Mercados devem superar decepção com Bolsonaro e se reanimar com Datafolha
Investidores devem continuar escolhendo acreditar em Bolsonaro que, mesmo menos liberal, ainda é considerado melhor que a volta do PT; candidato do PSL tem 58% das intenções de voto no segundo turno

A pesquisa Datafolha de ontem deve dar novo ânimo aos mercados locais nesta quinta-feira, apesar da decepção dos investidores ontem com declarações pouco liberais do seu candidato preferido, Jair Bolsonaro.
O levantamento mostrou Bolsonaro com 16 pontos de vantagem nas intenções de voto para o segundo turno, com 58%, contra 42% de Haddad.
Como resultado, o EWZ, principal índice de fundos do Brasil em Nova York, e os ADR (recibos de ações) brasileiros se recuperaram no exterior, sinalizando que hoje a bolsa deve abrir em alta.
O recibo de Petrobras, que encerrou o pregão regular da bolsa de Nova York em queda de 6%, subiu 3% no after hours, e o de Eletrobrás, que despencou ontem, recuperou parte da perda, com alta de 1,61%.
O que rolou ontem
A quarta-feira foi de desapontamento nos mercados locais, depois que Bolsonaro deu entrevista falando em reforma da Previdência mais branda e descartando a privatização de ativos de geração de energia e do "miolo" da Petrobras.
Essa fala pouco liberal derrubou a bolsa e fez o dólar e os juros futuros dispararem. As ações de estatais apanharam, notadamente as da Eletrobrás. O Ibovespa fechou em queda de 2,80%, aos 83.679 pontos, e o dólar subiu 1,28%, para R$ 3,7631.
Leia Também
Pesou também o fato de que o candidato foi proibido de comparecer a debates. Bolsonaro, no entanto, acredita que conseguirá participar dos dois últimos debates do segundo turno, o da "Record", no dia 21, e o da "Globo", no dia 26.
As perdas de ontem foram agravadas pelas fortes quedas nas bolsas do exterior por conta de uma maior expectativa de que o Fed, o banco central americano, precise fazer um aperto monetário maior que o previsto em razão da forte recuperação da economia americana. Dois bancos elevaram suas perspectivas para crescimento do PIB dos EUA.
Os mercados internacionais também foram afetados pelo temor com a guerra comercial com a China, e as perspectivas do FMI de um crescimento mundial menor.
Por aqui, alguns traders quiseram minimizar o peso das declarações de Bolsonaro para o desempenho dos mercados locais, atribuindo-o mais ao cenário exterior.
Mas as maiores quedas lá fora só ocorreram na parte da tarde, enquanto aqui a bolsa já abriu em baixa. Tanto que, no after hours, após o Datafolha, os ativos brasileiros lá fora passaram a se recuperar, enquanto os mercados em Nova York continuavam negativos. Sinal de que a corrida eleitoral ainda está ditando as regras por aqui.
De qualquer forma, o mercado deve continuar escolhendo acreditar em Bolsonaro, por entender que um novo governo do PT seria muito pior para a economia e as empresas brasileiras. Algo como "antes um Bolsonaro menos liberal do que o PT".
Entrevista na Record
Ontem à noite, Bolsonaro voltou a descartar uma onda privatista no seu governo em nova entrevista, desta vez à "Record". Disse que não vai privatizar o setor elétrico, o Banco do Brasil e a Caixa, e repetiu que o "miolo" da Petrobras será preservado, admitindo a possibilidade de privatizar apenas a parte de refino.
Também disse que seu guru econômico Paulo Guedes, cotado para ser ministro da Fazenda em um eventual governo seu, "terá carta branca, mas só bate o martelo depois de falar comigo".
Falou, ainda, que Guedes reconhece que "muita coisa tem dificuldade de passar pelo Parlamento", mas que as reformas estão quase todas com "sinal verde" e serão apresentadas em janeiro.
O candidato voltou a dizer que pediu a Guedes um "dólar compatível e uma taxa de juros o menor possível", junto com a desregulamentação e desburocratização da economia, para "tirar o Estado do cangote de quem produz". Outro compromisso fechado com a equipe econômica é não aumentar impostos e reduzi-los para empresas.
Hoje tem CPI nos Estados Unidos
No Brasil, teremos a divulgação das vendas no varejo ampliado (incluem veículos e material de construção), às 9h, que podem subir 2,1% em agosto frente a uma queda de 0,4% em julho, de acordo com a mediana da pesquisa do Broadcast, do "Estadão".
Também serão divulgadas as vendas no varejo restrito, mas o mercado está dividido entre queda de 0,7% e alta de 1,6% (mediana de alta de 0,1%).
Às 9h ainda teremos divulgação da safra agrícola de setembro e, às 10h, o relatório Prisma fiscal.
Nos Estados Unidos, será divulgado o CPI (inflação ao consumidor), às 9h30. Não é o dado mais olhado pelo Fed, mas ganha máxima importância neste momento em que o risco de uma aceleração das altas de juros pesa nos mercados de Nova York.
A previsão é de que o núcleo do índice suba de 0,1% em agosto para 0,2% em setembro, pressionado pelo petróleo nas máximas em quase quatro anos.
Às 9h30 saem também os números de auxílio-desemprego, com estimativa de alta de mil pedidos.
Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) divulga a ata da reunião de política monetária de setembro às 8h30.
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
Dólar mais barato do que em casas de câmbio: estas 7 contas digitais te ajudam a ‘escapar’ de impostos absurdos e qualquer brasileiro pode ‘se dar bem’ com elas; descubra qual é a melhor
Analisamos sete contas em dólar disponíveis no mercado hoje, seus prós e contras, funcionalidades e tarifas e elegemos as melhores
Bitcoin (BTC) não sustenta sétimo dia seguido de alta e passa a cair com inflação dos EUA; Ravecoin (RNV) dispara 63% com proximidade do The Merge
O ethereum (ETH) passa por um período de consolidação de preços, mas o otimismo é limitado pelo cenário macroeconômico
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
Os rumos das moedas: quais devem ser os próximos passos do dólar, do euro e do real
Normalmente são os mercados emergentes que arcam com o peso de um dólar forte, mas não é o que ocorre dessa vez
Você trocaria ações da sua empresa por bitcoin? Michael Saylor, ex-CEO da Microstrategy, pretende fazer isso com o valor de meio bilhão de dólares
Desde o começo do ano, o bitcoin registra queda de mais de 50% e as ações da Microstrategy também recuam 52%
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
Inter, C6, Avenue, Wise, Nomad… saiba qual é a melhor conta em dólar – e veja os prós e contras de cada uma
Analisamos sete contas em dólar disponíveis no mercado hoje, seus prós e contras, funcionalidades e tarifas e elegemos as melhores
Práticas e acessíveis, contas em dólar podem reduzir custo do câmbio em até 8%; saiba se são seguras e para quem são indicadas
Contas globais em moeda estrangeira funcionam como contas-correntes com cartão de débito e ainda oferecem cotação mais barata que compra de papel-moeda ou cartão pré-pago. Saiba se são para você
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje
Esquenta dos mercados: Dia de payroll mantém bolsas no vermelho, enquanto Ibovespa surfa onda da nova pesquisa Datafolha
Sem maiores indicadores para o dia ou agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Esquenta dos mercados: Cautela volta a prevalecer nas bolsas do exterior e ‘onda vermelha’ continua; Ibovespa reage ao Orçamento para 2023
Sem maiores indicadores do dia para a agenda dos presidenciáveis, o Ibovespa fica à mercê do cenário exterior
Esquenta dos mercados: Inflação derrete bolsas no exterior com perspectiva de juros elevados; Ibovespa aguarda dados de desemprego hoje
Na nova rodada da pesquisa Genial/Qaest, os candidatos Lula e Bolsonaro mantiveram suas posições, mesmo com o início da campanha
Esquenta dos mercados: Busca por barganhas sustenta alta das bolsas pela manhã, mas crise energética e cenário externo não ajudam; Ibovespa digere pesquisa Ipec
No Brasil, a participação de Roberto Campos Neto em evento é o destaque do dia enquanto a bolsa digere o exterior
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho antes da semana de emprego nos EUA; Ibovespa digere debate presidencial
No Brasil, os números do Caged e da Pnad Contínua também movimentam a bolsa local esta semana
Esquenta dos mercados: Dia mais importante de Jackson Hole se junta a dados de inflação e pressiona bolsas internacionais; Ibovespa reage à sabatina de Lula
Sem maiores indicadores para o dia, os investidores acompanham a participação de Roberto Campos Neto e Paulo Guedes em eventos separados
Esquenta dos mercados: É dada a largada em Jackson Hole e as bolsas internacionais tentam emplacar alta; Ibovespa acompanha números de emprego hoje
No panorama doméstico, a sequência de sabatinas do dia do Jornal Nacional tem como convidado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Esquenta dos mercados: Ibovespa aguarda dados de inflação hoje enquanto exterior espera por início de Jackson Hole
A expectativa é de que ocorra uma deflação nos preços na leitura preliminar de agosto; será a segunda queda seguida