Mercados locais devem começar a olhar para NY e conter seu otimismo
Desempenho nas bolsas americanas deve voltar a ganhar peso nos mercados locais, uma vez que provável vitória de Bolsonaro já está bastante precificada

Bom dia, investidor! A pesquisa Ibope de ontem veio confirmar o amplo favoritismo de Jair Bolsonaro na corrida eleitoral, mas a animação dos mercados nesta terça (16) com a notícia deve ser limitada pelas tensões no cenário exterior.
A provável vitória do candidato do PSL já está um tanto precificada pelo mercado, que agora se volta para as razões que vêm sacrificando as bolsas em Nova York: o forte crescimento econômico americano, que pode fazer o Fed aumentar os juros mais que três vezes em 2019; e as tensões comerciais entre EUA e China.
O Ibope divulgado ontem à noite mostrou Bolsonaro com 59% das intenções de voto no segundo turno, contra 41% de Haddad, confirmando a pesquisa BTG/FSB e a Real Time/TV Record divulgadas anteriormente.
A rejeição a Bolsonaro também caiu, contra um aumento da rejeição de Haddad: 35% não votariam no militar reformado de jeito nenhum, contra 47% que não votariam no petista.
Apesar das reservas do mercado quanto às declarações pouco liberais que o candidato do PSL deu recentemente, o retorno do PT é considerado um retrocesso econômico certo, dado o histórico e as propostas do partido.
Seja como for, o mercado agora deve passar a olhar mais para as propostas de Bolsonaro para a economia do que meramente se animar com seu favoritismo.
Leia Também
Um pouco tarde, talvez, líderes petistas já cogitam flexibilizar o programa de governo, retirando pontos polêmicos e adotando compromissos caros aos investidores, como o fiscal.
Haddad poderia incorporar, ainda, o endurecimento de penas para criminosos condenados por homicídio, estupro e latrocínio, em contraste com a política de desencarceramento defendida em seu programa de governo.
Preocupações pelo mundo
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira em alta, ajustando-se ao bom desempenho das bolsas americanas na sexta, quando os mercados locais estiveram fechados por conta do feriado.
Sem grandes fatos no exterior, o otimismo permaneceu na bolsa brasileira, mas a alta das ações foi contida pela queda nas bolsas nova-iorquinas.
O Ibovespa começou o dia com alta de quase 1,70%, superando os 84 mil pontos, sob impulso extra do exercício de opções. No entanto, o índice perdeu tração à tarde com o cenário exterior e fechou em alta de 0,53%, aos 83.359 pontos.
Diversas instituições financeiras mantiveram suas previsões de crescimento forte para a economia americana, apesar dos dados fracos do varejo divulgados ontem.
Essa perspectiva faz com que os investidores temam um aperto monetário ainda maior por parte do Fed, que já prevê uma subida de juros gradual.
Com isso, aumenta a aversão a risco dos investidores, que tendem a migrar para uma renda fixa mais rentável, sacrificando os preços das ações.
Soma-se a isso os temores em relação à guerra comercial entre EUA e China. Apesar das políticas protecionistas de Trump, a potência asiática mostrou dados fortes de balança comercial, além de um aumento do déficit comercial dos EUA com o país.
Esse foi um dos fatores que fez o dólar cair globalmente ontem, junto com os dados fracos do varejo. O dólar à vista fechou em queda de 1,01%, em R$ 3,7383.
Por ora, R$ 3,70 parece ser uma espécie de piso para a moeda americana, que provavelmente só cederia mais caso Bolsonaro assumisse um compromisso claro com o ajuste fiscal.
Comenta-se no mercado, entretanto, que o dólar ainda pode voltar a R$ 3,50 caso confirmada derrota do PT nas urnas.
Ainda sobre ontem, a Itália aprovou seu plano orçamentário para 2019, que agora será enviado para a Comissão Europeia.
Em relação ao Brexit, a possibilidade de um acordo ser alcançado na reunião de cúpula da União Europeia nesta semana foi descartada.
A premiê britânica Theresa May admitiu ontem que o governo se prepara para a possibilidade de um Brexit sem acordo e que poderia convocar novo referendo se as negociações fracassarem.
Atenção internacional também aos preços do petróleo devido à tensão entre EUA e Arábia Saudita após suspeita de assassinato de um jornalista saudita de cidadania americana no consulado da Arábia Saudita em Istambul, Turquia.
O repórter especial Eduardo Campos conta melhor os detalhes dessa história do petróleo, que segundo os sauditas, poderia chegar a US$ 400 o barril devido ao caso.
Agenda do dia
Às 8h sai a prévia do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor-Semanal). Em Brasília, o plenário da Câmara discute projetos de lei que abrem caminho para a privatização de distribuidoras da Eletrobrás e que permitem a elevação da participação de capital estrangeiro em empresas aéreas.
Às 9h, o IBGE divulga a pesquisa mensal de serviços de agosto. As estimativas são de aumento. Segundo a pesquisa do "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", a mediana é de alta de 0,5% contra queda de 2,2% em julho.
No mesmo horário, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discute reajustes tarifários.
Nos EUA, às 10h15, saem os dados da produção industrial em setembro, que podem subir 0,2%, contra 0,4% em agosto. Às 11h, sai o relatório de empregos Jolts.
Hoje também serão divulgados os balanços de Goldman Sachs, Morgan Stanley, Netflix e IBM.
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Klabin (KLBN11) avança entre as maiores altas do Ibovespa após balanço do 1T25 e anúncio de R$ 279 milhões em dividendos
Analistas do Itaú BBA destacaram a geração de fluxo de caixa livre (FCF) e a valorização do real frente ao dólar como motores do otimismo
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil
Rafael Ferri vai virar o jogo para o Pão de Açúcar (PCAR3)? Ação desaba 21% após balanço do 1T25 e CEO coloca esperanças no novo conselho
Em conferência com os analistas após os resultados, o CEO Marcelo Pimentel disse confiar no conselho eleito na véspera para ajudar a empresa a se recuperar
É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?
A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%
Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) entram no Ibovespa a partir de hoje; veja quem sai para dar lugar a elas
A nova composição é válida para o período de maio a agosto de 2025
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Semana mais curta teve ganhos para a Bolsa brasileira e o real; veja como foram os últimos dias para Ibovespa e dólar
O destaque da semana que vem são as reuniões dos comitês de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos para decidir sobre as taxas de juros dos seus países, na chamada “Super Quarta”
Fim do sufoco? Gol (GOLL4) fecha novo acordo com credores e avança para sair da recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea avança no processo do Chapter 11 com apoio financeiro e mira retomada das operações com menos dívidas; ações avançam na bolsa brasileira
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Ibovespa deu uma surra no S&P 500 — e o mês de abril pode ter sido apenas o começo
O desempenho do Ibovespa em abril pode ser um indício de que estamos diante de uma mudança estrutural nos mercados internacionais, com implicações bastante positivas para os ativos brasileiros
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora
Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava