poderá reagir ao relatório da Opep, logo à primeira hora do dia. Ainda no cenário externo, a crise do Brexit e do governo de Theresa May, ameaçada de sofrer uma moção de censura pelo Parlamento britânico, ainda é fonte de volatilidade dos mercados.
Aqui
O Banco Central divulga os dados do fluxo cambial na primeira semana de dezembro (12h30) e, no fim da tarde (18h20), o Copom deve confirmar o consenso do mercado para a estabilidade da Selic em 6,50%.
O caso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do ex‐assessor do filho do presidente não saem da mídia, como na manchete do Estadão de hoje: “Depósitos para ex‐motorista de Flávio Bolsonaro eram próximos a dia de pagamento da Alerj”.
Indicado para chefiar a Secretaria Especial de Previdência, o deputado Rogério Marinho (PSDB) divulgou nota para dizer que vai trabalhar para aprovar uma reforma ainda no primeiro semestre de 2019. Marinho afirmou que atuará “a favor do povo brasileiro e contra os privilégios”, uma expressão usada por técnicos para se referir às mudanças nas regras de aposentadoria de servidores públicos. A conferir.
Ontem, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes recebeu o deputado federal e senador eleito pelo PSL-SP, Major Olímpio que foi até ele defender regras especiais para a aposentadoria dos policiais, “a segunda profissão de maior risco e estresse”.
No Estadão, Guedes nem assumiu e já enfrenta uma rebelião dos procuradores da Fazenda Nacional, que ameaçam entregar todos os cargos de chefia, se Marcelo de Siqueira for nomeado para comandar o órgão. Órgão vinculado à Fazenda, a PGFN é responsável pela cobrança judicial de dívidas que as empresas e pessoas físicas têm com a União. Os procuradores alegam que Siqueira não tem nenhum conhecimento da área.
Ontem
Foi de alta volatilidade o pregão de ontem no mercado global, com o mundo dividido entre o sinal de progresso dos EUA com a China (pela manhã), crise do Brexit e ameaça de “shutdown” por Trump (à tarde). Ainda na segunda etapa da sessão, pesou a informação de que o governo americano irá condenar Pequim por espionagem econômica e ação de hackers suspeitos de trabalhar para o serviço de inteligência chinesa. A notícia colocou à prova o otimismo da abertura com o telefonema trocado entre autoridades dos EUA e da China, e a intenção de Pequim de cortar a tarifa de importação de automóveis americanos de 40% para 15%.
À tarde, Trump causou com a história de paralisar o governo se o Congresso não aprovar recursos para o muro do México. Para piorar a percepção de risco, a premiê britânica, Theresa May, está com a cabeça a prêmio. Desafiando sua liderança política, a ala dura de seu próprio partido (Conservador) já teria votos para aprovar moção de censura. May também ouviu da primeira-ministra alemã, Angela Merkel que o acordo do Brexit não será renegociado pela União Europeia.
Câmbio
Depois de cair quase 1% pela manhã e operar na faixa de R$ 3,88 (com a mínima de R$ 3,889), uma zeragem de posições vendidas devolveu o dólar ao patamar de R$ 3,92 (R$ 3,9226 na máxima). Não fechou longe desta marca, a R$ 3,9138 (‐0,22%). A volta do Banco Central aos leilões de linha (o mercado absorveu a oferta integral de US$ 1 bilhão) ajudou a enfrentar as tensões externas. Para hoje, não foi anunciado leilão.
Apesar do alívio prometido para a abertura hoje, com as últimas notícias positivas do exterior, os estrangeiros não relaxam com o Brasil e, só ontem, elevaram a posição comprada no câmbio futuro em US$ 700 milhões. O estoque total de apostas na alta do dólar bateu US$ 41,7 bilhões, um dos maiores das últimas semanas.
Previsão de alta
O economista‐chefe do Santander, Maurício Molon, calculou ao jornalista Altamiro Silva Junior (Broadcast) o impacto do fim do dinheiro fácil injetado pelos grandes BCs no mercado, que encorajava o smart money. Nos últimos anos, em esforço coordenado, o Fed e os bancos centrais do Japão e da Europa despejaram juntos, em média, US$ 1 trilhão ao ano em compras de ativos. Em 2019, disse, esse quadro de liquidez vai ficar negativo em US$ 40 bilhões.
Estimativa da consultoria Capital Economics confirma o agravamento do quadro, indicando que os estrangeiros podem retirar US$ 100 bilhões dos mercados emergentes já neste quarto trimestre, o pior nível desde a posse de Trump.
Para Molon, a liquidez mais apertada e desafiadora deve nivelar o dólar por cima em 2019, consolidando‐se perto da casa dos R$ 4 e elevando o senso de urgência da agenda reformista vendida por Paulo Guedes.
Volatilidade
Nova dose de volatilidade pode ser contratada hoje pelo vencimento do Índice Futuro. Tanto as ações de Petrobras PN (R$ 23,29) quanto as ON (R$ 26,30) caíram 0,64%, destoando do petróleo, que teve um dia volátil, mas fechou em alta com a interrupção de oferta da Líbia, que tende a tirar 400 mil barris por dia. O Brent subiu 0,38% e o WTI, 1,27%.
Na Bovespa, destaque para Gol (+13,04%) e Azul (+6,51%), que dispararam perto do fechamento, com a notícia de que a Avianca entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo.
Curtas
Vale assinou acordo para adquirir a New Steel por US$ 500 milhões.
Itaú Unibanco Holding informou pagamentos de dividendos mensais em 2019 de R$ 0,015 por ação.
Presidente do conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, não descarta olhar compra de bancos estatais (CEF).
BR Distribuidora informou criação de empresa de economia mista com governo do Espirito Santo setor de gás.
Santos Brasil informou que o acionista Richard Klien reduziu participação acionária para menos de 5%.
Na Wilson Sons, a Subsidiária Tecon Salvador assinou contrato com Shanghai Zhenhua para compra de guindastes.
Energisa informou que a Aneel aprovou os reajustes tarifários da Ceron (+25,34%) e da Eletroacre (+21,29%).
O conselho de administração da Sanepar aprovou plano de investimentos de R$ 7,120 milhões para 2019 a 2023.
A GWI, que já era a acionista majoritária da Gafisa, adquiriu mais ações da companhia e passou a deter 48,74%.
O conselho de administração da Raia Drogasil aprovou o pagamento de JCP de R$ 0,17 por ação ON.
Conselho de administração da Locamerica aprovou o Programa de American Depositary Receipts (ADRs) ‐ Nível 1.
O conselho de administração das Lojas Americanas aprovou a 13a emissão de debêntures, de R$ 650 milhões.
A Apargatas informou que foram concluídas as negociações com a indiana Periwinkle para joint venture.
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
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