Bolsa fecha em leve queda e dólar volta aos R$ 3,70 em dia de aversão a risco no exterior
Problemas na Europa e ausência de novos fatos positivos derrubaram as bolsas no Brasil e no exterior
Depois da alta de ontem com boas notícias vindas da China, o ânimo nos mercados locais arrefeceu com o pessimismo no exterior. No início da tarde, a bolsa até desacelerou as perdas, mas ainda assim fechou em baixa de 0,35%, aos 85.300 pontos. O dólar à vista chegou a operar abaixo de R$ 3,70, mas fechou em alta de 0,36%, em R$ 3,7013.
As principais bolsas do exterior fecharam em queda nesta terça (23). Na Europa, a maioria dos índices caiu mais de 1%. Em Nova York, o Dow Jones fechou em baixa de 0,51%, aos 25.190 pontos; o S&P500 caiu 0,55%, aos 2.740 pontos; e a Nasdaq recuou 0,42%, aos 7.437 pontos.
O sentimento de maior aversão a risco lá fora arrastou a bolsa brasileira para a realização de lucros, uma vez que não houve novidades que justificassem novas altas.
Mas na parte da tarde, as bolsas americanas - e a brasileira, a reboque - reduziram as perdas, puxadas pelas ações dos bancos, que reagiram às perspectivas de crescimento forte para a economia americana.
Analistas preveem que o PIB dos EUA apresente ganho anualizado superior a 3% no terceiro trimestre, bastante acima da projeção de 1,8% do Fed, o banco central americano. Os números serão conhecidos nesta sexta.
Os juros futuros encerraram o pregão com sinal misto. Os de prazo mais curto tiveram alívio depois que o IPCA-15, divulgado hoje, ficou abaixo da mediana das previsões colhidas pelo "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão". Já os mais longos subiram com a maior aversão a risco no exterior.
Leia Também
O DI com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 8,344% para 8,29%, mas o DI para janeiro de 2023 subiu de 9,413% para 9,42%.
Mesmo bem na fita, Petrobras apanhou
Nem a recomendação de "overweight" (desempenho acima da média do mercado) pelo Morgan Stanley, nem a elevação do preço-alvo da sua ADR ordinária (recibo de ações negociado no exterior) de US$ 13,50 para US$ 21,50. Nada ajudou hoje os papéis da Petrobras, que encarou uma queda de mais de 4% nos preços do petróleo e a maior aversão a risco no exterior.
O ministro de Energia da Arábia Saudita afirmou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atenderá a qualquer demanda que se materialize, sugerindo que a oferta não será reduzida e pode até aumentar.
Os analistas do Morgan Stanley deram destaque positivo para os múltiplos atrativos da estatal petroleira e a sua desalavancagem rápida. Mesmo assim, as ações fecharam em queda de 1,88% (PETR3) e 1,24% (PETR4).
Eletrobrás tem leilão adiado
Em queda durante toda a manhã, as ações da Eletrobrás passaram a subir depois que o leilão da sua subsidiária Amazonas Energia foi adiado. O evento estava previsto para a próxima quinta-feira, e as propostas deveriam ter sido entregues nesta tarde. No entanto, o BNDES adiou-o para 27 de novembro, com entrega das propostas no dia 21.
Com isso, o governo e a estatal, que já se conformavam em encerrar as atividades da distribuidora, ganharam tempo para resolver o impasse criado depois que o Senado rejeitou um projeto de lei que viabilizaria a privatização.
Segundo o "Broadcast" apurou, o motivo do adiamento é a necessidade de conclusão das negociações de uma dívida da Eletrobrás com a Petrobras, estimada em cerca de R$ 15 bilhões, que diz respeito à compra de combustíveis para termelétricas. Foram justamente os termos da repactuação que caíram com a rejeição do referido PL pelo Senado.
Mesmo assim, os papéis da elétrica viram perda de 2,24% (ELET3) e 0,66% (ELET6).
A Vale (VALE3) fechou em queda de 2,78%, a maior do Ibovespa, em razão das preocupações dos investidores quanto ao ritmo do crescimento chinês e da aversão a risco generalizada. A holding Bradespar (BRAP4), que investe em papéis da mineradora, teve a segunda maior queda, de 2,30%.
Das outras empresas de peso no Ibovespa, os bancos tiveram alta e seguraram um pouco a queda do índice. Bradesco subiu 0,28% (BBDC3) e 0,36% (BBDC4), BB (BBAS3) teve alta de 0,35%, Itaú (ITUB4) avançou 0,35% e Santander (SANB11) ganhou 1,14%.
Quem foi bem hoje
A Via Varejo (VVAR11), que divulga seu balanço amanhã, teve a maior alta do dia, fechando com ganho de 9,92%. Em outubro, as ações acumulam alta de 6,90%, mas no ano a queda passa de 34%.
Para Louise Barsi, analista da Elite Corretora ouvida pelo "Broadcast", a recente alta do papel é mais especulativa. A companhia está envolvida em rumores de venda pelo controlador Casino e tem enfrentado dificuldades na implementação de um sistema tecnologicamente mais eficiente em relação a seus pares (Magazine Luiza e B2W).
As produtoras de papel e celulose Suzano e Fibria tiveram altas hoje, impulsionadas pelo câmbio favorável e pelas perspectivas positivas sobre os resultados do terceiro trimestre para o setor.
A Fibria divulga o seu balanço amanhã, antes da abertura do mercado. Os números da Suzano saem na quinta-feira, após o fechamento.
As ações da Fibria (FIBR3) subiram 0,25%, e as da Suzano (SUZB3) avançaram 0,69%.
Problemas europeus
Os motivos do mau humor generalizado nesta terça foram desdobramentos do que já vinha preocupando os mercados ontem.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, confirmou nesta terça que o órgão Executivo pediu que a Itália reformule sua proposta orçamentária para 2019 e a apresente, no máximo, daqui a três semanas.
Em meio à decisão, o vice-primeiro-ministro da Itália, Luigi Di Maio, afirmou em sua conta no Facebook que o país vai "continuar a dizer à Comissão Europeia o que queremos fazer, com respeito", além de defender que "nós certamente não poderíamos continuar com as políticas deles".
O país tinha até ontem para apresentar alterações no seu orçamento, que prevê déficit de 2,4% do PIB no ano que vem. O plano já havia desagradado a União Europeia, mas o premiê italiano deixou claro que não havia plano B.
A dificuldade nas negociações do Brexit também preocupou os mercados. Restam alguns pontos polêmicos, e a primeira-ministra britânica Theresa May corre o risco de ter que deixar o cargo.
O crescimento chinês abaixo do esperado na semana passada também voltou ao radar dos investidores. Autoridades de Pequim fizeram um esforço de comunicação para assegurar que o crescimento tem caráter robusto e baterá a meta do ano, inclusive anunciando cortes de impostos para estimular a economia.
Mas após um rali de dois pregões, a bolsa de Xangai caiu 2,3% nesta terça, com o retorno do ceticismo dos investidores em relação ao crescimento chinês.
Para completar o cenário de incertezas internacionais, a novela do jornalista saudita com cidadania americana Jamal Khashoggi, suspeito de ter sido assassinado dentro do consulado saudita na Turquia no início do mês, ganhou mais um capítulo.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no Parlamento que agentes da Arábia Saudita planejaram e executaram Khashoggi, o que caracterizaria um assassinato premeditado. O jornalista era amigo de Erdogan.
Parlamentares americanos, vários deles republicanos, pressionam Trump por sanções contra Riad, mas a Casa Branca trata a questão com cautela.
A Arábia Saudita é um do maiores produtores mundiais de petróleo e importador de mercadorias americanas, além de ser uma aliada importante dos EUA no Oriente Médio contra qualquer movimento de expansão do Irã.
As bolsas americanas foram impactadas por fortes quedas nas ações das empresas de tecnologia, além de um recuo nos papéis do setor de energia por conta da queda nos preços do petróleo. Algumas empresas viram desvalorizações em razão de balanços trimestrais decepcionantes.
*Com Estadão Conteúdo.
Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers
A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes
Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)
Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden
Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros
Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado
Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil
Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?
Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda
Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras
Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil
Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar
Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale
Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje
Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk
Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia
Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%
Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida
Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito
Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias
Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados
Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda
Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores
Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico
A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica
Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana
Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques
Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda
O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões
